sábado, 30 de abril de 2011

Hora do Recreio: “Dancin Day’s” – Leo Cavalcanti e “Perigosa”- Marjorie Estiano.

Homenagem ao compositor Nelson Motta exibido no Som Brasil.


Nelson Motta: esse é um nome que merece destaque na história da música brasileira. Ele é jornalista, compositor, escritor, roteirista, produtor musical, letrista... Além disso tudo, Nelson Motta é amigo das principais figuras que fazem e acontecem na cultura do país. "Depois do jornalismo, fui produzir discos. Produzi Elis Regina, Marisa Monte...", lembra ele, que também é coautor da música "Como Uma Onda", clássico de Lulu Santos.
(Fonte:Globo.com)

sexta-feira, 29 de abril de 2011

A VERDADEIRA FELICIDADE.

"A felicidade sem lindes existe meu filho, como decorrência do bem que fazemos, das lágrimas que enxugamos, das palavras que semeamos no caminho, para atapetar a senda que um dia percorreremos" .
Dr. Bezerra de Menezes
Texto extraído do Livro “O Semeador de Estrelas" de Suely Caldas Schubert


SABEDORIA, FORÇA E BELEZA:

As colunas representam a Sabedoria, que orienta no caminho da vida, a Força, que anima e sustenta o homem em todas as dificuldades, e a Beleza que adorna as ações, o caráter e o espírito do maçom.

ESCADA DE JACÓ:

Simboliza a escala da hierarquia maçônica, na qual ascendem aqueles que pela fé e pelo esforço, tiverem conseguido transformar a pedra bruta em pedra polida, apta à construção da vida.

FERRAMENTAS DE TRABALHO:

O "Esquadro, o Nível e o Prumo" simbolizam as ferramentas utilizadas pelos maçons na construção da Ordem.

DESBASTANDO A PEDRA BRUTA:

Representa o Emblema do Aprendiz, ao qual cabe a obrigação de desvencilhar-se dos defeitos e das paixões, para poder trabalhar na construção moral da humanidade, que é a verdadeira obra da maçonaria.



quinta-feira, 28 de abril de 2011

Vergonha do Sete, artigo de Cristovam Buarque.

Entenda por que o povo brasileiro é como é...

Fonte: O Globo

Vergonha do Sete


Cristovam Buarque (*)

No século XIX, Victor Hugo se negou a apertar a mão de D. Pedro II, porque era o Imperador de um país que convivia naturalmente com a escravidão. Hoje, Victor Hugo não apertaria a mão de um brasileiro para parabenizá-lo pela conquista da 7ª posição entre as potências econômicas mundiais, convivendo com total naturalidade com a tragédia social ao redor. Estamos à frente de todos os países do mundo, menos seis deles, no valor da nossa produção, mas não nos preocupamos por estarmos, segundo a Unesco, em 88º lugar em educação.
Somos o sétimo no valor do PIB, mas ignoramos que, segundo o FMI, somos o 55º país no valor de renda per capita, fazendo com que sejamos uma potência habitada por pobres. Mais grave: não vemos que, segundo o Banco Mundial, somos o 8º pior país do mundo em termos de concentração de renda, melhor apenas do que a Guatemala, Suazilândia, República Centro-Africana, Serra Leoa, Botsuana, Lesoto e Namíbia.
Somos a sétima economia do mundo, mas de acordo com a Transparência Internacional estamos em 69º lugar na ordem dos países com ética na política por causa da corrupção. A nota ideal é 10, o Brasil tem nota 3,7.
Somos a sétima potência em produção, mas, quando olhamos o perfil da produção, constatamos que há décadas exportamos quase o mesmo tipo de bens e continuamos importando os produtos modernos da ciência e da tecnologia. Somos um dos maiores produtores de automóveis e temos uma das maiores populações de flanelinhas fora da escola.
Um relatório da Unesco divulgado em março mostra que a maioria dos adultos analfabetos vive em apenas dez países. O Brasil é um deles, com 14 milhões; com o agravante de que, no Brasil, eles nem ao menos reconhecem a própria bandeira. De 1889 até hoje, chegamos à sétima posição mundial na economia, mas temos quase três vezes mais brasileiros adultos iletrados, do que tínhamos naquele ano; além de 30 a 40 milhões de analfabetos funcionais. Somos a sétima economia e não temos um único prêmio Nobel.
Segundo um estudo da OCDE (Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico), que pesquisou 46 países, o Brasil fica em último lugar em percentagem de jovens terminando o ensino médio. Estamos ainda piores quando levamos em conta a qualificação necessária para enfrentar os desafios do século XXI. Segundo a OIT, a remuneração de nossos professores está atrás de países como México, Portugal, Itália, Polônia, Lituânia, Látvia, Filipinas; a formação e a dedicação deles provavelmente em posição ainda mais desfavorável, por causa da péssima qualidade das escolas onde são obrigados a lecionar. Somos a 7ª potência econômica, mas a permanência de nossas crianças na escola, em horas por dia, dias por ano e anos por vida está entre as piores de todo o mundo. Além de que temos, certamente, a maior desigualdade na formação de cada pessoa, conforme a renda de seus pais. Os brasileiros dos 10% mais ricos recebem investimento educacional cerca de 20 vezes maior do que os 10% mais pobres.
Somos a sétima potência, mas temos doenças como a dengue, a malária, a doença de chagas e leishmaniose. Temos 22% de nossa população sem água encanada e mais da metade sem serviço de saneamento. Segundo o IBGE, 43% dos domicílios brasileiros, 25 milhões, não são considerados adequados para moradia; não têm simultaneamente abastecimento de água, esgotamento sanitário e coleta de lixo.
Esta dicotomia entre uma das economias mais ricas do mundo e um mundo social entre os mais pobres, só se explica porque nosso projeto de nação é sem lógica, sem previsão e sem ética. Sem lógica, porque não percebemos que “país rico é país sem pobreza”, como diz a presidenta Dilma. Sem previsão, por não percebermos a grande, mas atrasada economia que temos, incapaz de seguir em frente na concorrência com a economia do conhecimento que está implantada em países com menor riqueza e mais futuro. E sem ética, porque comemoramos a posição na economia esquecendo as vergonhas que temos no social.

(*) Cristovam Buarque é Professor da Universidade de Brasília e Senador pelo PDT/DF

quarta-feira, 27 de abril de 2011

Hora do Recreio: Veja como a música brasileira conquistou o sucesso no exterior.


A diversidade de estilos musicais brasileiros é respeitada mundialmente, através da obra consagrada de artistas como Carmem Miranda, Tom Jobim, Vinicius de Moraes, João Gilberto e Sérgio Mendes.

domingo, 24 de abril de 2011

A palavra HUZZÉ.



A palavra HUZZÉ tem origem hebraica, embora em árabe seja pronunciada “HUZZA”, para os antigos árabes ‘HUZZA” era o nome dado a uma espécie de acácia consagrada ao sol, como símbolo da imortalidade, e sua tradução significa força e vigor, palavras simbólicas que fazem parte da tríplice saudação feita na Cadeia de União: Saúde, Força e Vigor. Na Inglaterra a aclamação “HUZZÉ” tem a pronúncia UZEI, tomada do verbo TO HUZZA (aclamação) como sentido “viva o rei”.

Significados:
  • No pequeno Vademecum Maçônico do Ir.´. Ech Lemos: “Houzé” – Grito de alegria dos maçons do rito escocês .
  • No dicionário de maçonaria do Ir.´. Joaquim Gervasio de Figueiredo: Houzé – Grito de aclamação do maçon escocês.
  • No dicionário maçônico do Ir.´. Rizzardo da Camino, Huzzé é apresentado como uma corruptela de HUZZA, que seria a expressão de alegria e louvor usada pelos maçons ingleses traduzida por “viva”.
  • Biblicamente, HUZZÉ era o nome de uma personagem.
Pronúncia:
Deve-se pronunciar “HUZZÉ”, dando ênfase ao som da letra “H”, a qual exige um sopro mais forte, e “ZZÉ” como afirmação, como que solfejando um Dó bem longo e terminando em Fá, tendo a sensação de estar passando do escuro da noite para o alaranjado da manhã, da dúvida para a certeza, da angústia para serenidade.

Em maçonaria, HUZZÉ é uma exclamação, e como tal, deve ser clamada com um sopro forte, quase gritado, em dois sons, para que possa ser respeitada a harmonia musical do vocábulo, a fim de que se conserve todo efeito esotérico desta saudação ao GADU.´., significando que Deus é sabedoria, força e beleza. HUZZÉ, HUZZÉ, HUZZÉ, ou seja, salve o GADU.´. , salve o GADU.´. , salve o GADU.´.

O valor do HUZZE está no som, a energia provocada elimina as vibraçõesw negativas. Quando em Loja, surgirem discussões ásperas e o V.´.M.´. receiar-se que o ambiente posssa ser ‘perturbado” suspenderá os trabalhos, e comandará a expressão HUZZÉ, de forma tríplice, reiniciando os trabalhos, o ambiente será outro, ameno e harmônico.

Dentro de Loja, o V.´.M.´. comanda no início dos trabalhos a exclamação HUZZÉ, que deve ser pronunciada em uníssono. Essa exclamação prepara o ambiente espiritual, afastando os resquícios de vibrações negativas trazidas para dentro do templo pelos IIr.´.

Ao término dos trabalhos é exclamado para “aliviar” as tensões surgidas. Toda liturgia maçônica compreende os aspectos místicos, físicos e psíquicos.

O HUZZÉ que provoca a expulsão do ar impuro, substituído pelo “Prana” que se forma no Templo, harmoniza o ambiente numa escala única, num nivelsalutar, capacitando o maçon para receber em seu interior os benefícios da Loja.

Quando um maçon é solicitado a exclamação o HUZZÉ que o faça conscientemente para obter, assim, os resultados mágicos dessa manifestação física de seu organismo, portanto deve ser aprendida e ensinada, para que possas ser exercitada com Sabedoria Força e Beleza.


Bibliografia:
"Simbolismo do Primeiro Grau" – Rizzardo da Camino
Bíblia – Livros 2 – Samuel, cap. 06
"Dicionário Maçônico" - Rizzardo da Camino
"Dicionário da Maçonaria" – Joaquim Gervasio de Figueiredo


MANOEL JÚNIOR C.'.M.'., Loja Verdadeiros Amigos - São Paulo/SP, Brasil

quinta-feira, 21 de abril de 2011

Saiba curiosidades sobre a vida de Tiradentes.




No Brasil, o dia 21 de abril é dedicado ao militar e ativista político Joaquim José da Silva Xavier. Mais conhecido por "Tiradentes", o também tropeiro e comerciante atuou no Brasil colonial, sendo considerado herói nacional e mártir da Inconfidência Mineira, movimento separatista contra o domínio português no País. Como ele foi executado no dia 21 de abril de 1792, a data tornou-se feriado nacional. A cidade mineira de Tiradentes, antiga Vila de São José do Rio das Mortes, foi renomeada em sua homenagem. A professora de história do Colégio Motivo, Adriana Ribeiro, e alunos do 5º ano (antiga 4ª série) conversaram sobre alguns fatos da vida de Tiradentes. Saiba por que o apelido Tiradentes, o que aconteceu com a casa onde ele morava e com a cabeça dele após o esquartejamento.
HERÓI CRIADO - Tiradentes não foi considerado herói nacional logo depois da sua morte. Mesmo após a Independência do Brasil, em 1822, ele foi uma personalidade histórica relativamente obscura. Isto ocorreu porque o País continuou sendo uma monarquia. Foi Dona Maria I, avó e bisavó dos imperadores D. Pedro I e D. Pedro II, respectivamente, quem havia emitido a sentença de morte dele.
Apenas a República, em 1889, buscou na figura de Tiradentes uma personificação da identidade republicana do Brasil. Daí a sua imagem forjada de barba e camisolão, vagamente assemelhada a Jesus Cristo. Como militar, o máximo que Tiradentes poderia ter era bigode. Além disso, na prisão, onde passou os últimos três anos de vida, os detentos eram obrigados a raspar barba e cabelo para evitar piolhos.
(Fonte: NE10)
Leia também: Tiradentes - Últimos momentos

terça-feira, 19 de abril de 2011

Roberto Carlos completa 70 anos hoje.


A longa estrada até o trono partiu da pequena Cachoeiro de Itapimirim, no Espírito Santo. Em mais de cinco décadas de carreira, o Rei vendeu 120 milhões de discos, um recorde absoluto no Brasil.

Governo do Japão vai usar escombros do tsunami para produzir energia.

Os escombros deixados pelo terremoto seguido pelo tsunami, de março, no Japão, serão usados para a produção de energia no país. A decisão foi tomada pelo Ministério da Agricultura, que anunciou a queima da madeira dos restos de construções para gerar energia elétrica, uma das maiores necessidades dos japoneses.
Pelos cálculos dos especialistas, deverão ser queimados cerca de 2 milhões de toneladas de madeira que vão gerar 200 mil quilowatts de energia. Com a decisão, o governo japonês espera compensar o déficit energético – estimado para os meses de julho, agosto e setembro – quando aumenta o uso do ar condicionado.
O material vai ser queimado em seis fábricas de geração de energia elétrica da região de Tóquio e do Nordeste do Japão. O governo japonês estima um déficit máximo de 15 milhões de quilowatts nas zonas que eram abastecidas pela Tokio Electric Power Co (Tepco) – empresa responsável pela administração da Usina Nuclear de Fukushima Daiichi, onde houve acidentes radioativos.
Apenas para a compra de máquinas e a remoção de escombros o governo japonês calcula que irá gastar 2,5 milhões de euros. Além disso, as autoridades japonesas limitaram o consumo de energia em 25% em todo país. O Japão, país energeticamente dependente do exterior, importa por dia quatro milhões de barris de petróleo. (Fonte: Blog do Planeta)
(Agência Brasil/Foto: Hiro Komae/AP)

Leia também: Após 25 anos, Tchernobil ainda representa ameaça ambiental

19 de abil: Exército Brasileiro: - Braço Forte - Mão Amiga!


Exército Brasileiro: - Braço Forte - Mão Amiga!

Nos Montes Guararapes, em Pernambuco, palco da vitoriosa batalha contra o invasor holandês em 19 de abril de 1648, a Força Terrestre do Brasil forjou-se. Integrados por índios, brancos, negros e mestiços, cimentaram as bases da nossa nacionalidade.
Os momentos épicos ali vividos encerram profundo significado para o Exército. Representam ideais cultuados há 356 anos no coração e na alma de cada um dos seus integrantes: Fé, Bravura, Honra e Pátria.
O Exército Brasileiro é o segmento terrestre das Forças Armadas (FA). Exército e Forças Armadas são Instituições nacionais constituídas pela sociedade brasileira para defender a Pátria como nação independente e soberana, garantir a integridade territorial e a paz interna, bem como lhe assegurar a convivência pacífica e o respeito no cenário internacional.
A Constituição Federal estabelece a missão constitucional que sela o compromisso da Força e de seus componentes com a Nação e a Sociedade. É ponto de honra para o Exército e para o soldado a dedicação integral a esse compromisso, com engajamento de corpo e alma.

Missão do Exército Brasileiro

Assegurar a defesa da Pátria
Contribuir para a dissuasão de ameaças aos interesses nacionais
Realizar campanha militar terrestre para derrotar o inimigo que agredir ou ameaçar a soberania, a integridade territorial, o patrimônio ou os interesses vitais do Brasil
Garantir os Poderes Constitucionais, a Lei e a Ordem
Manter-se em condições de ser empregado em qualquer ponto do território nacional, por determinação do Presidente da República, de forma emergencial e temporária, após esgotados os instrumentos destinados à preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio, relacionados no art. 144 da Constituição
Participar de operações internacionais, de acordo com os interesses do País
Participar do desenvolvimento nacional e da defesa civil, na forma da Lei
Síntese dos deveres, valores e ética do Exército:
Patriotismo - amar a Pátria – História, Símbolos, Tradições e Nação – com a determinação de defendê-la com o sacrifício da própria vida.
Dever - cumprir a legislação e a regulamentação a que estiver submetido com autoridade, determinação, dignidade e dedicação além do dever, assumindo a responsabilidade pelas decisões que tomar.
Lealdade - cultuar verdade, sinceridade e sadia camaradagem, mantendo-se fiel aos compromissos assumidos.
Probidade - pautar a vida, como soldado e cidadão, por honradez, honestidade e senso de justiça.
Coragem - ter a capacidade de decidir e fazer valer a decisão, mesmo com o risco de vida ou de interesses pessoais, no intuito de cumprir o dever, assumindo a responsabilidade por sua atitude.
(Fonte: Exercito Brasileiro)

segunda-feira, 18 de abril de 2011

Desarmamento

COLUNA DA REVISTA O GLOBO (17/4/2011)

Desarmamento



Quando eu era criança, meus pais, num dos meus aniversários, me deram de presente um kit Roy Rogers. Bem, naquela época, não se usava a palavra kit. Era um pacotão com vários pacotinhos dentro. Neles, havia um jeans (naquela época chamava-se calça rancheira) com a iniciais RR bordadas num dos bolsos, uma camisa azul de cavaleiro do Velho Oeste, um chapéu de abas viradas, um coldre, um revólver de brinquedo e uma caixa de espoletas.
Durante um bom tempo, circulei o quarteirão lá de casa, galopando num cabo de vassoura e atirando a esmo. Meu revólver fazia muito barulho, mas não feria ninguém.
Já adolescente, ganhei, também num aniversário, uma espingarda de ar comprimido (será que isso ainda existe?). Não me tornei um serial killer de passarinhos indefesos, mas me diverti bastante praticando tiro ao alvo no quintal.
Se fosse hoje, meus pais, coitados, estariam sendo acusados de estar criando um Charlton Heston tropical. Não foi o que aconteceu. Na verdade, passada a adolescência, tomei ojeriza a armas. Não gosto nem de bombinha de São João. Outro dia mesmo, quando o governo fez uma consulta popular para saber se nós, o povo, éramos contra ou a favor de uma lei que proibisse a comercialização de armas no país, votei a favor. Apear das boas lembranças que minha pistola de Roy Rogers e minha espingardinha de chumbo me trazem, tenho certeza de que um mundo sem armas é melhor do que um mundo com armas. Perdi o plebiscito, mas não perdi o espírito democrático. Respeito a decisão popular e tenho convivido bem com as armas comercializadas legalmente.
É por isso que não entendo a sanha com que se volta a debater o desarmamento. Não que o debate não seja produtivo. Debates sempre o são. Mas estranho que o assunto volte à baila logo após a tragédia que se abateu sobre as crianças da escola de Realengo. Bullyng e segurança nas escolas são assuntos que me veem à mente quando penso naquele episódio, mas desarmamento... Que parte da história eu não entendi que faz com que se possa acreditar que, se o comércio legal de armas já estivesse abolido do país, aquela matança não teria acontecido?
Recapitulando: um sujeito desequilibrado adquire i-le-gal-men-te uma arma de um traficante de armas e planeja um homicídio em massa motivado por questões psíquicas incompreensíveis para cidadãos normais. E aí? O que o desarmamento tem a ver com isso?
Por que o crime não motiva o debate sobre como é fácil entrar armas ilegalmente no país? Por que não estamos discutindo a fragilidade da segurança de nossas fronteiras? Como todo mundo sabe, comprar armas no Paraguai é tão fácil quanto comprar bananas (talvez, no Paraguai, seja mais fácil comprar armas). Uma lei de desarmamento vai acabar com o contrabando? Um novo plebiscito só vai esconder, por mais algum tempo, algumas de nossas maiores mazelas.
(Fonte: Blog do Xexeu)

sábado, 16 de abril de 2011

Hora do Recreio: Lisa Uno. Uma Japonesa na Bossa Nova.



(from her tribute to Carlos Antonio Jobim). A mais legítima sucessora de Nara Leão mora no Japão. Sou fã de Lisa Ono. Lisa transforma até hula-hula em bossa nova. Ela é afinadíssima.

Lisa Ono é cantora, compositora, instrumentista (violonista), mas não pense que ela é parente de Yoko Ono. Descendente de japoneses, Lisa nasceu em São Paulo, mas aos 10 anos mudou-se com a família para o Japão e logo começou a se apresentar em casas de espetáculos como a Saci-Pererê – cujo proprietário era seu pai – cantando músicas brasileiras.
Com o tempo, Lisa Ono se tornou uma espécie de embaixadora da MPB no Japão, principalmente do samba e da bossa nova. O primeiro disco foi Catupiry, em 1989, e agora ela já soma quase 20 CDs. Sucesso no Japão, só em 1994 Lisa lançou um disco no Brasil. Esperança, que tem participações de Tom Jobim, Sivuca, Paulo Moura e Danilo Caymmi, agradou também aos brasileiros, e de lá para cá ela se tornou mais conhecida em sua terra natal.
Em 2000, logo depois de gravar, no Rio de Janeiro, o disco Bossa Carioca, produzido pelos descendentes de Tom, Paulo e Daniel Jobim, Lisa criou um selo, Nanã, com o objetivo de divulgar a música brasileira no Japão. A nissei garante que visita o Brasil com freqüência até mesmo para se manter informada sobre o mundo da bossa.
Prova disso é que a gravadora Deckdisc lançou no Brasil há pouco tempo dois álbuns de muito bom gosto da cantora, Questa Bossa Mia... e Dans Mon Île, um dedicado às canções em italiano e outro às francesas, respectivamente. Tudo relido sob a batida sincopada da bossa nova.
(Fonte: Universo Musical)

quinta-feira, 14 de abril de 2011

Maçonaria: Estar entre colunas.



Introdução


O propósito do presente trabalho, baseado e extraído também de outros, é delinear os direitos e obrigações do estar ou ficar “Entre Colunas”, prática muito usada nas ordens Básicas da Maçonaria, importada da milenar Ordem dos Cavaleiros Templários, segundo alguns escritores e pesquisadores dos nossos mistérios.
O interior de uma loja Maçônica, o Templo, é dividido em partes, onde se simboliza o Universo. Assim temos o Oriente, o Norte e o Sul. Em algum tempo na história, logo após a construção do primeiro templo Maçônico do mundo, o Freemasons Hall, em Londres, baseado inteiramente no parlamento Inglês, construído em 1296, estabeleceu-se que as áreas pertencentes ao Norte e ao Sul chamar-se-iam Coluna do Norte e Coluna do Sul. Assim, quando um Irmão, em Loja, está Entre a Coluna do Norte e a do Sul, e não entre as Colunas B e J. Mesmo próximo à grade que separa o Oriente (Balaustrada ou Balustrada) do Ocidente da Loja, o Irmão estará Entre Colunas.
Parece-me também incorreto entender que o passo ritualístico dos Graus tem que começar, necessariamente, entre as Colunas B e J. Tanto isso é verdade, que verificamos que alguns Templos têm suas Colunas B e J no Átrio, e não no interior da Loja.
Em síntese, algumas situações do que é Estar Entre Colunas:

• É conjunto de Obreiros que formam as Colunas do Norte e do Sul;
• Em sentido figurado, são os recursos físicos, financeiros morais e humanos, que mantêm uma instituição maçônica em pleno funcionamento;
• É quando a palavra está nas Colunas em discussão;
• É quando o Irmão, colocar-se ou postar-se entre as Colunas Norte e Sul, no centro do piso de mosaico onde isto evidencia que o Obreiro que assim o faz, é o Alvo de atenção de toda Oficina;
• Na circulação do Tronco de Beneficência, quando o Ir.’. Hosp.’. aguarda Entre Colunas;
• Na circulação da Bolsa de Prop.’. de Inf.’., o Ir.’. M.’.Cer.’..’. aguarda Entre Colunas;
• Quando a Porta-Bandeira, com a bandeira apoiada no ombro, entra no Templo, este por sua vez se põe Entre Colunas;
• Na apresentação de TTrab.’. e PPeç.’. Arq.’., o Irmão pode se apresentar Entre Colunas;
• No atraso do Irmão, o mesmo ao adentrar ao Templo ficará à Ordem e Entre Colunas aguardando ordens do V.’. M.’. para que tome posse do seu assento.
• Em atividades ou em conversas sigilosas;
• Em assuntos ditos ou feitos, ao qual se jura segredo, entre outras mais.

Direitos e Deveres

Em Assembléias Maçônicas, os irmãos poderão fazer uso da palavra no momento oportuno; caso queira obter a palavra estando “Entre Colunas”, poderá solicitá-la com antecedência ao Venerável Mestre, e obrigatoriamente levar ao seu conhecimento o assunto a ser tratado. Sendo o Obreiro impedido de falar, ou sofra algum desrespeito à seus direitos, poderá solicitar ao Venerável Mestre que o conduza ”Entre Colunas”, e se autorizado pelo Venerável o mesmo poderá falar sem ser interrompido, desde que haja decoro e respeito. Se, para estar Entre Colunas é necessária a autorização do V.’. M.’., em contrapartida, nenhum Irmão pode se negar de ocupar aquela posição, quando legalmente solicitado pela Loja, sob pena de punição.
No entanto, as possibilidades do uso da Palavra "Entre Colunas" são muitas e constituem um dos melhores instrumentos dos Obreiros do Quadro, sendo uma das maiores fontes de direito, de liberdade e de garantia, tanto para os irmãos, quanto para a loja.
Estando Entre Colunas, um Irmão pode acusar, defender a sua ou outrem, pedir e julgar, assim como comunicar algo que necessite sigilo absoluto, devendo estar consciente da posição que está revestido, isto é, grande responsabilidade por tudo que disser ou vier a fazer.
A tradição maçônica é tão rigorosa no tange á liberdade de expressão, que quando um Irmão estiver em Pé e a Ordem e Entre Colunas, para externar sua opinião ou defender-se, não pode ser interrompido, exceto se tiver sua palavra cassada pelo Venerável Mestre (ou mesmo o Orador), ato este conferido ao mesmo.
Estando Entre Colunas, o Irmão NÃO poderá se negar a responder a qualquer pergunta, por mais íntima que seja e também não poderá mentir ou omitir sobre a verdade dos fatos, pois desta forma o Irmão perde sumariamente os seus direitos maçônicos, pelo que deve ser julgado não importando os motivos que o levaram a tal atitude. Por motivos pessoais, um maçom pode se negar a responder a quem quer seja, aquilo que não lhe convier, mas se a indagação for feita Entre Colunas, nenhuma razão justificará qualquer resposta infiel.
Igual crime comete aquele que obrigar alguém a confessar coisas Entre Colunas injustificadamente, aproveitando-se da posição em que se encontra o Irmão sem que haja razão lícita e necessária, por perseguição ou com intuito de ofender, agravar ou humilhar desnecessariamente.
Quando um irmão está Entre Colunas e indaga os demais Irmãos sobre qualquer questão, de forma alguma lhe pode ser negada uma resposta. Nenhuma razão justificará que seja mantido silêncio por aquele que tenha algo a responder.
Uma aplicação prática do Entre Colunas pode ser referência a assuntos do mundo profano. É lícito e muito útil pedir informações Entre Colunas, sejam sociais, morais, comerciais, etc., sobre qualquer pessoa, Irmão ou Profano, desde que haja razões válidas para tal fim. Qualquer dos presentes que tiver conhecimento de algo está obrigado a declarar, sob pena de infração ás leis Maçônicas. O Irmão que solicitou as informações poderá fazer uso das mesmas, porém deve guardar o mais profundo silêncio sobre tudo que lhe for revelado e jamais poderá, com as informações recebidas, praticar qualquer ato que possa comprometer a vida dos informantes ou a própria Loja. Se não agir dessa forma será infrator das Leis Maçônicas.

Concluindo

Muitas são acepções que norteiam sobre os ensinamentos do significado de Estar entre Colunas, porém, deve o Maçom sempre edificar suas Colunas interiores embasado pelos Princípios da Liberdade, Igualdade e Fraternidade, primando pelo bem-estar da família e pelo aperfeiçoamento da sociedade através do trabalho e do estudo, para com isso perfazer-se um homem livre e de bons Costumes. Este, alegoricamente, talvez seja o real significado no bojo dos ministérios que reagem as Colunas da Maçonaria, pois estar Entre Coluna é estar entre Irmãos.

Por:  Ir.'. Octacilio


BIBLIOGRAFIA
ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia: “ A TROLHA.
CASTELLANI, José. Liturgia e Ritualística do Grau de Aprendiz Maçom
EGITO, José Laércio do. In Coletânea 2. Londrina: “ A TROLHA”.
PUSCH, Jaime. A B C do aprendiz.
Santos, Amando Espósito dos Santos; CONTE, Carlos Basílio, FERREIRA, Cláudio Roque Buono, COSTA, Wagner Veveziani. Manual Completo para lojas Maçônicas. São Paulo: Madras, 2004


Leia também: Estar entre colunas  -  AS COLUNAS DO TEMPLO NOS DÃO LIÇÕES DE VIDA - Simbolismo na maçonaria - Abater Colunas - O Templo maçônico - Templo Maçônico - As Inspiradoras Colunas Booz e Jaquin

domingo, 10 de abril de 2011

Irmão Roberto Barconi participa do "I CONGRESSO INTERNACIONAL DA GRANDE LOJA MAÇONICA DE MINAS GERAIS", em Belo Horizonte.




Comemorado o 182º aniversário do Supremo do Grau 33 do Rito Escocês Antigo e Aceito da  Maçonaria para a República Federativa do Brasil.           
                
Nosso irmão da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4,  Roberto Barconi esteve em Belo Horizonte-MG entre 06 e 09 de abril para o Iº Congresso Internacional da Grande Loja Maçônica de Minas Gerais e 182º anos de Fundação do Supremo Conselho do Grau 33º da Maçonaria para a República Federativa do Brasil. Na abertura se fizeram presentes o Governador do Estado, Prof. Antônio Anastasia (palestrante da noite) e o  Prefeito de Belo Horizonte, bem como representantes do Grau 33º de 10 países, inclusive dos EEUU região Sul (foto com Barconi e Grande Min.de Estado do Supr.Conselho) além de Grão Mestres , Inspetores Litúrgicos e demais Maçons de diversos Estados do Brasil. Após a cerimônia de abertura foi servido um ótimo coquetel. No dia seguinte ocorreram diversas palestras durante o dia,  e à noite um jantar (noite mineira)no Clube Labareda (Atlético Mineiro). No sábado (9) pela manhã foi realizada a Investidura no Grau 33º de 90 irmãos de diversas regiões do País somando um total de 252 irmãos do Grau 33º presentes à cerimônia (ver foto parcial). Ainda no sábado à noite excelente Baile na Torre Altavila (casa de festas) de onde se observa quase toda a cidade de Belo Horizonte. O Templo da cerimônia  foi o principal da sede da Grande Loja, um bonito prédio de 10 andares. Vejam também nas fotos Barconi com o Grão Mestre de Minas Gerais e outra com Grão Mestre do RS e PB.
O evento contou com as presenças de representantes da Maçonaria de 21 países (Europa, Ásia, África, Médio, América do Norte e praticamente de todos os países da América do Sul), Grãos-Mestres dos 27 estados brasileiros e membros das mais de 300 lojas Maçônicas do Estado de Minas Gerais.

sábado, 9 de abril de 2011

A Flauta Mágica (Mozart).



A Flauta Mágica, obra musical de Mozart, tem dois aspectos marcantes: um quase infantil, que raramente chega às crianças e a música que há 200 anos fascina os adultos. A obra parece ter sido escrita em 1731, relacionada com os mistérios Egípcios.
Eis o início da história: Um príncipe (Tamino), e um caçador de pássaros (Papagueno), atendendo ao apelo de uma rainha (a Rainha da Noite), tentam resgatar a princesa (Pamina), sequestrada num Castelo.
Nesta ópera, Mozart descreve a senda do candidato, que procura a Luz, “pobre, nu e cego”. Demonstra os passos do caminho, as suas Provas, nas quais se prepara o espírito para se tornar digno de entrar no Templo (Interior), naquele templo verdadeiro, que é feito sem ruído de pedra nem de martelo, em que a luz do conhecimento permanece eternamente.
(Fonte: Arte Maçônica - Carmen Lara)

sexta-feira, 8 de abril de 2011

Em busca de um Brasil sem energia nuclear.

Na visão do jornalista Washington Novaes, especialista em meio ambiente, o país poderia economizar 10% do que gasta com energia se investisse em programas de melhoramento de linhas de transmissão.

Questões financeiras e econômicas também permeiam o debate que envolve as consequências do acidente nas usinas nucleares do Japão. O momento, indicado pelo jornalista Washington Novaes, é de unir esforços para uma reflexão, em que é preciso reavaliar decisões.
Em entrevista concedida por telefone à IHU On-Line, o especialista em jornalismo ambiental afirma que “não precisamos desse tipo de energia, porque temos outros vários formatos, como a eólica (…), a energia solar, das marés e as biomassas (etanol e outras).” Além da posição dos governantes, ele critica também a imprensa quando diz que “os jornais estão fazendo uma cobertura muito ampla do caso” e afirma que o problema é “quando a fase passa e os jornalistas não discutem como resolver questões importantes.”
Atuando mais de 50 anos no jornalismo, Washington Novaes é especialista em temas de meio ambiente e povos indígenas. Atualmente, é colunista dos jornais O Estado de S. Paulo e O Popular, consultor de jornalismo da TV Cultura, documentarista e produtor independente de televisão.

Confira a entrevista.

IHU On-Line – Como o senhor classifica a situação que o Japão vive hoje, após o terremoto e o tsunami?
Washington Novaes – A União Europeia já considera a situação apocalíptica. O nível mais grave de alerta já está soando, mas ainda não sabemos qual será o desfecho real, não sabemos o que pode ser feito. Para piorar a situação extremamente grave, a questão da energia nuclear corresponde para o Japão até 30 % da energia total do país. Essas usinas que estão em perigo foram desligadas por precaução e ninguém sabe prever os prejuízos ou o futuro de todo o problema. O governo já colocou milhões de dólares para reparar problemas imediatos, mas ainda é cedo para ter ideia. De qualquer forma, os prejuízos serão grandes.
IHU On-Line – Qual o impacto dessas mudanças ambientais para o resto do mundo?
Washington Novaes – Há muito tempo, os críticos em energia nuclear assinalam que ela é problemática, por várias razões. Qualquer incidente pode trazer danos altos, como ocorreu em Chernobyl. Em vários lugares onde são feitas auditorias foram encontradas falhas, inclusive no Japão. E primeiro lugar, é uma fonte de energia cara e muito perigosa. Depois, é raro encontrar um ambiente apropriado para guardar os resíduos radioativos. O Brasil, por exemplo, mantém esse lixo dentro das usinas de Angra I e II. No licenciamento de Angra III foi estabelecido como condição encontrar uma solução definitiva para esta questão. Isso não foi encontrado até agora. Até mesmo nos Estados Unidos não há solução para o problema. Eles têm 104 usinas em operação, mas várias ainda estão em construção. O governo americano inclusive começou a implantar um depósito final para estes resíduos, na região da Sierra Nevada. O espaço destinado é embaixo da montanha, a 300 metros de profundidade. Fui ao local, acompanhado por um diretor de energia e gravei um comentário. Especialistas em sismologia, geólogos e hidrólogos têm feito objeções sobre o projeto. Eles acreditam que tais depósitos não deveriam estar em regiões com possíveis abalos, como é o caso da Califórnia. Também não há comprovação sobre o que pode ocorrer com os recursos hídricos. Entretanto, o especialista disse que está tudo sendo analisado, inclusive que teriam feito uma simulação em caso de terremoto. Perguntei sobre um possível abalo mais forte. Ele deu como garantia Deus… Mesmo que esse depósito dê certo, como os Estados Unidos conseguirão transportar resíduos perigosos de 104 usinas?
IHU On-Line – É possível pensar no desenvolvimento de um país sem a energia nuclear?
Washington Novaes – O pesquisador James Lovelock , por exemplo, acredita que não dá tempo para encontrar outras soluções para o planeta, já que as mudanças climáticas são constantes. É preciso diminuir a emissão de poluentes que transformam o clima. Entretanto, ele fala que a energia nuclear poderia resolver rapidamente o problema. Então, um grande crítico como ele também passou a ser defensor da energia nuclear. No caso brasileiro, poderíamos perguntar se o país realmente precisa dessa energia. Na verdade, não precisamos, porque temos outros vários formatos, como a eólica, que está se impondo bastante, a energia solar, das marés e as biomassas (etanol e outras). O país não precisaria recorrer à energia nuclear. Além disso, um estudo da Universidade Estadual de Campinas – Unicamp, de 2006, sobre a matriz energética brasileira, afirmou que o país poderia viver tranquilamente com a metade da energia que vive hoje. Poderíamos economizar 30% em consumo, sem prejuízos. Além disso, o país poderia ganhar 10% com programas de melhoramento em linhas de transmissão e outros 10% com repotenciação de geradores antigos. Poderia fazer isso a custos bem menores do que é investido na construção de usinas. Entretanto, as autoridades brasileiras não comentam isso; preferem construir termelétricas altamente poluidoras.
IHU On-Line – O senhor acredita que, após o acidente com o Japão, o mundo vai passar a ver com outros olhos a instalação de usinas nucleares?
Washington Novaes – Neste momento há uma postura de muita cautela na área da Europa. A Alemanha mandou desativar algumas usinas e decidiu reexaminar alguns casos. A Áustria pediu à União Europeia nova avaliação de reatores e a Inglaterra também pensa em revisões de programas. Mas há países europeus com medidas alternativas de energia, como Portugal e Espanha, que usam bastante energia solar. Nos Estados Unidos há uma reação forte em relação aos planos do presidente de implantar dezenas de usinas. Suponho que o mundo inteiro faça uma reavaliação, mas é difícil prever o que ocorrerá, porque há forças econômicas muito importantes envolvidas, assim como grandes empresas produtoras de energia.


IHU On-Line – O tsunami no Japão e as possibilidades de um grande acidente nuclear podem ser considerados os acidentes ambientais mais graves dos últimos tempos?
Washington Novaes – Certamente são. O nível de radiação das usinas está chegando a patamares elevados. Ainda não há a informação se será possível reverter de alguma forma a situação. É possível que o número de pessoas atingidas seja menor que em Chernobyl, porque houve a evacuação rápida, o que pode ter reduzido o número de vítimas. Este é um bom momento para pensar a respeito do uso da energia verde. É preciso considerar que a equação é complicada, pois há muitas questões financeiras e econômicas envolvidas. Quem decidir não usar mais a energia nuclear precisa pensar em qual utilizará. Por quanto tempo? Quanto custará? São questões que precisam ser analisadas antes de qualquer decisão, e só o tempo ajudará a respondê-las.
IHU On-Line – Como o senhor avalia a cobertura jornalística atual em relação à catástrofe do Japão?
Washington Novaes – Os jornais estão fazendo uma cobertura muito ampla e isso faz parte do panorama da comunicação quando há atenção a momentos de catástrofes e crises. O problema é que, quando a fase passa, os jornalistas não discutem como resolver questões importantes. De modo geral, há certa confusão em relação às informações sobre o que aconteceu nos reatores. Há mais de uma versão, o que confunde. Em alguns jornais foi publicado que os reatores resistiram bem ao terremoto, mas o tsunami desligou os sistemas de reação. Em outros casos, dizem que houve problema no próprio sistema de refrigeração, que independeu do tsunami. São pontos que ainda não estão completamente claros. O Japão tem a preocupação de fazer anúncios oficiais que trazem explicações sobre o fato, o que ajuda um pouco no esclarecimento.
IHU On-Line – No Brasil, o presidente da Comissão Nacional de Energia Nuclear considerou precipitadas as decisões dos países que decidiram frear os programas de energia nuclear. O senhor tem o mesmo posicionamento?
Washington Novaes – O ministério de Minas e Energia tem posição excessivamente suficiente e quase arrogante, achando que o país não tem problemas relacionados à energia nuclear. Na verdade, o Brasil precisa repensar, principalmente porque as usinas estão à beira mar. O governo parece não fazer questão de tomar conhecimento sobre as questões. Já li em jornais que essas usinas do Japão têm defesas 10 vezes mais fortes que as de Angra. Então, essa é outra razão que deveria levar o governo a tomar atitudes de mais prudência. Outra questão que não deve deixar de ser debatida é: o Brasil não precisa de energia nuclear e, mesmo assim, ainda tem planos de fazer 40 usinas? É uma atitude autossuficiente demais e, eu diria, até arrogante.
(Ecodebate, 06/04/2011) Entrevista realizada por Anelise Zanoni e publicado pela IHU On-line, parceiro estratégico do EcoDebate na socialização da informação.
[IHU On-line é publicado pelo Instituto Humanitas Unisinos - IHU, da Universidade do Vale do Rio dos Sinos – Unisinos, em São Leopoldo, RS.]

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Brava Gente!




"Os terremotos e o tsunami que devastaram parte do nordeste do Japão rendem até hoje, semanas depois da tragédia, imagens impressionantes da força da natureza. Entre os vídeos mais recentes se destaca o que mostra o mar invadindo o porto da cidade de Kesennuma. O cinegrafista amador mostra, do alto de um prédio, quase seis minutos do avanço das águas. Prédios desabam e o lugar fica irreconhecível. Teve mais de 3 milhões de acessos em três dias."



Por Monja Coen

Quando voltei ao Brasil, depois de residir doze anos no Japão, me incumbi da difícil missão de transmitir o que mais me impressionou do povo Japonês: kokoro. Kokoro ou Shin significa coração-mente-essência.
Outra palavra é gaman: aguentar, suportar. Educação para ser capaz de suportar dificuldades e superá-las.Assim, os eventos de 11 de março, no Nordeste japonês, surpreenderam o mundo de duas maneiras.
A primeira pela violência do tsunami e dos vários terremotos, bem como dos perigos de radiação das usinas nucleares de Fukushima.
A segunda pela disciplina, ordem, dignidade, paciência, honra e respeito de todas as vítimas.
Filas de pessoas passando baldes cheios e vazios, de uma piscina para os banheiros.
Nos abrigos, a surpresa das repórteres norte americanas: ninguém queria tirar vantagem sobre ninguém. Compartilhavam cobertas, alimentos, dores, saudades, preocupações, massagens. Cada qual se mantinha em sua área. As crianças não faziam algazarra, não corriam e gritavam, mas se mantinham no espaço que a família havia reservado.
Não furaram as filas para assistência médica – quantas pessoas necessitando de remédios perdidos-
mas esperaram sua vez também para receber água, usar o telefone, receber atenção médica, alimentos, roupas e escalda pés singelos, com pouquíssima água.
Compartilharam também do resfriado, da falta de água para higiene pessoal e coletiva, da fome, da tristeza, da dor, das perdas de verduras, leite, da morte.
Nos supermercados lotados e esvaziados de alimentos, não houve saques. Houve a resignação da tragédia e o agradecimento pelo pouco que recebiam. Ensinamento de Buda, hoje enraizado na cultura e chamado de kansha no kokoro: coração de gratidão.
Sumimasen é outra palavra chave. Desculpe, sinto muito, com licença. Por vezes me parecia que as pessoas pediam desculpas por viver. Desculpe causar preocupação, desculpe incomodar, desculpe precisar falar com você, ou tocar à sua porta. Desculpe pela minha dor, pelo minhas lágrimas, pela minha passagem, pela preocupação que estamos causando ao mundo. Sumimasem.
Quando temos humildade e respeito pensamos nos outros, nos seus sentimentos, necessidades. Quando cuidamos da vida como um todo, somos cuidadas e respeitadas.
O inverso não é verdadeiro: se pensar primeiro em mim e só cuidar de mim, perderei. Cada um de nós, cada uma de nós é o todo manifesto.
Acompanhando as transmissões na TV e na Internet pude pressentir a atenção e cuidado com quem estaria assistindo: mostrar a realidade, sem ofender, sem estarrecer, sem causar pânico. As vítimas encontradas, vivas ou mortas eram gentilmente cobertas pelos grupos de resgate e delicadamente transportadas – quer para as tendas do exército, que serviam de hospital, quer para as ambulâncias, helicópteros, barcos, que os levariam a hospitais.
Análise da situação por especialistas, informações incessantes a toda população pelos oficiais do governo e a noção bem estabelecida de que “somos um só povo e um só país”.
Telefonei várias vezes aos templos por onde passei e recebi telefonemas. Diziam-me do exagero das notícias internacionais, da confiança nas soluções que seriam encontradas e todos me pediram que não cancelasse nossa viagem em Julho próximo.Aprendemos com essa tragédia o que Buda ensinou há dois mil e quinhentos anos: a vida é transitória, nada é seguro neste mundo, tudo pode ser destruído em um instante e reconstruído novamente.
Reafirmando a Lei da Causalidade podemos perceber como tudo está interligado e que nós humanos não somos e jamais seremos capazes de salvar a Terra. O planeta tem seu próprio movimento e vida. Estamos na superfície, na casquinha mais fina. Os movimentos das placas tectônicas não tem a ver com sentimentos humanos, com divindades, vinganças ou castigos. O que podemos fazer é cuidar da pequena camada produtiva, da água, do solo e do ar que respiramos. E isso já é uma tarefa e tanto.
Aprendemos com o povo japonês que a solidariedade leva à ordem, que a paciência leva à tranquilidade e que o sofrimento compartilhado leva à reconstrução.
Esse exemplo de solidariedade, de bravura, dignidade, de humildade, de respeito aos vivos e aos mortos ficará impresso em todos que acompanharam os eventos que se seguiram a 11 de março.
Minhas preces, meus respeitos, minha ternura e minha imensa tristeza em testemunhar tanto sofrimento e tanta dor de um povo que aprendi a amar e respeitar.
Havia pessoas suas conhecidas na tragédia?, me perguntaram. E só posso dizer : todas. Todas eram e são pessoas de meu conhecimento. Com elas aprendi a orar, a ter fé, paciência, persistência. Aprendi a respeitar meus ancestrais e a linhagem de Budas.

Mãos em prece (gassho)
Monja Coen

sexta-feira, 1 de abril de 2011

Hidronave é atração para quem quer conhecer o fundo do mar em Fernando de Noronha.



Hidronave de tecnologia russa será aberta a turistas ainda neste mês. Embarcação conta com lente de visão subaquática, diz engenheiro.

Turistas e pesquisadores poderão conhecer o fundo do mar do arquipélago de Fernando de Noronha, em Pernambuco, sem entrar na água. A experiência é possível graças à hidronave, uma embarcação de tecnologia russa que abriga uma lente de visão subaquática.
“A ideia nasceu de uma iniciativa para democratizar o acesso ao fundo marinho. Para possibilitar que crianças, idosos, deficientes físicos e aqueles que têm medo de mergulhar conhecessem o mar, reuni três sócios e começamos a pesquisar no mundo tecnologias que proporcionassem essa experiência”, diz o engenheiro de pesca Leonardo Bertrand Veras, diretor de pesquisa do Projeto Navi, Natureza Viva.
Foi na Rússia que o grupo encontrou o que estava procurando. “A hidronave é diferente de tudo o que havíamos encontrado, ela tem uma lente especial de 3 m de comprimento por 2,5 m de largura, e aproxima o fundo do mar em até três vezes”, afirma.
Passeio didático
A presença da embarcação no arquipélago tem como princípio, segundo o engenheiro, disponibilizar a navegação para pesquisa do ambiente marinho. Mas turistas também podem, e devem, participar das chamadas “expedições de ensaio de oceanografia”.
“Os turistas irão viver a experiência de cientistas por um dia. Antes da visita, eles receberão um material didático com parâmetros ambientais como a força do vento, a direção, a agitação do mar, e os animais que deverão encontrar durante a visita. Depois do passeio, esse material se transforma em um certificado”, conta Veras.
Os passeios experimentais já começaram, e a hidronave deve ser aberta ao público ainda em abril.
Os responsáveis por trazer a embarcação ao Brasil não revelam o custo da “aventura”, mas acreditam que o turismo ajudará a mantê-la. A estimativa inicial é que o passeio custe R$ 150 por pessoa. A hidronave pode receber até 28 passageiros.
(Fonte: G1.com.br)

Galeria de Fotos

Os Cavaleiros Templários - A Origem da Maçonaria

A Maçonaria

MAÇONARIA - TEMPLO DE SALOMÃO

Como tornar-se Maçom

Dan Brown fala sobre a maçonaria

Maçonaria: Ser Maçom

Video que mostra alguns dos grandes Maçons.

O Maçom Luiz Gonzaga - O Gonzagão

Breve história da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.

Stephen John Richard Allen (*)

Meus Ir.:,

A história é parte integral da vida. Sem a presença do passado não teria o presente, e sem o presente, nunca estaremos presentes no futuro.

A “Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cavaleiros do Oriente” foi fundada em 24 de outubro de 1932. A loja era a primeira fundada sob a potência da Grande Loja de Pernambuco (apesar seu número ‘04’), sendo fundada apenas 18 dias após da fundação da Grande Loja.
Foram os seguintes IIr.: que elaborarem o estatuto da loja, registrado no dia 06 de junho de 1933, no 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Rua Diário de Pernambuco:

Venerável Mestre, Ir.: Zeferino Agra de Lima;
1º Vigilante, Ir.: Samuel Ponce de Leon (que em 1947 foi Venerável Mestre);
2º Vigilante, Ir.: João Capistrano Bezerra;
Orador, Ir.: Abdenago Rodrigues de Araújo;
Secetário, Ir.: Luiz Aurélio de Oliveira;
Tesoureiro, Ir.: Apolinário de Azevedo;
1º Diácono, Ir.: Moysés Cícero do Rego Gomes;
2º Diácono, Ir.: José Lacerda;
Chanceler, Ir.: Edmundo Osmundo Cavalcanti;
Mestre das Cerimônias Ir.: Orlando Feijó de Melo;
Hospitaleiro, Ir.: Joaquim Luiz Rabelo e
Cobridor, Ir.: Otávio Cavalcanti de Alberquerque.

Estes nomes são importantes para todos nós, pois sem estes homens livres e de bons costumes não apenas nossa existência como uma loja não teria sido possível, e é bastante provável que nosso ingresso na Maçonaria também não teria acontecido.

A loja sempre foi cosmopolita. Ela têm uma história expressiva de IIr.: que vieram de outros orientes, como IIr.: Samuel Ponce de Leon, Salvador Moscoso, Manoel Pereira Lopes e Manoel Francisco de Campos que eram do oriente do Portugal.Ir.: Alexandra Markus de Tchecoslováquia, Ir.: Ângelo Papaleo era Italiano,
e eu, Ir.: Stephen John Richard Allen natural de York, Inglaterra. Aliás, a loja, na maioria do tempo, foi composta por mais IIr.: não naturais de Pernambuco de que IIr.: pernambucanos, mostrando a grandiosidade da maçonaria. Podemos olhar em nosso quadro agora para ver IIr.: que são naturais de Espírito Santos, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e São Paulo.
Durante sua história, Cavaleiros do Oriente sempre teve laços estreitos com a grande loja, participando ativamente com seus obreiros e preenchendo cargos importantes. A loja tem a honra de ter em seu quadro obreiros, citamos apenas alguns, que tiveram cargos na Grande Loja de Pernambuco:

Grão Mestre:

1946/48 - Roberto Le Coq de Oliveira;
1954/61 - Salvador Pereira d'Araújo Moscoso;
1964 - Manoel de Lima Filho

Deputado do Grão Mestre:

1949 - 1958 - Oswaldo Andrade

Gr.: Rep.: da Gr.: Lo.: de Pe.: :

1949 - Manoel Pereira Lopes com o Gr.: Or.: de Amazonas
1958 - Oswaldo Andrade com a Gran Logia Occ.: de Columbia – Cali
João Capistrano Bezerra com a Gr.: Lo.: do Est.: de Paraná

A loja teve sete endereços durante a sua longa história. O primeiro endereço da loja foi na Rua do Dique, no bairro de São José, Recife, e passou pela Rua da Aurora, 277, até 1964, quando se mudou para Rua Augusta, 699 e, mais tarde Rua 24 de Maio também no bairro de São José. Um endereço encontrado nos documentos da loja foi Avenida Dantas Barreto, 1253, registrado em 1977.

No final de 1989 a loja foi transferida para o prédio sede da Grande Loja de Pernambuco, na Rua Imperial, 197 no Bairro de São José.

Em 1995 a loja Cavaleiros do Oriente conseguiu seu templo próprio na Rua Dr. Gustavo Pinto, no bairro de Jardim São Paulo.

O prédio da oficina foi construído em 1994 através de ajuda e colaboração de homens como Ir.: Eduardo Guerra que é reconhecido como peça fundamental para a realização da obra, por sua dedicação, carinho e vontade de realizar pelo bem da ordem, Ir.: Fernando Viveiros, Ir.: Eliomar de Almeida e o Ir.: presente ativo José Simão de Góis.

Por causa das enchentes durante os anos setenta, muitos documentos foram destruídos e que contavam a história da loja Cavaleiros do Oriente. A data exata que a loja recebeu o título de ‘benemérita’ é imprecisa, porém a primeira referência do título foi encontrada numa correspondência entre a loja Cavaleiros do Oriente e a Grande Loja de Pernambuco datada dia 12 de março de 1947. No mesmo documento o título Val.: também foi citado.

O título ‘Cinqüentenária’ foi concedido pela Grande Loja de Maçônica de Pernambuco em 2005.

A loja Cavaleiros do Oriente sempre foi ativa na realização de ações sociais, não na busca de reconhecimento como uma boa colaboradora (na maioria das vezes as ações nem foram divulgadas), porém, mais importante, era contribuir na busca de resultados positivos que aquela ação merecia.

Por isto muitas ações sociais da loja não se destacaram na imprensa, na Grande Loja nem foram comentadas entre IIr.: das demais lojas em nosso Or.:.

É claro, falo do trabalho importantíssimo das cunhadas da loja, sem as quais muitas destas ações não teriam sido realizadas.

As ações eram várias, muito mais do que podiam ser colocadas aqui, mas, permitam-me citar algumas; como distribuição emergencial de colchões e roupas após as enchentes que prejudicaram o nosso Or.: de Recife durante os anos 70; recuperação de cadeiras escolares que foram redistribuídas no setor escolar público; distribuição de fraldas descartáveis para creches para mães de baixa renda e fornecimento de medicamentos para o Hospital do Câncer em Recife.

O trabalho da loja Cavaleiros do Oriente é um constante, e após 75 anos de existência de uma loja vibrante, saudável e harmoniosa, esperamos que nossos futuros IIr.: possam celebrar e saudar a loja em seu centenário aniversário.

(*) Ir.: Stephen Allen é Mestre Instalado da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.