terça-feira, 19 de julho de 2011

Os Beatles gravaram versão de Asa Branca?

Escrito por Mariana Albanese   

“Os meninos ingleses têm muito sentimento e não avacalham a música. A toada deles parece bastante com as coisas do Nordeste”. O ano era 1968, e Luiz Gonzaga, em entrevista à primeira edição da revista Veja, comentava sobre a notícia-bomba do momento: os Beatles haviam gravado Asa Branca. “Agora é que eu quero ver se os Beatles vendem mesmo”, desafiou. Afinal, se ele, que era um sanfoneiro vindo do sopé da serra do Araripe, em Pernambuco, vendeu 2 milhões de discos com a canção, que sucesso não faria o quarteto inglês?
A novidade havia sido revelada pelo apresentador Carlos Imperial em seu programa Os Brotos no 13, da TV Rio. Ele, que vivia alardeando a semelhança do rock com o xote, conseguira, enfim, uma prova cabal: no mais recente disco da banda inglesa, The Beatles (mais conhecido como Álbum Branco), havia uma versão da toada sertaneja, renomeada Blackbird.
 Por essa época, o Velho Lua andava um tanto esquecido. A moçada só queria saber de iê-iê-iê e Tropicália. E, claro, do quarteto inglês. Nada de sanfona. Como não poderia deixar de ser, a novidade atiçou a imprensa. Foi entrevista para todo lado, convites para shows, polêmica nas rodinhas. À revista InTerValo, Gonzagão sugeriu: “Eu gostaria muito que os Beatles usassem a gaita escocesa no arranjo. Ah, vai ficar uma beleza!”
Assim o repórter abria a matéria: "Luiz Gonzaga vai ganhar 50 mil dólares, no mínimo. Mas ficar milionário deixou Luiz com um drama de consciência: não lembra com certeza de que a música é mesmo de sua autoria." Composta em 1947 em parceria com Humberto Teixeira, Asa Branca, na verdade, seria uma canção já popular lá para as bandas de Exu, terra em que nasceu. Ele e o parceiro teriam apenas feito algumas melhorias. Foi o que afirmou, completando: “Eu cantava músicas dos outros e os outros cantavam minhas músicas, sem preocupações com direitos autorais. Deve haver por aí muita música que inventei, passei adiante e que agora faz parte do folclore nordestino.”
O fato é que a canção ficou conhecida a partir de sua gravação e as de outros 310 intérpretes. Até um grego, Demis Roussos, gravou uma versão, chamada de White Wings, mas os rapazes de Liverpool não estavam entre os intérpretes de Gonzagão. A história não passava de fantasia de Carlos Imperial.
O ator, apresentador e compositor, que anos antes tentou sem sucesso lançar Roberto Carlos como “Príncipe da Bossa Nova”, havia inventado a história para alavancar a carreira de Luiz Gonzaga. Há quem diga que o pedido partiu da RCA Victor, gravadora do pernambucano. Em entrevista ao jornal O Pasquim, em 1971, Gonzagão contou: “Gravei programas, ganhei dinheiro e o Carlos Imperial na maior gozação do mundo. Aí fomos comemorar o negócio em Guarapari”.
(Fonte: Almanaque Brasil)

SAIBA MAIS
Confira a matéria da revistaVeja de 1968.

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Breve história da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.

Stephen John Richard Allen (*)

Meus Ir.:,

A história é parte integral da vida. Sem a presença do passado não teria o presente, e sem o presente, nunca estaremos presentes no futuro.

A “Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cavaleiros do Oriente” foi fundada em 24 de outubro de 1932. A loja era a primeira fundada sob a potência da Grande Loja de Pernambuco (apesar seu número ‘04’), sendo fundada apenas 18 dias após da fundação da Grande Loja.
Foram os seguintes IIr.: que elaborarem o estatuto da loja, registrado no dia 06 de junho de 1933, no 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Rua Diário de Pernambuco:

Venerável Mestre, Ir.: Zeferino Agra de Lima;
1º Vigilante, Ir.: Samuel Ponce de Leon (que em 1947 foi Venerável Mestre);
2º Vigilante, Ir.: João Capistrano Bezerra;
Orador, Ir.: Abdenago Rodrigues de Araújo;
Secetário, Ir.: Luiz Aurélio de Oliveira;
Tesoureiro, Ir.: Apolinário de Azevedo;
1º Diácono, Ir.: Moysés Cícero do Rego Gomes;
2º Diácono, Ir.: José Lacerda;
Chanceler, Ir.: Edmundo Osmundo Cavalcanti;
Mestre das Cerimônias Ir.: Orlando Feijó de Melo;
Hospitaleiro, Ir.: Joaquim Luiz Rabelo e
Cobridor, Ir.: Otávio Cavalcanti de Alberquerque.

Estes nomes são importantes para todos nós, pois sem estes homens livres e de bons costumes não apenas nossa existência como uma loja não teria sido possível, e é bastante provável que nosso ingresso na Maçonaria também não teria acontecido.

A loja sempre foi cosmopolita. Ela têm uma história expressiva de IIr.: que vieram de outros orientes, como IIr.: Samuel Ponce de Leon, Salvador Moscoso, Manoel Pereira Lopes e Manoel Francisco de Campos que eram do oriente do Portugal.Ir.: Alexandra Markus de Tchecoslováquia, Ir.: Ângelo Papaleo era Italiano,
e eu, Ir.: Stephen John Richard Allen natural de York, Inglaterra. Aliás, a loja, na maioria do tempo, foi composta por mais IIr.: não naturais de Pernambuco de que IIr.: pernambucanos, mostrando a grandiosidade da maçonaria. Podemos olhar em nosso quadro agora para ver IIr.: que são naturais de Espírito Santos, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e São Paulo.
Durante sua história, Cavaleiros do Oriente sempre teve laços estreitos com a grande loja, participando ativamente com seus obreiros e preenchendo cargos importantes. A loja tem a honra de ter em seu quadro obreiros, citamos apenas alguns, que tiveram cargos na Grande Loja de Pernambuco:

Grão Mestre:

1946/48 - Roberto Le Coq de Oliveira;
1954/61 - Salvador Pereira d'Araújo Moscoso;
1964 - Manoel de Lima Filho

Deputado do Grão Mestre:

1949 - 1958 - Oswaldo Andrade

Gr.: Rep.: da Gr.: Lo.: de Pe.: :

1949 - Manoel Pereira Lopes com o Gr.: Or.: de Amazonas
1958 - Oswaldo Andrade com a Gran Logia Occ.: de Columbia – Cali
João Capistrano Bezerra com a Gr.: Lo.: do Est.: de Paraná

A loja teve sete endereços durante a sua longa história. O primeiro endereço da loja foi na Rua do Dique, no bairro de São José, Recife, e passou pela Rua da Aurora, 277, até 1964, quando se mudou para Rua Augusta, 699 e, mais tarde Rua 24 de Maio também no bairro de São José. Um endereço encontrado nos documentos da loja foi Avenida Dantas Barreto, 1253, registrado em 1977.

No final de 1989 a loja foi transferida para o prédio sede da Grande Loja de Pernambuco, na Rua Imperial, 197 no Bairro de São José.

Em 1995 a loja Cavaleiros do Oriente conseguiu seu templo próprio na Rua Dr. Gustavo Pinto, no bairro de Jardim São Paulo.

O prédio da oficina foi construído em 1994 através de ajuda e colaboração de homens como Ir.: Eduardo Guerra que é reconhecido como peça fundamental para a realização da obra, por sua dedicação, carinho e vontade de realizar pelo bem da ordem, Ir.: Fernando Viveiros, Ir.: Eliomar de Almeida e o Ir.: presente ativo José Simão de Góis.

Por causa das enchentes durante os anos setenta, muitos documentos foram destruídos e que contavam a história da loja Cavaleiros do Oriente. A data exata que a loja recebeu o título de ‘benemérita’ é imprecisa, porém a primeira referência do título foi encontrada numa correspondência entre a loja Cavaleiros do Oriente e a Grande Loja de Pernambuco datada dia 12 de março de 1947. No mesmo documento o título Val.: também foi citado.

O título ‘Cinqüentenária’ foi concedido pela Grande Loja de Maçônica de Pernambuco em 2005.

A loja Cavaleiros do Oriente sempre foi ativa na realização de ações sociais, não na busca de reconhecimento como uma boa colaboradora (na maioria das vezes as ações nem foram divulgadas), porém, mais importante, era contribuir na busca de resultados positivos que aquela ação merecia.

Por isto muitas ações sociais da loja não se destacaram na imprensa, na Grande Loja nem foram comentadas entre IIr.: das demais lojas em nosso Or.:.

É claro, falo do trabalho importantíssimo das cunhadas da loja, sem as quais muitas destas ações não teriam sido realizadas.

As ações eram várias, muito mais do que podiam ser colocadas aqui, mas, permitam-me citar algumas; como distribuição emergencial de colchões e roupas após as enchentes que prejudicaram o nosso Or.: de Recife durante os anos 70; recuperação de cadeiras escolares que foram redistribuídas no setor escolar público; distribuição de fraldas descartáveis para creches para mães de baixa renda e fornecimento de medicamentos para o Hospital do Câncer em Recife.

O trabalho da loja Cavaleiros do Oriente é um constante, e após 75 anos de existência de uma loja vibrante, saudável e harmoniosa, esperamos que nossos futuros IIr.: possam celebrar e saudar a loja em seu centenário aniversário.

(*) Ir.: Stephen Allen é Mestre Instalado da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.