Quinta-feira, 05/05/2011
O JN no Ar mostra os efeitos das enchentes para milhares de brasileiros no Nordeste. As famílias estão em constante estado de alerta e têm medo de voltar para casa com medo de novos temporais.O JN no Ar foi a Pernambuco mostrar a situação de cidades atingidas pela chuva.
As pessoas são muito sofridas: já têm pouco, perderam tudo em uma enchente, conseguiram comprar móveis novos com muito sacrifício e perderam tudo de novo em menos de um ano. Foi exatamente o que aconteceu com a maioria das pessoas que a equipe do JN no Ar encontrou em Pernambuco.
As famílias estão em constante estado de alerta e têm medo de voltar para casa com medo de novas enchentes. Esse temor se justifica porque, só nesta quinta-feira (5), já são 16 cidades em estado de emergência.
O Governo Federal anunciou o repasse de R$ 18,7 milhões para ajudar na recuperação dessas famílias.
Foi um dia de trabalho muito intenso para a equipe, que contou com a ajuda da TV Globo Recife e também da TV Asa Branca, afiliada da Globo em Pernambuco.
Não dá para perceber onde termina o rio e onde começa a margem. Tudo é água que desce com força do céu, com poucos intervalos de estiagem, há quatro dias. São 48 cidades atingidas. O volume de água é o equivalente a um mês de chuva.
Para um morador de Água Preta, um desolação. “Tudo que eu comprei não tem nem um ano que foi comprado”, contou.
O comércio fechou as portas na maioria das cidades. Em Palmares, foi dia de tentar salvar o que a água ainda não levou. “São 40 anos de trabalho, gente. E agora o que a gente faz? A gente não aguenta mais”, questionou a comerciante Arnete Rodrigues.
O Rio Ipojuca é um dos mais ferozes. Ele cobriu o asfalto em um trecho da rodovia PE-60 e as pessoas têm que fazer um enorme sacrifício para conseguir cruzar a estrada.
Os pernambucanos revivem um drama que ainda nem completou um ano. Em 2010, 25 pessoas morreram por causa das enchentes no estado. O número de famílias desabrigadas chegou a 16 mil.
Hoje já são mais de 12 mil fora de suas casas. Os conjuntos habitacionais para receber esses moradores ainda não ficaram prontos.
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