quinta-feira, 30 de junho de 2011

Uma Metamorfose do Tudo

Geraldo Pereira (*)

O homem se tornou tão sedentário que precisa dispor de um parque para se exercitar. Ninguém vai mais ao colégio a pé, muito menos ao trabalho. O automóvel carrega toda gente. Às festas do Clube Português fui muitas vezes andando e voltei do mesmo jeito. Nunca imaginei que tempo chegaria no qual teria medo de repetir a façanha. Não sou velho, mas vi o Recife cortado por linhas de bonde, eram 141 km para 130 veículos, além dos 30 reboques que a companhia dispunha. Eu vi os antigos telefones de bocal, nos quais se falava de longe e se tinha o maior cuidado com o sigilo, mas era o terror dos namorados. Terreno fértil para a fofocada local.
Eu vi os primeiros prédios que foram levantados na cidade, impressionando os moradores todos. O Arranha-Céu da pracinha chamou a atenção por anos a fio, até que se construiu na Aurora o edifício Capibaribe, uma novidade para a classe média da época, bonita paisagem e acomodações confortáveis. Morava por lá o Dr. Edgar Altino, médico no Recife e figura respeitadíssima. A Agamenon Magalhães foi feita sobre um mangue, rico em caranguejos, os quais ao primeiro trovão saiam das tocas. O meu avô – Bartolomeu Marques – morava na Montevideu n° 77, em casa alugada, com dois quintais separados por um muro e um portão. Lá atrás havia outra entrada e eu fui várias vezes ao mangue caçar caranguejos.
No tempo o Parque 13 de Maio era o ponto de encontro das gerações. Rapazes e moças caminhavam de mãos dadas nas alamedas do lugar. A Festa da Mocidade se instalava nos últimos meses do ano, trazendo brinquedos de todo tipo e um teatro rebolado. As vedetes de então seriam de extremo pudor no agora dos dias. Eram encenadas revistas de duplo sentido e o rigor da portaria controlava a idade dos frequentadores. Os meninos se contentavam com o olho nas frestas dos camarins, o que fez certa vez um soldado de polícia puxar um desses observadores pela gola. Ouviu do garoto a explicação de que a vez era dele. Saiu detido para a Delegacia de Menores.
Passavam na rua vendedores de todo o tipo. Um capítulo à parte na historia do Recife: os pregões. O mais longo de todos aqueles, o que vendia vassoura, espanador, vasculhador, colher de pau e outras bugigangas assemelhadas. Cantava tudo isso nas ruas da cidade. Mas, havia o mascate, um homem com o seu burrinho puxando uma carrocinha cheia de gavetas, nas quais se tinha tudo que estivesse catalogado dentre as miudezas. E o consertador de panelas, que tocava um triângulo com uma haste de ferro. O amolador também tinha um apito característico que o identificava à distância, anunciando-se com competência para amolar facas e tesouras. Tudo isso hoje está no setor de serviços dos shoppings.
O forte do comércio estava no centro, para onde se ia de ônibus da empresa Pedrosa. A linha com o título de “Cidade” era peculiar, porque sendo circular, ia e voltava, levando e trazendo o passageiro sem demora. Usava-se do mesmo jeito “Cajueiro”, com o terminal bem definido. As compras eram feitas assim, na rua da Imperatriz e na rua Nova. Os cinemas eram de rua, como se usa dizer atualmente, e no São Luis o uso do paletó e da gravata era obrigatório. Não se entrava se não estivesse bem vestido. Jogava-se do primeiro andar as peças para contemplar um amigo!
Tudo mudou e o meu entorno, também, há uma selva de pedra no Rosarinho. É pedra sobre pedra por cá! O Recife sempre alagou, as ruas viravam rios e os rios subiam e transbordavam. Passavam camarões apetitosos na correnteza e a meninada corria, os reunia em quantidade e fritava ao alho e óleo. Claro que desabrigava a gente simples, enchia as escolas e as epidemias grassavam. A mesma coisa com as formigas tanajuras, que voavam até cair de gordura e a molecada não descuidava. A panela preparava o quitute.
Uma metamorfose do tudo caracteriza o mundo.
(*) Geraldo Pereira é da Academia Pernambucana de Letras.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O CANCIONEIRO DO CICLO JUNINO


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O ciclo junino é um dos mais festejados do calendário folclórico pernambucano sendo, também, o de origem mais remota. Os festejos dedicados aos santos de junho são antecedidos pelos chamados noiteiros do mês maio, em honra da Virgem Maria, de origem historicamente recente, vez que as primeiras indulgências datam de 21 de março de 1815, conferidas que foram pelo Papa Pio VII.

Em Pernambuco o mês mariano veio a ser introduzido em 1850, no convento do Carmo do Recife, sob a inspiração do frei João da Assunção Moura e popularizou-se através dos frades capuchinhos do convento da Penha: “no exercício do mês mariano tudo é música, poesia e flores” (Pereira da Costa).

Das igrejas os cânticos e ladainhas em honra da Virgem passaram a ser entoados nos noiteiros das residências, costume ainda hoje mantido na zona rural e em alguns bairros do Recife e Olinda.
TUDO COMEÇA COM  SANTO ANTÔNIO
Terminado o mês de maio, tem início as Trezenas de Santo Antônio, logo no dia 1º de junho, mantendo assim esta secular devoção ao santo lisboeta introduzida em Pernambuco em 1550, quando foi erguida uma capela ao santo que deu origem, em Olinda, ao primeiro convento carmelita do Brasil: Convento de Santo Antônio do Carmo.
É Santo Antônio (Lisboa, 15.VIII.1195 - Pádua, 13.VI.1231) o orago mais popular do Brasil, onde possui 228 freguesias sob a sua invocação, vindo em segundo lugar São José com 71. Nas famílias, Antônio é o nome escolhido e rara é a cidade, vila ou povoado que não tenha uma, ou mais, ruas ou avenidas com o seu nome, igrejas sob sua devoção. Afirma Luís da Câmara Cascudo, no seu Dicionário do Folclore Brasileiro, que “apesar de tanta bajulação e mudanças corográficas, o Brasil possui 70 localidades com o nome de Santo Antônio”.
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Santo Antônio
Em Pernambuco, os franciscanos fundaram o seu primeiro convento em terras brasileiras em 13 de março de 1584, na então Vila de Olinda ficando a custódia sob a proteção de Santo Antônio. No Recife, a tradição do culto ao santo data de 1606, quando foi iniciada a construção do convento franciscano da então ilha de Antônio Vaz, hoje denominada de Santo Antônio, estando o templo localizado na atual Rua do Imperador Pedro II.
Em 19 de novembro de 1709, a antiga povoação do Arrecife dos Navios veio a ser denominada de Vila de Santo Antônio do Recife, apesar do empenho do então governador Sebastião de Castro Caldas em denominá-la de São Sebastião, o que lhe custou uma advertência do Rei de Portugal. Em 1918 foi o santo lisboeta confirmado como padroeiro principal da cidade do Recife pelo Papa Benedito XV, ao conceder o co-padroado a Nossa Senhora do Carmo que ficou sendo “a padroeira menos principal”. Como se não bastasse, é Santo Antônio o padroeiro dos pernambucanos, tendo sua imagem figurado nos estandartes dos exércitos luso-brasileiros quando da Insurreição Pernambucana eclodida em 13 de junho de 1645, dia de sua festa.

Durante treze noites, em residências das mais diversas, os seus devotos estão a cantar em coro:
Milagroso Antônio,
Nosso padroeiro.
Enche de alegria,
Pernambuco inteiro
SÃO JOÃO E SÃO PEDRO
Dentre as festas do ciclo junino, porém, é a de São João a mais festejada em Pernambuco.  É também a festa popular mais antiga do Brasil, já sendo registrada por Frei Vicente do Salvador em sua História do Brasil 1500-1627, assim referindo-se aos naturais da terra:…  “acudiam com muita boa vontade, porque são muito amigos de novidades, como no dia de São João Batista por causa das fogueiras e capelas”.

Trata-se de uma festa de grande misticismo, a partir do próprio nome Batista — o que batiza cheio de graça —, em cuja noite se praticava feitiçarias, como demonstra a denúncia de Madalena de Calvos contra Lianor Martins, a Salteadeira, acusada, dentre outras coisas, de trazer consigo uma semente enfeitiçada colhida na noite de São João, segundo depoimento prestado perante o inquisidor Heitor Furtado de Mendoça, em 22 de novembro de 1593, quando da primeira visitação do Santo Ofício a Pernambuco.
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São Pedro
As festas juninas foram trazidas para o Brasil pelos colonizadores portugueses, eles próprios ainda hoje cultores desta milenar tradição marcada pelas festas de Santo Antônio, em Lisboa e em Lagos; São João, no Porto e em Braga, e São Pedro, em Évora e Cascais. Na Europa as festas juninas coincidem com o início do verão, daí a presença da tradição de costumes pagãos dentro dos festejos, como adivinhações e o culto ao fogo.

No que diz respeito às fogueiras, ensina a tradição cristã divulgada pelos jesuítas, ter sido um compromisso de Santa Isabel, prima da Virgem Maria, de mandar erguer um enorme fogaréu no sentido de anunciar o nascimento de seu filho João Batista: “Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. Veio ele como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por seu intermédio. Ele não era a luz, mas devia dar testemunho da luz”. (João 1,6-8).

No Brasil a festa acontece com o início do inverno, tempo de colheita do milho e do feijão no Nordeste, que sempre está a espera das boas invernadas de modo a afastar o espectro das estiagens e garantir a sua subsistência; como na polca de Zé Dantas e Luíz Gonzaga, Lascando o cano (RCA 80/307B-1954):
Vamo, vamo Joana
Findou-se o inferno
Houve um bom inverno
Há fartura no sertão…,
Ai! …Joana, traz pamonha, milho assado
Vou matá de bucho inchado
Quem num crê no meu Sertão.
Traz a riuna que eu vou lascar o cano
Pela safra desse ano
Em louvor a São João.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Geraldo Vandré quebra o silêncio.


Depois de quatro décadas de isolamento, o cantor e compositor Geraldo Vandré, que se transformou em um dos maiores enigmas da MPB, resolve finalmente quebrar o silêncio. Autor de clássicos como “Disparada” e “Pra Não Dizer que Falei das Flores” – esta, transformada em hino de manifestações contra a ditadura militar - Vandré deu uma entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto no dia em que completava 75 anos de idade. Desde que voltou do exílio, no segundo semestre de 1973, ele não falava para a televisão.
(Fonte: Globo News)

domingo, 26 de junho de 2011

"Não somos o que dizem que somos"


Por que bode?


Dentro da nossa organização, muitos desconhecem o nosso apelido de "BODE". A origem desta denominação data do ano de 1808. Porém, para saber do seu significado, temos necessidade de voltarmos no tempo.

Por volta do ano 3 D.C., vários apóstolos saíram pelo mundo, a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para o lado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao ouvido de um bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o por quê daquele `monólogo', "foi difícil obter resposta. Ninguém dava informações, com isso aumentava ainda mais a curiosidade dos representantes cristãos, em relação àquele fato. Até que Paulo, o Apóstolo, conversando com rabino de uma aldeia, foi informado de que o ritual era usado para a expiação dos erros. Fazia parte da cultura daquele povo, contar a alguém de sua confiança, quando cometia (mesmo que escondido) suas faltas. Acreditando com isso que se outro soubesse, ficaria aliviado junto a sua consciência, pois estaria dividindo o sentimento ou problema.

Mas por que o BODE?, quis saber Paulo. E por que o bode é o seu confidente?

Como o bode não fala, o confesso fica ainda mais seguro de que seu segredo será mantido, respondeu-lhe o rabino.

A Igreja, trinta e seis anos mais tarde, introduziu no seu ritual, o confessionário, juntamente com o voto de silêncio por parte do padre confessor - nesse ponto da história não conta se foi o Apóstolo Paulo que levou a idéia a seus superiores da Igreja. O certo é que ela faz bem à humanidade. Com esse ato, do confessionário, aliado ao voto de silêncio, o povo passou a contar suas faltas. Na atualidade, com a confiança duvidosa, em função de escândalos por parte de alguns padres, diminuíram os confessores e confessionários e aumentou o número de divãs de psicanálise.

Voltemos a 1808, na França de Bonaparte, que após o Golpe de 18 Brumário, se apresentava como o novo líder político daquele país. A Igreja, sempre oportunista, uniu-se a ele e começou a pesquisar todas as instituições que não fossem o Governo e a Igreja. Assim, a Maçonaria, que era um fator pensante, teve seus direitos suspensos e seus Templos fechados: proibida de se reunir. Porém, Irmãos de fibra, na clandestinidade, se reuniram, tentando modificar a situação do país.

Neste período, vários maçons foram presos pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições. Porém ela nunca encontrou um covarde ou delator entre os maçons.

Chegando ao ponto de um dos inquisidores dizer a seguinte frase a seus superiores: "Senhor, este pessoal (maçons) parecem BODES, por mais que eu os flagele, não consigo arrancar-lhes uma palavra".

Assim, a partir daí, todos os maçons tinham, para os inquisidores, essa denominação "BODE"- aquele que não fala, que sabe guardar segredo.

Colaboração Irmão Laerte da Silva "Danilo J. Fernandes"
Oriente de São Paulo

Texto enviado p/Ir.’. Thirso Júnior M.'.M.'.
ARLS Colunas de São Sebastião - 2265 – SP
(Fonte: Blog O Aprendiz)























sábado, 25 de junho de 2011

O VERDADEIRO PATRONO DA MAÇONARIA - SÃO JOÃO DE JERUSALÉM.

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São João - Nosso Padroeiro

O primeiro São João de que ouvimos falar e o qual é sem duvida um dos mais famosos personagens da bíblia é sem duvida São João Batista que batizou Jesus e teve sua cabeça decepada por ser fiel aos seus princípios,  este Santo tem seu dia de comemoração também associado aos mistérios celestes pois se comemora exatamente no dia do equinócio de inverno ou seja o dia mais curto do ano, a maçonaria por sua vez associou este dia como contemplação a esta transição do sol, e reverencia esta transição em suas lojas e faz associações a sua doutrina. Erroneamente alguns historiadores associaram este São João como patrono da maçonaria, talvez por ser o mais famoso e conhecido, mas isso é um erro comum entre os que levianamente estudam a maçonaria.
O outro São João de que se tem noticia e também associado à maçonaria é o São João Evangelista que tem sua data de comemoração associado ao solstício de verão que ocorre em dezembro, nesta data eram eleitos às gestões das lojas e neste solstício a maçonaria também realizava comemorações pela passagem do sol. Porém também erroneamente este São João foi associado como patrono da maçonaria, principalmente por aqueles que não se dão ao trabalho de ler e gostam muito de citar grandes nomes do passado não testando e investigando a verdade, meramente copiando e transcrevendo seus dizeres e se esquecendo que a verdade é mola que nos impulsiona. Porém aí vem à pergunta se nenhum destes dois São João é patrono da maçonaria quem é o patrono? Se não são estes dois importantes santos, a quem nos abrimos nossas lojas e trabalhamos sobre sua proteção?

No ano de  550 da era crista após a vinda de Jesus, nasceu um menino na ilha de Chipre ao sul da Itália, motivado por sua formação cristã e caridosa o mesmo se encaminha para Jerusalém com a intenção de montar lá um hospital que atendesse aos peregrinos que iam a terra santa visitar o Santo Sepulcro.
Nesta ocasião ocorriam as Sagradas Cruzadas lideradas pelos cavaleiros Templários ao qual este se inspirou em seus métodos e sua conduta. Veio a Falecer no ano de 619 na cidade de amatonto na ilha de Chipre, após a sua morte o Papa  em reconhecimento ao seu desprendimento e amor incondicional o canonizou santo com o nome de São João esmoleiro, porém este santo ficou mais conhecido por outro nome, o de São João de Jerusalém.
A História terminaria  aqui se fossemos meros profanos, mas para nós maçons iniciados na Arte Real, livres pensadores e perseguidores da verdade, a história não termina. Pois ainda nos resta a pergunta porque dedicar as lojas a ele? O que ele fez em Jerusalém? Porque voltou a sua pátria?

Ao sair de sua terra natal este levou o quinhão da fortuna de seu pai que lhe era de direito, e ao invés de viver uma vida sossegada ele se deslocou para Jerusalém onde lá construiu com enorme dificuldade um hospital para socorrer os enfermos. Porém a época era das cruzadas e os povos viviam em guerra, baseado nos princípios da cavalaria Templária ele fundou a Ordem dos Cavaleiros Hospitalares que tinha por principal função defender os hospitais e prestar socorro a aqueles que se achavam enfermos, ele mesmo foi amigo irmão e confidente de muitos enfermos e deu a eles mais do que os seus recursos financeiros, deu a cada um deles um pouco de sua saúde e atenção, nunca fez distinções entre feridos de guerra e leprosos, todos que buscavam ajuda neste período de caos encontravam sem duvida uma mão estendida nos cavaleiros Hospitalares e em São João.

A Ordem dos Cavaleiros Hospitalares logo foi transformada na Ordem dos Cavaleiros de Jerusalém que agora não só tomavam conta dos hospitais mas corriam em socorro dos doentes e dos necessitados onde quer que se encontrassem, esta ordem sobreviveu durante anos ganhando o enorme respeito dos Templários da época, o seu fundador foi eleito e sagrado Grão-Mestre dos Cavaleiros de Jerusalém e recebeu as mais altas honrarias Templarias pois estes o reconheciam como um puro e fiel Cavaleiro seguidor dos antigos valores. São João retornaria a sua pátria na Ilha de Chipre por saber que a mesma estava à mercê de invasão dos Turcos e o seu povo necessitava de ajuda, como este já tinha fundado a Ordem dos Cavaleiros de Jerusalém e a mesma já andava com as suas próprias pernas e expandia a sua área de atuação por toda a Europa trabalhando incansavelmente no socorro aos feridos e doentes e proteção aos Hospitais bem como muitas vezes na construção dos mesmos.

São João que chegava a sua pátria e tinha por sua vez que socorrer os seus familiares e compatriotas, para isso ele contou com sua experiência em Jerusalém e fundou a Ordem dos Cavaleiros de Malta que tinha a dupla função de proteger os hospitais, ajudar os enfermos e feridos e a de lutar pela manutenção da paz e preservação da independência de sua pátria, a ordem prosperou na parte da Hospitalaria mas a sua forca armada não foi suficiente para deter a invasão Turca que dominou e destruí grande parte da Ilha, gostaríamos de dizer que tudo foi fácil e belo mas esta não é a verdade, muito sangue foi derramado para que os Cavaleiros pudessem prosseguir em sua jornada e mantivessem a chama acesa no intuito de ajudar os feridos e vitimas de doenças.

Os cavaleiros de Malta foram conhecidos por seus atos como grandes defensores dos oprimidos e daqueles que precisavam de ajuda, assim como já eram os cavaleiros de Jerusalém. Após a morte de São João e sua posterior  canonização a Ordem de Cavalaria Templária associaria fortemente São João de Jerusalém como seu patrono e ao se colocarem ao campo para as batalhas, sempre se colocavam sobre a proteção do mesmo.

A Maçonaria copiou grande parte de seus ensinamentos e do modo de agir dos templários, e também associou São João como seu padroeiro pois os ideais deste nobre homem que foi elevado a condição de Santo combinavam com a doutrina maçônica de amor incondicional ao próximo e sua elevada determinação em lutar pela liberdade. A Partir deste momento em que a maçonaria se colocava a campo para lutar pela liberdade da humanidade, associou assim esta grande figura que a partir deste momento seria conhecido por todos os maçons como: São João de Jerusalém nosso Patrono.

Por isso todas as lojas são abertas e dedicadas a sua homenagem, e até hoje nós somos lojas de São João, o amor dele nos contagia e em sua homenagem é que trabalhamos para socorrer os necessitados como ele o fez e levar a luz do conhecimento e da verdade a toda a Humanidade.

Comemora-se no dia 23 de janeiro o dia de são João Smoler, para nós São João de Jerusalém, Patrono da Maçonaria
(Fonte: Flávio Dellazzana, M.'. M.'.A.'.R.'.L.'.S.'. PEDRA CINTILANTE, 60
G.'.O.'.S.'.C.'./C.'.O.'.M.'.A.'.B.'., BRASIL)





sexta-feira, 24 de junho de 2011

Neste São João, nossa homenagem a Jackson do Pandeiro.

Um gênio da música brasileira, porém os críticos da mídia só lhe deram reconhecimento muitos anos após a sua morte. Artista verdadeiro e original. Fazia percussão com a própria voz. Paraibano cabra-da-peste!

Nasceu em Alagoa Grande, Paraíba, em 31 de agosto de 1919, com o nome de José Gomes Filho. Filho de uma cantadora de coco, Flora Mourão, que deu a ele o seu primeiro instrumento: o pandeiro.
Seu nome artístico nasceu de um apelido que ele mesmo se dava: Jack, inspirado em um mocinho de filmes de faroeste, Jack Perry. A transformação para Jackson foi uma sugestão de um diretor de programa de rádio. Dizia que ficaria mais sonoro e causaria mais efeito quando fosse ser anunciado.
Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, foi que Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: "Forró em Limoeiro", rojão composto por Edgar Ferreira.
Foi na rádio pernambucana que ele conheceu Almira Castilho de Alburquerque, com quem se casou em 1956 vivendo com ela até 1967. Depois doze anos de convivência, Jackson e Almira se separaram e ele casou com a baiana Neuza Flores dos Anjos, de quem também se separou pouco antes de falecer.
No Rio, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson alcançou grande sucesso com "O Canto da Ema", "Chiclete com Banana", "Um a Um" e "Xote de Copacabana". Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval.
O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele.
Já com sessenta e três anos, sofrendo de diabetes, ao fazer um show em Santa Cruz de Capibaribe, sentiu-se mal, mas não quis deixar o palco. Já estava enfartado mas continuou cantando, tendo feito ainda mais dois shows nessas condições, apesar do companheiro Severo, que o acompanhou durante anos na sanfona, ter insistido com ele para cancelar os compromissos: ele não permitiu. Indo depois cumprir outros compromissos em Brasília passou mal, tendo desmaiado no aeroporto e sendo transferido para o hospital. Dias depois, faleceu de embolia cerebral, em 10 de julho de 1982.(Fonte: Tatiana Rocha).






quinta-feira, 23 de junho de 2011

Na Copa do Mundo de 1970, Wilson Simonal acompanha de perto a seleção brasileira no México.


Um dos cantores mais populares do Brasil na época, Simonal era amigo de Pelé, Jairzinho e Carlos Alberto Torres e alegrava a equipe tricampeã mundial na concentração.

terça-feira, 21 de junho de 2011

Vida nos oceanos pode enfrentar extinção sem precedentes, diz estudo.

da Redação do UOL


Um novo estudo indica que os ecossistemas marinhos enfrentam perigos ainda maiores do que os estimados até agora pelos cientistas e que correm o risco de entrar em uma fase de extinção de espécies sem precedentes na história da humanidade. O levantamento foi feito realizado por especialistas que integram o Programa Internacional sobre o Estado dos Oceanos (IPSO, na sigla em inglês), uma entidade formada por cientistas e outros especialistas no assunto.Eles concluíram que fatores como a pesca excessiva, a poluição e as mudanças climáticas estão agindo em conjunto de uma forma que não havia sido antecipada.A pesquisa reuniu especialistas de diferentes disciplinas, incluindo ambientalistas com especialização em recifes de corais, toxicologistas e cientistas especializados em pesca.''As conclusões são chocantes. Estamos vendo mudanças que estão acontecendo mais rápido do que estávamos esperando e de formas que não esperávamos que fossem acontecer por centenas de anos'', disse Alex Rogers, diretor científico do IPSO e professor da Universidade de Oxford.
Plástico
Entre as mudanças que estão ocorrendo antes do esperado estão o derretimento da camada de gelo no Ártico, na Groenlândia e na Antártida, o aumento do nível dos oceanos e liberação de metano no leito do mar.O estudo observou também que existem efeitos em cadeia provocados pela ação de diferentes poluentes.A pesquisa observou, por exemplo, que alguns poluentes permanecem nos oceanos por estarem presos a pequenas partículas de plástico que foram parar no leito do oceano.Com isso, há um aumento também do poluentes que são consumidos por peixes que vivem no fundo do mar.Partículas de plástico são responsáveis também por transportar algas de parte a parte, contribuindo para a proliferação de algas tóxicas, o que também é provocado pelo influxo para os oceanos de nutrientes e poluentes provenientes de áreas agrícolas.O estudo descreveu ainda como a acidificação do oceano, o aquecimento global e a poluição estando agindo de forma conjunta para aumentar as ameaças aos recifes de corais, tanto que 75% dos corais mundiais correm o risco de sofrer um severo declínio.
Ciclos
A vida na Terra já enfrentou cinco ''ciclos de extinção em massa'' causados por eventos como o impacto de asteróides e muitos cientistas que o impacto de diferentes ações exercidas pelo homem poderá contribuir para um sexto ciclo.''Ainda contamos com boa parte da biodiversidade mundial, mas o ritmo atual da extinção é muito mais alto (do que no passado) e o que estamos enfrentando é, certamente, um evento de extinção global significativa'', afirma o professor Alex Rogers.O relatório observa ainda que eventos anteriores de extinção em massa tiveram ligação com tendências que estão ocorrendo atualmente, como distúrbios no ciclo de carbono, acidificação e baixa concentração de oxigênio na água.Os níveis de CO2 que estão sendo absorvidos pelos oceanos já são bem mais altos que aqueles registrados durante a grande extinção de espécies marinhas que ocorreu há 55 milhões de anos, afirma a pesquisa.Entre as medidas que o estudo aconselha sejam tomadas imediatamente estão o fim da pesca predatória, especialmente em alto mar, onde, atualmente há pouca regulamentação; mapear e depois reduzir a quantidade de poluentes, como plásticos, fertilizantes agrícolas e detritos humanos; e reduzir de forma acentuada os gases do efeito estufa.As conclusões do relatório serão apresentadas na sede da ONU, em Nova York, nesta semana, durante um encontro de representantes governamentais sobre reformas na maneira de gerenciar os oceanos.

sábado, 18 de junho de 2011

A Cunhada.

http://blog.msmacom.com.br/wp-content/uploads/2011/05/fraquezas-do-ser-humano.jpg

O termo cunhado(a)  vem do latim cognatu, que significa nascido do mesmo sangue. O termo latim cognatu foi aportuguesado para cognato, que é o parente consangüíneo pelo lado das mulheres. Em termos gramaticais, diz-se das palavras que provêm de uma raiz comum.
Como disse o Freedom Mind, pleno de razão como sempre, o termo “irmão” na Maçonaria tem um significado diferente do uso religioso. Na Maçonaria o termo “irmão” se enquadra mais como irmão adotivo. Aquele que foi aceito por uma familia, mas não nasceu nela.
Todos nós maçons somos irmãos adotivos de uma gigantesca familia maçônica.
A esposa de um irmão adotivo é nossa cunhada e seus filhos nossos sobrinhos.
Esta gigantesca familia, por força de suas próprias e inquestionáveis leis, não pode adotar pessoas do sexo feminino, logo, não temos irmãs.
(Fonte: Ivair Ximenes - MS Maçom Blog)

quarta-feira, 15 de junho de 2011

Quando ser considerado maçom‏.


Quando puder olhar além dos rios, das montanhas e do horizonte distante com profundo senso de sua própria pequenez, no vasto complexo das coisas, e ainda ter fé, esperança e coragem.
Quando souber que, no fundo de seu coração, cada homem é tão nobre quanto vil; tão divino quanto diabólico e tão solitário quanto ele mesmo e procurar conhecer, perdoar e amar seus semelhantes.
Quando souber como simpatizar-se com os homens em suas tristezas e até mesmo nos seus pecados, sabendo que cada homem enfrenta uma luta difícil contra múltiplos obstáculos. Quando tiver aprendido a fazer amigos e a conservá-los e, sobretudo, conservar os amigos consigo próprio.
Quando amar as flores, puder ir atrás dos pássaros sem uma espingarda e sentir o encanto de uma velha alegria esquecida, ao ouvir o riso de uma criancinha. Quando puder ser feliz e generoso em meio às vicissitudes significativas da vida. Quando as árvores de copa estrelada e o brilho da luz do sol nas águas correntes conquistarem-no como a lembrança de alguém muito amado e há muito desaparecido.
Quando nenhuma voz de angústia atingir seus ouvidos em vão e mão nenhuma procurar sua ajuda sem resposta. Quando encontrar o bem em cada fé que ajude a qualquer homem reter as coisas mais elevadas e ver os significados majestosos da vida – qualquer possa ser o nome dessa fé.
Quando puder olhar para um charco de beira de estrada e ver algo além da lama e na face do mais abjeto mortal e ver algo além do pecado.
Quando souber como orar, como amar e como manter a esperança. Quando tiver mantido a fé em si mesmo, no seu semelhante, no seu Deus: na sua mão uma espada contra o mal, no seu coração o toque de uma canção – feliz por viver, mas sem medo de morrer!
Em tal homem, seja ele rico ou pobre, erudito ou iletrado, famoso ou obscuro, a Maçonaria cumpriu seu doce ministério! Tal homem descobriu o único segredo real da Maçonaria e o único que ela está tentando doar a todo o mundo.
(Trecho retirado do livro ‘ ‘ Um Tesouro de Pensamento Maçônico’’, de Joseph Fort Newton.)
Colaboração enviada pelo Irmão Nilton César

domingo, 12 de junho de 2011

Conheça a história de Zabé da Loca. É possível viver dentro de uma loca com a família?


Zabé da Loca é uma brasileira que marcou as inúmeras histórias da Caatinga. Durante anos, ela morou em caverna de pedra. Hoje, tocando o pífano, a flauta típica do Nordeste, é considerada a rainha do pífano.
Na aridez do cenário, surgem personagens que só o sertão parece fazer brotar. É assim na região do Cariri Paraibano, no município de Monteiro. Na zona rural, há uma moradora ilustre conhecida como Zabé da Loca.A idade não tirou seu senso de humor da dona Zabé. Ela tem 86 anos e passa boa parte dos dias na varanda de casa azul, observando o movimento, que não é muito, e lembrando a sua história, que não é pouca. “Eu já trabalhei muito. Trabalhei tanto que fiquei velha no tempo. Pai gritava. Nós éramos quatro. Era um em casa mais a mãe e os outros no roçado mais ele. Me criei trabalhando, minha filha”, contou Isabel Marques da Silva.Zabé é nascida em Buíque, Pernambuco. Ainda adolescente foi para o município de Monteiro, na Paraíba, e há sete anos vive no assentamento Santa Catarina, em uma casa que ganhou do Incra no processo de reforma agrária. “Eu gosto da minha serra. Eu não vou porque a subida pra mim é ruim demais”.Ela prefere mostrar o lugar da antiga casa sem sair da atual e aponta para um grupo de pedras. Uma delas costumava ser sua morada. É daí que vem o apelido “Zabé da Loca”. Loca quer dizer gruta, caverna. “Eu morei 25 anos debaixo dela. Era eu e os filhos. Tinha um marido, mas o marido morreu. Daí ficou eu e os dois filhos. Fui feliz, graças a Deus”.A dona Zabé tem bronquite crônica. A audição também é bem prejudicada. “Eu fumo, mas é pouquinho”, disse. Fôlego e ouvido são essenciais para o pífano, a arte que deu fama a ela. Zabé é conhecida como a rainha do pífano. Ela aprendeu a tocar o instrumento com o irmão aos 10 anos. “To com vontade de parar com isso porque isso acaba com o fôlego, acaba com os pulmões. O cigarro eu fumo só um pouquinho”, acredita. Além do pífano, a vida passada na antiga loca define a figura de Zabé.
(Fonte: Globo Rural)

Dia dos namorados!

Dia dos Namorados

Tenho uma desconfiança de que só no Brasil o Dia dos Namorados é comemorado no 12 de junho, como hoje. Parece que em Portugal, até algum tempo atrás, era este também o Dia dos Namorados. Mas, de uns tempos para cá, a comemoração passou a ser no dia 14 de fevereiro, como prega o cinema americano.
Se é para festejar um dia dos namorados, 14 de fevereiro talvez seja mais adequado. Era nesse dia que, no antigo Império Romano, realizava-se o Festival do Amor de Afrodite. É esse também o Dia de São Valentim, um santo que tem tudo a ver com a celebração do amor. Com o objetivo de criar um exército poderoso, o imperador Claudio II proibiu a realização de casamentos. Ele acreditava que, sem famílias, os jovens se alistariam com mais facilidade. Contrariando a lei, São Valentim, que na época não era santo, era só um bispo, realizava casamentos em segredo. Por acreditar no amor, Valentim foi preso e condenado à morte. Foi decapitado num 14 de fevereiro. É mais do que justo que tal data seja festejada pelos que acreditam no amor.
E o 12 de junho? Sinceramente, a única explicação que encontro é que é véspera do dia de Santo Antônio, nosso santo casamenteiro. Mas por que se comemorar o Dia dos Namorados na véspera?
O certo é que, 14 de fevereiro ou 12 de junho, esta talvez seja a data mais perversa no calendário que anima o comércio. Para quem não está namorando, não há dia mais triste que o Dia dos Namorados. É por isso que sugiro aos solitários de hoje que busquem outros motivos para festejar neste domingo.
Por exemplo, hoje, na França, é o Dia do Beagle. Isso mesmo, aquele cachorro bonitinho sujo exemplar mais famosos é o Snoopy. Se você tem um beagle, passe o dia com ele, substitua sua ração por comida caseira, deixe ele ficar sem tomar banho... Se não tem, será que não é uma boa desculpa para comprar um?
Hoje é também o Dia da Rússia. Afinal, foi num 12 de junho que o país se declarou independente da União Soviética. Proponho que os não namorados sigam alguns costumes russos. Por exemplo, no almoço ou no jantar de hoje, a mulher não deve se sentar à cabeceira da mesa. Se o fizer, corre o risco de nunca se casar. É só uma superstição local, mas, já que a ideia é não sofrer porque se está sozinha no Dia dos Namorados, não custa nada respeitá-la. Quem sabe, no ano que vem, a situação já seja outra?
São Valentim não tem a exclusividade do dia 12 de junho. Este é o dia também de Santo Onofre. Para quem não está ligando o nome ao santo, Santo Onofre foi um eremita que viveu mais de 60 anos no deserto, cobrindo-se apenas com o cabelo e um calção feito de folhas. Isso foi no século IV. É a ele que se deve recorrer quando se quiser curar uma ressaca.
(Fonte: Blog do Xéxeu)

quinta-feira, 9 de junho de 2011

Os 80 anos de João Gilberto.



Nesta sexta-feira (10), o “pai da bossa nova” chega aos oitenta anos. Ele continua reverenciado pelo seu talento e pela sua contribuição à música popular brasileira. Conheça algumas histórias do músico que criou “a batida diferente”
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira. É no nome do artista baiano que a Bossa Nova está registrada. Nascido em Juazeiro (BA), em 10 de junho de 1931, João entrou para a história da música mundial ao, em 1958, colocar em seu violão uma batida totalmente diferente do que já se havia ouvido antes.
Sua participação como violinista no disco Chega de Saudade, no qual Elizeth Cardoso interpretava canções da dupla Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e a gravação de um compacto onde canta "Chega de saudade" e "Bim bom" mexeu com a cabeça de uma geração de artistas e ouvintes. Chegou a Nova York, encantou Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e Stan Getz e tantos outros.
João ajudou a eternizar clássicos como "Garota de Ipanema", "Wave", "Samba de uma nota só", "Outra vez". O editor Luís Antônio Giron destacou e explicou as influências do músico. 
Conhecido por ter seu temperamento arredio, João não gosta de dar entrevistas, faz poucas aparições públicas, briga com gravadoras, reclama sempre da qualidade do som em seus shows. Ganhou inúmeros adjetivos ao longo dos anos: chato, exigente, metódico, difícil, implicante. Porém, apenas um prevaleceu: talentoso.
Para marcar os 80 anos de um dos artistas mais marcantes da música popular brasileira, selecionamos dez histórias que ajudam a explicar a carreira e o jeito de ser de João Gilberto.

A primeira vez da “batida”
João Gilberto participou como violinista do emblemático disco Canção do amor demais, de Elizeth Cardoso, considerado o marco da Bossa Nova. Ele colocou sua batida nas faixas "Chega de saudade" e "Outra vez". Porém, não como queria. Seu registro definitivo para "Chega de saudade" foi lançado meses depois, em um compacto de 78 rotações.
Um disco só para João?
Apesar do sucesso do disco Canção do amor demais, de Elizeth Cardoso, João não impressionou a gravadora Odeon, que estava relutante em gravar um compacto do cantor. Nos anos 50, os cantores que faziam sucesso eram os que tinham a voz potente, como Cauby Peixoto e Anysio Silva. Tom Jobim deu uma força. Dorival Caymmi também recomendou João. E, no dia 10 de julho, um compacto com as músicas "Chega da saudade" e "Bim bom" foi gravado.
O perfeccionismo
O terceiro disco de João Gilberto começou a ser gravado em março de 1961. De acordo com o que conta o escritor Ruy Castro, no livro Chega de saudade, insatisfeito com o que estava acontecendo no estúdio (o primeiro arranjador era o pianista Walter Wanderley, que tentava entender o que João queria), o disco ficou paralisado por cinco meses. Retomado em agosto, agora com arranjos de Tom Jobim, o disco foi finalizado pouco mais de um mês depois e trouxe músicas como "Samba da minha terra", "O barquinho", "Bolinha de papel" e "Este seu olhar".
João, Tom e Vinicius juntos
Apesar de serem muito próximos no período da Bossa Nova, João, Tom Jobim e Vinicius de Moraes só estiveram juntos em um palco durante uma pequena temporada na boate Au Bom Gourmet, em 1962. O show quase levou os produtores à loucura. Sempre um dos três não chegava no horário, geralmente João. Foi nesse espetáculo que a canção "Garota de Ipanema" foi cantada pela primeira vez.
O reencontro com Tom
Depois de 30 anos sem se apresentarem juntos, Tom Jobim e João Gilberto voltaram a se encontrar para um show no Rio de Janeiro, em 1992. O reencontro aconteceu no palco do Teatro Municipal carioca em uma noite bastante concorrida. De acordo com ao que publicou o jornalista Plínio Fraga, em uma reportagem no jornal Folha de S. Paulo, de 2008, Tom e João não se falavam pelo menos há seis anos. Segundo ao repórter, ao chegar para o primeiro ensaio, tudo o que João Gilberto disse foi: “Oi, Tom”.
Nem um adeus Depois de duas horas de apresentação, ainda segundo Plínio Fraga, o público, encantado com o reencontro de Tom e João, pedia insistentemente a volta dos artistas ao palco. Tom chama João, que, já se preparando para ir embora, atende ao pedido do maestro. Após cantar mais um número, volta para o camarim, pega a caixa do seu violão e entra no carro que o aguardava já com o motor ligado. Nem de Tom ele se despediu.
A briga com um ídolo
No início de carreira, João Gilberto era fã do cantor Tito Madi (autor da canção Chove lá fora), que cantava suave. A admiração acabou quando, nos bastidores de uma entrega de prêmios, em São Paulo, por causa de um pedido de silêncio não atendido, João quebrou um violão na cabeça de seu grande ídolo. Tito levou dez pontos e deu queixa contra o músico baiano.
A preferência pelas cantoras
João nunca teve uma fama de conquistador, mas arrebatou o coração de algumas cantoras da música brasileira. Namorou com Sylvinha Telles (1934-1966). Casou-se com Astrud Gilberto (com quem teve um filho, João Marcelo), Nana Caymmi e Miúcha, com quem teve Bebel Gilberto, cantora e compositora. Em 2006, aos 75 anos, João descobriu ser pai de uma menina de dois anos, fruto de um relacionamento com a jornalista Cláudia Faissol.
O silêncio
Em 2000, João Gilberto voltou aos estúdios para gravar um disco produzido por Caetano Veloso. Além das regravações de "Chega de saudade" e "Desafinado", João registrou canções que cantava há tempos em seus shows, como "Da cor do pecado", "Segredo" e "Não vou para casa". O baiano também cantou uma parceria de Caetano e Gilberto Gil, "Desde que o samba é samba". A capa do CD causou polêmica ao trazer a atriz Camila Pitanga fazendo um gesto de “silêncio”, reivindicação constante de João em seus shows.
Os amigos de João
No badalado e concorrido show que fez em 2008, para comemorar os 50 anos da Bossa Nova, João elaborou uma lista de “pessoas queridas” que ele gostaria que estivessem na apresentação realizaria em São Paulo. Entre os nomes, estava o de Elza Laranjeira, a quem João se referiu como “grande cantora”. Porém, o que João parecia não saber é que Elza havia morrido em 1986, mas de vinte anos antes de seu delicado convite.

terça-feira, 7 de junho de 2011

AS SETE LÁGRIMAS DE UM VELHO MAÇOM.

- AS SETE LÁGRIMAS DE UM VELHO MAÇOM -
Colaboração Ir.'. Roberto Barconi - M.'. I.'. - Cavaleiros do Oriente nº 4 - Extraído do O CONTINENTINO



"Num cantinho de um Templo, sentado num banquinho, fitando o Delta Luminoso, um triste Velho Maçom chorava. De seus olhos molhados estranhas lágrimas desciam-lhe pelas faces e, não sei porque, contei-as... foram sete. Na incontida vontade de saber. Aproximei-me e o interroguei:
- Fala, meu Velho Mestre! Diz ao teu Aprendiz por que externais assim tão visível dor?
E ele, suavemente me respondeu:
- Está vendo estes Irmãos que entram e saem? As lágrimas contadas estão distribuídas a alguns deles.
- A Primeira, eu dei a estes indiferentes que aqui vem em busca de distração, para saírem ironizando aquilo que suas mentes ofuscadas não podem conceber...
- A Segunda, a esses eternos duvidosos que acreditam, desacreditando, na expectativa de um milagre que os façam alcançar aquilo que seus próprios merecimentos negam...
- A Terceira, distribuí aos maus, àqueles que somente procuram a Loja para promover a discórdia entre os Irmãos...
- A Quarta, aos frios e calculistas que sabem que existe uma Força Espiritual, procuram beneficiar-se dela de qualquer forma e não conhecem a palavra Amor...
- A Quinta, aos que chegam com suavidade, tem o riso e o elogio da flor nos lábios, mas se olharem bem o seu semblante, verão escrito: Creio no G.'.A.'.D.'.U.'.., na Ordem e nos meus Irmãos, mas somente se eu puder me servir...
- A Sexta, doei aos fúteis que vão de Loja em Loja buscando aconchegos e conchavos e seus olhos revelam um interesse diferente...
- A Sétima, meu amado Irmão, notas como foi grande e deslizou pesada! Foi a última lágrima, aquela que vive nos olhos do Verdadeiro Maçom. Fiz doação desta aos Irmãos vaidosos, que só aparecem na Loja em Dia de Festas e faltam às reuniões; esquecem que existem Irmãos precisando de Caridade e tantos seres humanos necessitando de amparo material e espiritual...
Assim, caro Irmão, foi para todos estes que vistes cair uma a uma."
(Créditos: Cavaleiros do Templo XXVI)

O Segredo de Beethoven.

Beethoven de 1992 da América película , dirigida por Brian de Levante e protagonizada por Charles Grodin e Bonnie Hunt.O filme é o primeiro de uma série de películas de Beethoven.

Este é um drama de época, a biografia sobre o compositor. Anna Holtz, 23 anos, é uma aspirante a compositora com meios limitados para tentar encontrar inspiração e prosperar na capital da música mundial, em Viena. Anna, que estudou no Conservatório, ele conseguiu uma chance de trabalhar ao lado do artista vivo melhor e mais volúvel: Ludwig van Beethoven. Quando, inesperadamente, o cético Beethoven começa a testá-la e Anna demonstra seu talento especial e valor à música. O professor decide aceitá-la como um copista, que começa uma relação única que irá mudar a vida de ambos. Nesta fase, o maestro já está surdo.

segunda-feira, 6 de junho de 2011

Expedição Terra Nova.


Fotografias belíssimas que me fizeram invadir o tempo, remontar o quebra cabeça
destas expediçoes espetaculares e ficar extasiado com as paisagens.

Em 1911, o fotógrafo britânico Herbert G. Ponting (1870-1935) passou 14 meses na Antártida e produziu um vasto material – ainda hoje, um dos mais ricos sobre a região.
Ponting foi convidado pelo capitão Robert Falcon Scott (1868-1912) para fazer parte da British Antartic Expedition (1910-1913), conhecida como Terra Nova (nome do navio de suprimentos). A expedição tinha objetivos científicos e disputava com a do explorador norueguês Roald Amundsen (1872-1928) um lugar nos livros de história, como a primeira a chegar no Pólo Sul. Amundsen chegou um mês antes da Terra Nova e Falcon Scott morreu na viagem de volta.
Durante a expedição, Ponting produziu em torno de 1.700 fotografias. Além de fotografar paisagens, a vida animal, o dia a dia da tripulação e pesquisadores, Ponting fez dezenas de retratos com um apuro técnico e estético dos grandes retratistas do século XX. Todo esse acervo está depositado no Scott Polar Research Institute, da Inglaterra.
O PROCESSO – No começo do século XX, as técnicas fotográficas avançavam rapidamente e novos processos químicos surgiam. Para registrar a expedição à Antártida, contudo, Ponting escolheu uma técnica ainda da primeira metade do século XIX: o negativo de vidro. Vários motivos fizeram Ponting escolhê-lo para a expedição: familiaridade com o equipamento, preferência estética e técnica – já que os negativos de vidro resultavam em boas cópias fotográficas – ou até mesmo questões comerciais. Estes negativos já eram industrializados e vendidos prontos para o uso a partir de 1878. No Brasil, as placas de vidro foram utilizadas até a década de 1950.

sábado, 4 de junho de 2011

A ASSIDUIDADE MAÇÔNICA.




A ASSIDUIDADE MAÇÔNICA

Logo após a entrada no Templo da Iniciação, os recepiendários são questionados a respeito do cumprimento das obrigações que a Ordem impõe a todos que conseguem ingressar em suas fileiras, pois quem resolve seguir uma carreira, deve medir as possibilidades de concretizar o seu intento.
A Maçonaria tem obrigações que devem ser cumpridas com rigor. Entre algumas, destaca-se a assiduidade aos trabalhos da Loja.
O iniciando, ao declarar que aceita o conjunto de obrigações que lhe saio citadas, concorda em comparecer ao maior número de reuniões em sua Loja.
A assiduidade sempre foi considerada por todos os corpos maçônicos como um meio de cooperação que o Irmão desenvolve no grupo social a que pertence, pois vem, realmente, reforçar o ambiente de solidariedade existente no ambientes das Lojas.
De todos os ensinamentos aos componentes de uma Loja, o da assiduidade é o menos penoso. Sim, é o menos pesado, pois é o que mais se ajusta aos próprios interesses dos elementos, que desejam progressos pessoais nos conhecimentos que a Ordem possa proporcionar.
O perfeito maçom comparece assiduidamente aos trabalhos de sua loja, sempre com a disposição de colaborar moral ou intelectualmente, nas resoluções do quadro, quer seja pelo voto, pela palavra ou pela atuação.
A assiduidade do Obreiro trará à Loja, muitas vantagens, pois os assuntos tratados não apresentarão, para ele, nenhuma solução de continuidade; conserva-se sempre em dia com os assuntos e expedientes da Secretaria.
De fato, a assiduidade é uma obrigação que deve ser cumprida com regularidade, pois ela é um hábito, pelo qual se estreita a mais refinada amizade que deve reinar entre todos os maçons.
Nela, fundamenta-se o fortalecimento da Instituição, porque faz parte do verdadeiro espírito maçom.
As Constituições e Regulamentos de todas as Potencias, são unânimes em chamar a atenção dos Obreiros, de todos os Graus, para a observância da assiduidade, chegando a classificar este exercício como dever infalível de todos os legítimos maçons.

Artigo de autoria do Ir.'. Hélio de Oliveira
(Fonte: Blog O Aprendiz)





sexta-feira, 3 de junho de 2011

Hora do Recreio: Thais Gulin - Choro Bandido



Ela é paranaense e canta bem. Dizem que namora com Chico Buarque, mas não gosta de falar no assunto.Seu CD Pelas Tabelas mostra que ela tem bom gosto na escolha dos parceiros - Chico, Tom Zé, Moreno Veloso e Kassin estão no disco.

quinta-feira, 2 de junho de 2011

Filhos são para o mundo.

Filhos. Foto: História e Cultura
Devemos criar os filhos para o mundo. Torná-los autônomos, libertos, até de nossas ordens. A partir de certa idade, só valem conselhos.
Especialistas ensinaram-nos a acreditar que só esta postura torna adulto aquele bebê que um dia levamos na barriga. E a maioria de nós pais acredita e tenta fazer isso. O que não nos impede de sofrer quando fazem
escolhas diferentes daquelas que gostaríamos ou quando eles próprios sofrem pelas escolhas que recomendamos.
Então, filho é um ser que nos emprestaram para um curso intensivo de como amar alguém além de nós mesmos, de como mudar nossos piores defeitos para darmos os melhores exemplos e de aprendermos a ter
coragem. Isto mesmo! Ser pai ou mãe é o maior ato de coragem que alguém pode ter, porque é se expor a todo tipo de dor, principalmente da incerteza de estar agindo corretamente e do medo de perder algo tão amado.
Perder? Como? Não é nosso, recordam-se? Foi apenas um empréstimo! Então, de quem são nossos filhos? Eu acredito que são de Deus, mas com respeito aos ateus digamos que são deles próprios, donos de suas vidas, porém, um tempo precisaram ser dependentes dos pais para crescerem, biológica,
sociológica, psicológica e emocionalmente.
E o meu sentimento, a minha dedicação, o meu investimento? Não deveriam retornar em sorrisos, orgulho, netos e amparo na velhice? Pensar assim é entender os filhos como nossos e eles, não se esqueçam, são do mundo!
Volto para casa ao fim do plantão, início de férias, mais tempo para os fllhos, olho meus pequenos pimpolhos e penso como seria bom se não fossem apenas empréstimo! Mas é. Eles são do mundo. O problema é que meu coração já é deles.
Santo anjo do Senhor...
É a mais concreta realidade. Só resta a nós, mães e pais, rezar e aproveitar todos os momentos possíveis ao lado das nossas 'crias', que mesmo sendo 'emprestadas' são a maior parte de nós !!!

"A vida é breve, mas cabe nela muito mais do que somos capazes de viver "

José Saramago
(Blog de João Sávio)

quarta-feira, 1 de junho de 2011

O Conhecimento Maçônico.

Conhecimento Maçônico, é  como queremos?
A edificação do conhecimento maçônico é construído e adquirido numa simplicidade enorme, mas, funda-se em uma organização mínima de ideias, as quais levam a compreensão daquilo que se requer no momento.
Construído ele, (o conhecimento) pela busca daquele que deseja ou adquirido, quando mesmo inconsciente o sujeito, lhe é transmitido informações ás quais são boas, belas e verdadeiras. Acumula o conhecimento no ser.
Diria que assim caminha o conhecimento maçônico, de momentos em momentos, de degrau em degrau e de lances em lances. A virtude é um pré-requisito, para aquele que deseja alcançar algo mais.
Sempre é bom relembrar que a construção ou a reconstrução interior do ser humano é o ideal da Maçonaria. Sustentada nessa visão o ensinamento maçônico é todo voltado para uma conduta e procedimentos corretos de seus membros. Com vistas a que sejam bons pais, bons chefes de família, profissionais exemplares e bons cidadãos.
Quando isso se der pela reconstrução, ou seja, pelo aprimoramento obtido pela iniciação, a vitória poderá ser maior ainda, porque no coração do maçom estará a paz pelo reencontro com Deus seja deísta ou teísta a sua acepção.
Mesmo que algum homem perca a sua chance na primeira tentativa para construir uma vida feliz, outras lhe são concedidas para reconstruir o seu caminho natural e o seu templo interior. Quando ingressa na Ordem estas portas lhe são abertas com premência.
Para este fim a Maçonaria coloca à disposição do iniciado toda a sua cultura acumulada por séculos de aperfeiçoamento filosófico. Pares, alguns eruditos e profundos conhecedores da Arte Real. É Só aproveitar e degustar do conhecimento!
Esperando ter colaborado com a reflexão, em dias em que a própria cultura dita “em geral” esta largada às traças, portanto, é de não se descuidar para que a dita “maçônica” não suba no mesmo barco.
Que o Grande Arquiteto do Universo dirija constantemente nossos passos, e nos conduza ao conhecimento salutar, para que a vida como um todo seja melhor, para que a felicidade da humanidade seja uma verdade!
Ivair Ximenes Lopes
Junho 2011
Indico para leitura:  Teoria do Conhecimento Maçônico    de Autoria de Charles Evaldo Boller
(Fonte: MS Maçom blog)

Galeria de Fotos

Os Cavaleiros Templários - A Origem da Maçonaria

A Maçonaria

MAÇONARIA - TEMPLO DE SALOMÃO

Como tornar-se Maçom

Dan Brown fala sobre a maçonaria

Maçonaria: Ser Maçom

Video que mostra alguns dos grandes Maçons.

O Maçom Luiz Gonzaga - O Gonzagão

Breve história da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.

Stephen John Richard Allen (*)

Meus Ir.:,

A história é parte integral da vida. Sem a presença do passado não teria o presente, e sem o presente, nunca estaremos presentes no futuro.

A “Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cavaleiros do Oriente” foi fundada em 24 de outubro de 1932. A loja era a primeira fundada sob a potência da Grande Loja de Pernambuco (apesar seu número ‘04’), sendo fundada apenas 18 dias após da fundação da Grande Loja.
Foram os seguintes IIr.: que elaborarem o estatuto da loja, registrado no dia 06 de junho de 1933, no 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Rua Diário de Pernambuco:

Venerável Mestre, Ir.: Zeferino Agra de Lima;
1º Vigilante, Ir.: Samuel Ponce de Leon (que em 1947 foi Venerável Mestre);
2º Vigilante, Ir.: João Capistrano Bezerra;
Orador, Ir.: Abdenago Rodrigues de Araújo;
Secetário, Ir.: Luiz Aurélio de Oliveira;
Tesoureiro, Ir.: Apolinário de Azevedo;
1º Diácono, Ir.: Moysés Cícero do Rego Gomes;
2º Diácono, Ir.: José Lacerda;
Chanceler, Ir.: Edmundo Osmundo Cavalcanti;
Mestre das Cerimônias Ir.: Orlando Feijó de Melo;
Hospitaleiro, Ir.: Joaquim Luiz Rabelo e
Cobridor, Ir.: Otávio Cavalcanti de Alberquerque.

Estes nomes são importantes para todos nós, pois sem estes homens livres e de bons costumes não apenas nossa existência como uma loja não teria sido possível, e é bastante provável que nosso ingresso na Maçonaria também não teria acontecido.

A loja sempre foi cosmopolita. Ela têm uma história expressiva de IIr.: que vieram de outros orientes, como IIr.: Samuel Ponce de Leon, Salvador Moscoso, Manoel Pereira Lopes e Manoel Francisco de Campos que eram do oriente do Portugal.Ir.: Alexandra Markus de Tchecoslováquia, Ir.: Ângelo Papaleo era Italiano,
e eu, Ir.: Stephen John Richard Allen natural de York, Inglaterra. Aliás, a loja, na maioria do tempo, foi composta por mais IIr.: não naturais de Pernambuco de que IIr.: pernambucanos, mostrando a grandiosidade da maçonaria. Podemos olhar em nosso quadro agora para ver IIr.: que são naturais de Espírito Santos, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e São Paulo.
Durante sua história, Cavaleiros do Oriente sempre teve laços estreitos com a grande loja, participando ativamente com seus obreiros e preenchendo cargos importantes. A loja tem a honra de ter em seu quadro obreiros, citamos apenas alguns, que tiveram cargos na Grande Loja de Pernambuco:

Grão Mestre:

1946/48 - Roberto Le Coq de Oliveira;
1954/61 - Salvador Pereira d'Araújo Moscoso;
1964 - Manoel de Lima Filho

Deputado do Grão Mestre:

1949 - 1958 - Oswaldo Andrade

Gr.: Rep.: da Gr.: Lo.: de Pe.: :

1949 - Manoel Pereira Lopes com o Gr.: Or.: de Amazonas
1958 - Oswaldo Andrade com a Gran Logia Occ.: de Columbia – Cali
João Capistrano Bezerra com a Gr.: Lo.: do Est.: de Paraná

A loja teve sete endereços durante a sua longa história. O primeiro endereço da loja foi na Rua do Dique, no bairro de São José, Recife, e passou pela Rua da Aurora, 277, até 1964, quando se mudou para Rua Augusta, 699 e, mais tarde Rua 24 de Maio também no bairro de São José. Um endereço encontrado nos documentos da loja foi Avenida Dantas Barreto, 1253, registrado em 1977.

No final de 1989 a loja foi transferida para o prédio sede da Grande Loja de Pernambuco, na Rua Imperial, 197 no Bairro de São José.

Em 1995 a loja Cavaleiros do Oriente conseguiu seu templo próprio na Rua Dr. Gustavo Pinto, no bairro de Jardim São Paulo.

O prédio da oficina foi construído em 1994 através de ajuda e colaboração de homens como Ir.: Eduardo Guerra que é reconhecido como peça fundamental para a realização da obra, por sua dedicação, carinho e vontade de realizar pelo bem da ordem, Ir.: Fernando Viveiros, Ir.: Eliomar de Almeida e o Ir.: presente ativo José Simão de Góis.

Por causa das enchentes durante os anos setenta, muitos documentos foram destruídos e que contavam a história da loja Cavaleiros do Oriente. A data exata que a loja recebeu o título de ‘benemérita’ é imprecisa, porém a primeira referência do título foi encontrada numa correspondência entre a loja Cavaleiros do Oriente e a Grande Loja de Pernambuco datada dia 12 de março de 1947. No mesmo documento o título Val.: também foi citado.

O título ‘Cinqüentenária’ foi concedido pela Grande Loja de Maçônica de Pernambuco em 2005.

A loja Cavaleiros do Oriente sempre foi ativa na realização de ações sociais, não na busca de reconhecimento como uma boa colaboradora (na maioria das vezes as ações nem foram divulgadas), porém, mais importante, era contribuir na busca de resultados positivos que aquela ação merecia.

Por isto muitas ações sociais da loja não se destacaram na imprensa, na Grande Loja nem foram comentadas entre IIr.: das demais lojas em nosso Or.:.

É claro, falo do trabalho importantíssimo das cunhadas da loja, sem as quais muitas destas ações não teriam sido realizadas.

As ações eram várias, muito mais do que podiam ser colocadas aqui, mas, permitam-me citar algumas; como distribuição emergencial de colchões e roupas após as enchentes que prejudicaram o nosso Or.: de Recife durante os anos 70; recuperação de cadeiras escolares que foram redistribuídas no setor escolar público; distribuição de fraldas descartáveis para creches para mães de baixa renda e fornecimento de medicamentos para o Hospital do Câncer em Recife.

O trabalho da loja Cavaleiros do Oriente é um constante, e após 75 anos de existência de uma loja vibrante, saudável e harmoniosa, esperamos que nossos futuros IIr.: possam celebrar e saudar a loja em seu centenário aniversário.

(*) Ir.: Stephen Allen é Mestre Instalado da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.