sexta-feira, 13 de maio de 2011

13 DE MAIO. ABOLIÇÃO DA ESCRAVATURA.



O movimento abolicionista Nas últimas décadas do século XIX, a maioria da sociedade brasileira era antiescravista. A Guerra de Secessão, nos Estados Unidos, da qual resultara a abolição da escravidão naquele país, tivera forte impacto nas nações que ainda mantinham a escravatura, como Cuba, Porto Rico e Brasil, e estimulou as campanhas abolicionistas. No Brasil, foram fundados clubes e associações abolicionistas formados pelos mais diversos setores da sociedade. Eram promovidas festas beneficentes, quermesses, palestras e comícios em praça pública, fosse para angariar fundos para a causa abolicionista, fosse para condenar a escravidão. A imprensa era um dos principais veículos de defesa do abolicionismo. No parlamento, a questão escravista era mais delicada. Como a maioria dos deputados era proprietária de terras e escravos, defendia a emancipação lenta e gradual dos cativos, com o pagamento, pelo governo, de indenização aos seus senhores. A Lei do Ventre Livre Em setembro de 1871, os deputados aprovaram numa perspectiva de emancipação gradual dos cativos, a Lei do Ventre Livre, que declarava libertos os filhos de mulher escrava que nascessem no país a partir da promulgação da lei. Os filhos ficariam sob a guarda do senhor até a idade de 8 anos. A partir de então, o senhor poderia liberta-los, em troca de títulos públicos, ou se utilizar gratuitamente de seus serviços até completarem 21 anos. Na realidade, a Lei do Ventre Livre pretendia esvaziar o movimento abolicionista e, ao mesmo tempo, garantir aos proprietários de terras uma transição segura para o trabalho assalariado. A Lei do Ventre Livre teve pouca eficácia. Para se ter uma ideia, o número de crianças libertadas em 1879 e 1880, quando teriam alcançado os 8 anos, era insignificante. Até o final de 1880, apenas 4 500 escravos haviam sido libertados pelo Fundo de Emancipação, isto é, apenas 0,3% da população escrava do país naquele ano. Esses resultados insignificantes da Lei do Ventre Livre acabaram por agitar a campanha abolicionista. As ações dos grupos abolicionistas eram bastante diversas, sendo a campanha da libertação voluntária, isto é, as alforrias concedidas pelos senhores, a mais importante na primeira metade da década de 1880. Essas alforrias superaram significativamente as promovidas pelo Estado, o que demonstrava o avanço da sociedade civil frente às autoridades públicas. Diversos municípios espalhados pelo Norte, Nordeste e Sul do Brasil, seguindo o exemplo do Ceará, libertaram seus escravos e declararam-se territórios livres. A pequena população do Amazonas também foi libertada em 1884. Em 1885, mais de 85% dos escravos do Rio Grande do Sul haviam sido libertados. À essa altura, a escravidão encontrava-se reduzida às províncias do Centro-Sul. Grupos abolicionistas radicais, como os Caifazes, organizavam fugas e rebeliões dos escravos nas fazendas. Em contrapartida, os proprietários formavam os Clubes da Lavoura e Comércio, que contavam com milícias próprias para reprimir a fuga e revolta dos cativos e a ação dos abolicionistas. Sequer o Exercito se dispunha mais a reprimir os defensores da abolição. A Lei dos Sexagenários e a Lei Áurea Em 1885, mais uma vez, o governo tentou conter os ânimos abolicionistas com a promulgação da Lei Saraiva-Cotegipe, mais conhecida como Lei dos Sexagenários, por libertar os escravos que tivessem mais de 60 anos. Essa lei, na verdade, só beneficiava os próprios senhores, uma vez que ficavam livres dos escravos improdutivos e dispendiosos. A lei ainda previa que os escravos libertos deviam trabalhar de graça até os 65 anos, e estabelecia o pagamento de indenização aos seus senhores. A Lei dos Sexagenários acirrou ainda mais os ânimos abolicionistas. O movimento tornou-se cada vez mais radical, o que levou a princesa Isabel, que ocupava interinamente o trono, a assinar, em 1888, a Lei Áurea, abolindo definitivamente a escravidão no Brasil.

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Breve história da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.

Stephen John Richard Allen (*)

Meus Ir.:,

A história é parte integral da vida. Sem a presença do passado não teria o presente, e sem o presente, nunca estaremos presentes no futuro.

A “Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cavaleiros do Oriente” foi fundada em 24 de outubro de 1932. A loja era a primeira fundada sob a potência da Grande Loja de Pernambuco (apesar seu número ‘04’), sendo fundada apenas 18 dias após da fundação da Grande Loja.
Foram os seguintes IIr.: que elaborarem o estatuto da loja, registrado no dia 06 de junho de 1933, no 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Rua Diário de Pernambuco:

Venerável Mestre, Ir.: Zeferino Agra de Lima;
1º Vigilante, Ir.: Samuel Ponce de Leon (que em 1947 foi Venerável Mestre);
2º Vigilante, Ir.: João Capistrano Bezerra;
Orador, Ir.: Abdenago Rodrigues de Araújo;
Secetário, Ir.: Luiz Aurélio de Oliveira;
Tesoureiro, Ir.: Apolinário de Azevedo;
1º Diácono, Ir.: Moysés Cícero do Rego Gomes;
2º Diácono, Ir.: José Lacerda;
Chanceler, Ir.: Edmundo Osmundo Cavalcanti;
Mestre das Cerimônias Ir.: Orlando Feijó de Melo;
Hospitaleiro, Ir.: Joaquim Luiz Rabelo e
Cobridor, Ir.: Otávio Cavalcanti de Alberquerque.

Estes nomes são importantes para todos nós, pois sem estes homens livres e de bons costumes não apenas nossa existência como uma loja não teria sido possível, e é bastante provável que nosso ingresso na Maçonaria também não teria acontecido.

A loja sempre foi cosmopolita. Ela têm uma história expressiva de IIr.: que vieram de outros orientes, como IIr.: Samuel Ponce de Leon, Salvador Moscoso, Manoel Pereira Lopes e Manoel Francisco de Campos que eram do oriente do Portugal.Ir.: Alexandra Markus de Tchecoslováquia, Ir.: Ângelo Papaleo era Italiano,
e eu, Ir.: Stephen John Richard Allen natural de York, Inglaterra. Aliás, a loja, na maioria do tempo, foi composta por mais IIr.: não naturais de Pernambuco de que IIr.: pernambucanos, mostrando a grandiosidade da maçonaria. Podemos olhar em nosso quadro agora para ver IIr.: que são naturais de Espírito Santos, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e São Paulo.
Durante sua história, Cavaleiros do Oriente sempre teve laços estreitos com a grande loja, participando ativamente com seus obreiros e preenchendo cargos importantes. A loja tem a honra de ter em seu quadro obreiros, citamos apenas alguns, que tiveram cargos na Grande Loja de Pernambuco:

Grão Mestre:

1946/48 - Roberto Le Coq de Oliveira;
1954/61 - Salvador Pereira d'Araújo Moscoso;
1964 - Manoel de Lima Filho

Deputado do Grão Mestre:

1949 - 1958 - Oswaldo Andrade

Gr.: Rep.: da Gr.: Lo.: de Pe.: :

1949 - Manoel Pereira Lopes com o Gr.: Or.: de Amazonas
1958 - Oswaldo Andrade com a Gran Logia Occ.: de Columbia – Cali
João Capistrano Bezerra com a Gr.: Lo.: do Est.: de Paraná

A loja teve sete endereços durante a sua longa história. O primeiro endereço da loja foi na Rua do Dique, no bairro de São José, Recife, e passou pela Rua da Aurora, 277, até 1964, quando se mudou para Rua Augusta, 699 e, mais tarde Rua 24 de Maio também no bairro de São José. Um endereço encontrado nos documentos da loja foi Avenida Dantas Barreto, 1253, registrado em 1977.

No final de 1989 a loja foi transferida para o prédio sede da Grande Loja de Pernambuco, na Rua Imperial, 197 no Bairro de São José.

Em 1995 a loja Cavaleiros do Oriente conseguiu seu templo próprio na Rua Dr. Gustavo Pinto, no bairro de Jardim São Paulo.

O prédio da oficina foi construído em 1994 através de ajuda e colaboração de homens como Ir.: Eduardo Guerra que é reconhecido como peça fundamental para a realização da obra, por sua dedicação, carinho e vontade de realizar pelo bem da ordem, Ir.: Fernando Viveiros, Ir.: Eliomar de Almeida e o Ir.: presente ativo José Simão de Góis.

Por causa das enchentes durante os anos setenta, muitos documentos foram destruídos e que contavam a história da loja Cavaleiros do Oriente. A data exata que a loja recebeu o título de ‘benemérita’ é imprecisa, porém a primeira referência do título foi encontrada numa correspondência entre a loja Cavaleiros do Oriente e a Grande Loja de Pernambuco datada dia 12 de março de 1947. No mesmo documento o título Val.: também foi citado.

O título ‘Cinqüentenária’ foi concedido pela Grande Loja de Maçônica de Pernambuco em 2005.

A loja Cavaleiros do Oriente sempre foi ativa na realização de ações sociais, não na busca de reconhecimento como uma boa colaboradora (na maioria das vezes as ações nem foram divulgadas), porém, mais importante, era contribuir na busca de resultados positivos que aquela ação merecia.

Por isto muitas ações sociais da loja não se destacaram na imprensa, na Grande Loja nem foram comentadas entre IIr.: das demais lojas em nosso Or.:.

É claro, falo do trabalho importantíssimo das cunhadas da loja, sem as quais muitas destas ações não teriam sido realizadas.

As ações eram várias, muito mais do que podiam ser colocadas aqui, mas, permitam-me citar algumas; como distribuição emergencial de colchões e roupas após as enchentes que prejudicaram o nosso Or.: de Recife durante os anos 70; recuperação de cadeiras escolares que foram redistribuídas no setor escolar público; distribuição de fraldas descartáveis para creches para mães de baixa renda e fornecimento de medicamentos para o Hospital do Câncer em Recife.

O trabalho da loja Cavaleiros do Oriente é um constante, e após 75 anos de existência de uma loja vibrante, saudável e harmoniosa, esperamos que nossos futuros IIr.: possam celebrar e saudar a loja em seu centenário aniversário.

(*) Ir.: Stephen Allen é Mestre Instalado da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.