quinta-feira, 9 de junho de 2011

Os 80 anos de João Gilberto.



Nesta sexta-feira (10), o “pai da bossa nova” chega aos oitenta anos. Ele continua reverenciado pelo seu talento e pela sua contribuição à música popular brasileira. Conheça algumas histórias do músico que criou “a batida diferente”
João Gilberto Prado Pereira de Oliveira. É no nome do artista baiano que a Bossa Nova está registrada. Nascido em Juazeiro (BA), em 10 de junho de 1931, João entrou para a história da música mundial ao, em 1958, colocar em seu violão uma batida totalmente diferente do que já se havia ouvido antes.
Sua participação como violinista no disco Chega de Saudade, no qual Elizeth Cardoso interpretava canções da dupla Tom Jobim e Vinicius de Moraes, e a gravação de um compacto onde canta "Chega de saudade" e "Bim bom" mexeu com a cabeça de uma geração de artistas e ouvintes. Chegou a Nova York, encantou Frank Sinatra, Ella Fitzgerald e Stan Getz e tantos outros.
João ajudou a eternizar clássicos como "Garota de Ipanema", "Wave", "Samba de uma nota só", "Outra vez". O editor Luís Antônio Giron destacou e explicou as influências do músico. 
Conhecido por ter seu temperamento arredio, João não gosta de dar entrevistas, faz poucas aparições públicas, briga com gravadoras, reclama sempre da qualidade do som em seus shows. Ganhou inúmeros adjetivos ao longo dos anos: chato, exigente, metódico, difícil, implicante. Porém, apenas um prevaleceu: talentoso.
Para marcar os 80 anos de um dos artistas mais marcantes da música popular brasileira, selecionamos dez histórias que ajudam a explicar a carreira e o jeito de ser de João Gilberto.

A primeira vez da “batida”
João Gilberto participou como violinista do emblemático disco Canção do amor demais, de Elizeth Cardoso, considerado o marco da Bossa Nova. Ele colocou sua batida nas faixas "Chega de saudade" e "Outra vez". Porém, não como queria. Seu registro definitivo para "Chega de saudade" foi lançado meses depois, em um compacto de 78 rotações.
Um disco só para João?
Apesar do sucesso do disco Canção do amor demais, de Elizeth Cardoso, João não impressionou a gravadora Odeon, que estava relutante em gravar um compacto do cantor. Nos anos 50, os cantores que faziam sucesso eram os que tinham a voz potente, como Cauby Peixoto e Anysio Silva. Tom Jobim deu uma força. Dorival Caymmi também recomendou João. E, no dia 10 de julho, um compacto com as músicas "Chega da saudade" e "Bim bom" foi gravado.
O perfeccionismo
O terceiro disco de João Gilberto começou a ser gravado em março de 1961. De acordo com o que conta o escritor Ruy Castro, no livro Chega de saudade, insatisfeito com o que estava acontecendo no estúdio (o primeiro arranjador era o pianista Walter Wanderley, que tentava entender o que João queria), o disco ficou paralisado por cinco meses. Retomado em agosto, agora com arranjos de Tom Jobim, o disco foi finalizado pouco mais de um mês depois e trouxe músicas como "Samba da minha terra", "O barquinho", "Bolinha de papel" e "Este seu olhar".
João, Tom e Vinicius juntos
Apesar de serem muito próximos no período da Bossa Nova, João, Tom Jobim e Vinicius de Moraes só estiveram juntos em um palco durante uma pequena temporada na boate Au Bom Gourmet, em 1962. O show quase levou os produtores à loucura. Sempre um dos três não chegava no horário, geralmente João. Foi nesse espetáculo que a canção "Garota de Ipanema" foi cantada pela primeira vez.
O reencontro com Tom
Depois de 30 anos sem se apresentarem juntos, Tom Jobim e João Gilberto voltaram a se encontrar para um show no Rio de Janeiro, em 1992. O reencontro aconteceu no palco do Teatro Municipal carioca em uma noite bastante concorrida. De acordo com ao que publicou o jornalista Plínio Fraga, em uma reportagem no jornal Folha de S. Paulo, de 2008, Tom e João não se falavam pelo menos há seis anos. Segundo ao repórter, ao chegar para o primeiro ensaio, tudo o que João Gilberto disse foi: “Oi, Tom”.
Nem um adeus Depois de duas horas de apresentação, ainda segundo Plínio Fraga, o público, encantado com o reencontro de Tom e João, pedia insistentemente a volta dos artistas ao palco. Tom chama João, que, já se preparando para ir embora, atende ao pedido do maestro. Após cantar mais um número, volta para o camarim, pega a caixa do seu violão e entra no carro que o aguardava já com o motor ligado. Nem de Tom ele se despediu.
A briga com um ídolo
No início de carreira, João Gilberto era fã do cantor Tito Madi (autor da canção Chove lá fora), que cantava suave. A admiração acabou quando, nos bastidores de uma entrega de prêmios, em São Paulo, por causa de um pedido de silêncio não atendido, João quebrou um violão na cabeça de seu grande ídolo. Tito levou dez pontos e deu queixa contra o músico baiano.
A preferência pelas cantoras
João nunca teve uma fama de conquistador, mas arrebatou o coração de algumas cantoras da música brasileira. Namorou com Sylvinha Telles (1934-1966). Casou-se com Astrud Gilberto (com quem teve um filho, João Marcelo), Nana Caymmi e Miúcha, com quem teve Bebel Gilberto, cantora e compositora. Em 2006, aos 75 anos, João descobriu ser pai de uma menina de dois anos, fruto de um relacionamento com a jornalista Cláudia Faissol.
O silêncio
Em 2000, João Gilberto voltou aos estúdios para gravar um disco produzido por Caetano Veloso. Além das regravações de "Chega de saudade" e "Desafinado", João registrou canções que cantava há tempos em seus shows, como "Da cor do pecado", "Segredo" e "Não vou para casa". O baiano também cantou uma parceria de Caetano e Gilberto Gil, "Desde que o samba é samba". A capa do CD causou polêmica ao trazer a atriz Camila Pitanga fazendo um gesto de “silêncio”, reivindicação constante de João em seus shows.
Os amigos de João
No badalado e concorrido show que fez em 2008, para comemorar os 50 anos da Bossa Nova, João elaborou uma lista de “pessoas queridas” que ele gostaria que estivessem na apresentação realizaria em São Paulo. Entre os nomes, estava o de Elza Laranjeira, a quem João se referiu como “grande cantora”. Porém, o que João parecia não saber é que Elza havia morrido em 1986, mas de vinte anos antes de seu delicado convite.

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Breve história da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.

Stephen John Richard Allen (*)

Meus Ir.:,

A história é parte integral da vida. Sem a presença do passado não teria o presente, e sem o presente, nunca estaremos presentes no futuro.

A “Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cavaleiros do Oriente” foi fundada em 24 de outubro de 1932. A loja era a primeira fundada sob a potência da Grande Loja de Pernambuco (apesar seu número ‘04’), sendo fundada apenas 18 dias após da fundação da Grande Loja.
Foram os seguintes IIr.: que elaborarem o estatuto da loja, registrado no dia 06 de junho de 1933, no 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Rua Diário de Pernambuco:

Venerável Mestre, Ir.: Zeferino Agra de Lima;
1º Vigilante, Ir.: Samuel Ponce de Leon (que em 1947 foi Venerável Mestre);
2º Vigilante, Ir.: João Capistrano Bezerra;
Orador, Ir.: Abdenago Rodrigues de Araújo;
Secetário, Ir.: Luiz Aurélio de Oliveira;
Tesoureiro, Ir.: Apolinário de Azevedo;
1º Diácono, Ir.: Moysés Cícero do Rego Gomes;
2º Diácono, Ir.: José Lacerda;
Chanceler, Ir.: Edmundo Osmundo Cavalcanti;
Mestre das Cerimônias Ir.: Orlando Feijó de Melo;
Hospitaleiro, Ir.: Joaquim Luiz Rabelo e
Cobridor, Ir.: Otávio Cavalcanti de Alberquerque.

Estes nomes são importantes para todos nós, pois sem estes homens livres e de bons costumes não apenas nossa existência como uma loja não teria sido possível, e é bastante provável que nosso ingresso na Maçonaria também não teria acontecido.

A loja sempre foi cosmopolita. Ela têm uma história expressiva de IIr.: que vieram de outros orientes, como IIr.: Samuel Ponce de Leon, Salvador Moscoso, Manoel Pereira Lopes e Manoel Francisco de Campos que eram do oriente do Portugal.Ir.: Alexandra Markus de Tchecoslováquia, Ir.: Ângelo Papaleo era Italiano,
e eu, Ir.: Stephen John Richard Allen natural de York, Inglaterra. Aliás, a loja, na maioria do tempo, foi composta por mais IIr.: não naturais de Pernambuco de que IIr.: pernambucanos, mostrando a grandiosidade da maçonaria. Podemos olhar em nosso quadro agora para ver IIr.: que são naturais de Espírito Santos, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e São Paulo.
Durante sua história, Cavaleiros do Oriente sempre teve laços estreitos com a grande loja, participando ativamente com seus obreiros e preenchendo cargos importantes. A loja tem a honra de ter em seu quadro obreiros, citamos apenas alguns, que tiveram cargos na Grande Loja de Pernambuco:

Grão Mestre:

1946/48 - Roberto Le Coq de Oliveira;
1954/61 - Salvador Pereira d'Araújo Moscoso;
1964 - Manoel de Lima Filho

Deputado do Grão Mestre:

1949 - 1958 - Oswaldo Andrade

Gr.: Rep.: da Gr.: Lo.: de Pe.: :

1949 - Manoel Pereira Lopes com o Gr.: Or.: de Amazonas
1958 - Oswaldo Andrade com a Gran Logia Occ.: de Columbia – Cali
João Capistrano Bezerra com a Gr.: Lo.: do Est.: de Paraná

A loja teve sete endereços durante a sua longa história. O primeiro endereço da loja foi na Rua do Dique, no bairro de São José, Recife, e passou pela Rua da Aurora, 277, até 1964, quando se mudou para Rua Augusta, 699 e, mais tarde Rua 24 de Maio também no bairro de São José. Um endereço encontrado nos documentos da loja foi Avenida Dantas Barreto, 1253, registrado em 1977.

No final de 1989 a loja foi transferida para o prédio sede da Grande Loja de Pernambuco, na Rua Imperial, 197 no Bairro de São José.

Em 1995 a loja Cavaleiros do Oriente conseguiu seu templo próprio na Rua Dr. Gustavo Pinto, no bairro de Jardim São Paulo.

O prédio da oficina foi construído em 1994 através de ajuda e colaboração de homens como Ir.: Eduardo Guerra que é reconhecido como peça fundamental para a realização da obra, por sua dedicação, carinho e vontade de realizar pelo bem da ordem, Ir.: Fernando Viveiros, Ir.: Eliomar de Almeida e o Ir.: presente ativo José Simão de Góis.

Por causa das enchentes durante os anos setenta, muitos documentos foram destruídos e que contavam a história da loja Cavaleiros do Oriente. A data exata que a loja recebeu o título de ‘benemérita’ é imprecisa, porém a primeira referência do título foi encontrada numa correspondência entre a loja Cavaleiros do Oriente e a Grande Loja de Pernambuco datada dia 12 de março de 1947. No mesmo documento o título Val.: também foi citado.

O título ‘Cinqüentenária’ foi concedido pela Grande Loja de Maçônica de Pernambuco em 2005.

A loja Cavaleiros do Oriente sempre foi ativa na realização de ações sociais, não na busca de reconhecimento como uma boa colaboradora (na maioria das vezes as ações nem foram divulgadas), porém, mais importante, era contribuir na busca de resultados positivos que aquela ação merecia.

Por isto muitas ações sociais da loja não se destacaram na imprensa, na Grande Loja nem foram comentadas entre IIr.: das demais lojas em nosso Or.:.

É claro, falo do trabalho importantíssimo das cunhadas da loja, sem as quais muitas destas ações não teriam sido realizadas.

As ações eram várias, muito mais do que podiam ser colocadas aqui, mas, permitam-me citar algumas; como distribuição emergencial de colchões e roupas após as enchentes que prejudicaram o nosso Or.: de Recife durante os anos 70; recuperação de cadeiras escolares que foram redistribuídas no setor escolar público; distribuição de fraldas descartáveis para creches para mães de baixa renda e fornecimento de medicamentos para o Hospital do Câncer em Recife.

O trabalho da loja Cavaleiros do Oriente é um constante, e após 75 anos de existência de uma loja vibrante, saudável e harmoniosa, esperamos que nossos futuros IIr.: possam celebrar e saudar a loja em seu centenário aniversário.

(*) Ir.: Stephen Allen é Mestre Instalado da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.