quinta-feira, 30 de junho de 2011

Uma Metamorfose do Tudo

Geraldo Pereira (*)

O homem se tornou tão sedentário que precisa dispor de um parque para se exercitar. Ninguém vai mais ao colégio a pé, muito menos ao trabalho. O automóvel carrega toda gente. Às festas do Clube Português fui muitas vezes andando e voltei do mesmo jeito. Nunca imaginei que tempo chegaria no qual teria medo de repetir a façanha. Não sou velho, mas vi o Recife cortado por linhas de bonde, eram 141 km para 130 veículos, além dos 30 reboques que a companhia dispunha. Eu vi os antigos telefones de bocal, nos quais se falava de longe e se tinha o maior cuidado com o sigilo, mas era o terror dos namorados. Terreno fértil para a fofocada local.
Eu vi os primeiros prédios que foram levantados na cidade, impressionando os moradores todos. O Arranha-Céu da pracinha chamou a atenção por anos a fio, até que se construiu na Aurora o edifício Capibaribe, uma novidade para a classe média da época, bonita paisagem e acomodações confortáveis. Morava por lá o Dr. Edgar Altino, médico no Recife e figura respeitadíssima. A Agamenon Magalhães foi feita sobre um mangue, rico em caranguejos, os quais ao primeiro trovão saiam das tocas. O meu avô – Bartolomeu Marques – morava na Montevideu n° 77, em casa alugada, com dois quintais separados por um muro e um portão. Lá atrás havia outra entrada e eu fui várias vezes ao mangue caçar caranguejos.
No tempo o Parque 13 de Maio era o ponto de encontro das gerações. Rapazes e moças caminhavam de mãos dadas nas alamedas do lugar. A Festa da Mocidade se instalava nos últimos meses do ano, trazendo brinquedos de todo tipo e um teatro rebolado. As vedetes de então seriam de extremo pudor no agora dos dias. Eram encenadas revistas de duplo sentido e o rigor da portaria controlava a idade dos frequentadores. Os meninos se contentavam com o olho nas frestas dos camarins, o que fez certa vez um soldado de polícia puxar um desses observadores pela gola. Ouviu do garoto a explicação de que a vez era dele. Saiu detido para a Delegacia de Menores.
Passavam na rua vendedores de todo o tipo. Um capítulo à parte na historia do Recife: os pregões. O mais longo de todos aqueles, o que vendia vassoura, espanador, vasculhador, colher de pau e outras bugigangas assemelhadas. Cantava tudo isso nas ruas da cidade. Mas, havia o mascate, um homem com o seu burrinho puxando uma carrocinha cheia de gavetas, nas quais se tinha tudo que estivesse catalogado dentre as miudezas. E o consertador de panelas, que tocava um triângulo com uma haste de ferro. O amolador também tinha um apito característico que o identificava à distância, anunciando-se com competência para amolar facas e tesouras. Tudo isso hoje está no setor de serviços dos shoppings.
O forte do comércio estava no centro, para onde se ia de ônibus da empresa Pedrosa. A linha com o título de “Cidade” era peculiar, porque sendo circular, ia e voltava, levando e trazendo o passageiro sem demora. Usava-se do mesmo jeito “Cajueiro”, com o terminal bem definido. As compras eram feitas assim, na rua da Imperatriz e na rua Nova. Os cinemas eram de rua, como se usa dizer atualmente, e no São Luis o uso do paletó e da gravata era obrigatório. Não se entrava se não estivesse bem vestido. Jogava-se do primeiro andar as peças para contemplar um amigo!
Tudo mudou e o meu entorno, também, há uma selva de pedra no Rosarinho. É pedra sobre pedra por cá! O Recife sempre alagou, as ruas viravam rios e os rios subiam e transbordavam. Passavam camarões apetitosos na correnteza e a meninada corria, os reunia em quantidade e fritava ao alho e óleo. Claro que desabrigava a gente simples, enchia as escolas e as epidemias grassavam. A mesma coisa com as formigas tanajuras, que voavam até cair de gordura e a molecada não descuidava. A panela preparava o quitute.
Uma metamorfose do tudo caracteriza o mundo.
(*) Geraldo Pereira é da Academia Pernambucana de Letras.

quarta-feira, 29 de junho de 2011

O CANCIONEIRO DO CICLO JUNINO


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O ciclo junino é um dos mais festejados do calendário folclórico pernambucano sendo, também, o de origem mais remota. Os festejos dedicados aos santos de junho são antecedidos pelos chamados noiteiros do mês maio, em honra da Virgem Maria, de origem historicamente recente, vez que as primeiras indulgências datam de 21 de março de 1815, conferidas que foram pelo Papa Pio VII.

Em Pernambuco o mês mariano veio a ser introduzido em 1850, no convento do Carmo do Recife, sob a inspiração do frei João da Assunção Moura e popularizou-se através dos frades capuchinhos do convento da Penha: “no exercício do mês mariano tudo é música, poesia e flores” (Pereira da Costa).

Das igrejas os cânticos e ladainhas em honra da Virgem passaram a ser entoados nos noiteiros das residências, costume ainda hoje mantido na zona rural e em alguns bairros do Recife e Olinda.
TUDO COMEÇA COM  SANTO ANTÔNIO
Terminado o mês de maio, tem início as Trezenas de Santo Antônio, logo no dia 1º de junho, mantendo assim esta secular devoção ao santo lisboeta introduzida em Pernambuco em 1550, quando foi erguida uma capela ao santo que deu origem, em Olinda, ao primeiro convento carmelita do Brasil: Convento de Santo Antônio do Carmo.
É Santo Antônio (Lisboa, 15.VIII.1195 - Pádua, 13.VI.1231) o orago mais popular do Brasil, onde possui 228 freguesias sob a sua invocação, vindo em segundo lugar São José com 71. Nas famílias, Antônio é o nome escolhido e rara é a cidade, vila ou povoado que não tenha uma, ou mais, ruas ou avenidas com o seu nome, igrejas sob sua devoção. Afirma Luís da Câmara Cascudo, no seu Dicionário do Folclore Brasileiro, que “apesar de tanta bajulação e mudanças corográficas, o Brasil possui 70 localidades com o nome de Santo Antônio”.
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Santo Antônio
Em Pernambuco, os franciscanos fundaram o seu primeiro convento em terras brasileiras em 13 de março de 1584, na então Vila de Olinda ficando a custódia sob a proteção de Santo Antônio. No Recife, a tradição do culto ao santo data de 1606, quando foi iniciada a construção do convento franciscano da então ilha de Antônio Vaz, hoje denominada de Santo Antônio, estando o templo localizado na atual Rua do Imperador Pedro II.
Em 19 de novembro de 1709, a antiga povoação do Arrecife dos Navios veio a ser denominada de Vila de Santo Antônio do Recife, apesar do empenho do então governador Sebastião de Castro Caldas em denominá-la de São Sebastião, o que lhe custou uma advertência do Rei de Portugal. Em 1918 foi o santo lisboeta confirmado como padroeiro principal da cidade do Recife pelo Papa Benedito XV, ao conceder o co-padroado a Nossa Senhora do Carmo que ficou sendo “a padroeira menos principal”. Como se não bastasse, é Santo Antônio o padroeiro dos pernambucanos, tendo sua imagem figurado nos estandartes dos exércitos luso-brasileiros quando da Insurreição Pernambucana eclodida em 13 de junho de 1645, dia de sua festa.

Durante treze noites, em residências das mais diversas, os seus devotos estão a cantar em coro:
Milagroso Antônio,
Nosso padroeiro.
Enche de alegria,
Pernambuco inteiro
SÃO JOÃO E SÃO PEDRO
Dentre as festas do ciclo junino, porém, é a de São João a mais festejada em Pernambuco.  É também a festa popular mais antiga do Brasil, já sendo registrada por Frei Vicente do Salvador em sua História do Brasil 1500-1627, assim referindo-se aos naturais da terra:…  “acudiam com muita boa vontade, porque são muito amigos de novidades, como no dia de São João Batista por causa das fogueiras e capelas”.

Trata-se de uma festa de grande misticismo, a partir do próprio nome Batista — o que batiza cheio de graça —, em cuja noite se praticava feitiçarias, como demonstra a denúncia de Madalena de Calvos contra Lianor Martins, a Salteadeira, acusada, dentre outras coisas, de trazer consigo uma semente enfeitiçada colhida na noite de São João, segundo depoimento prestado perante o inquisidor Heitor Furtado de Mendoça, em 22 de novembro de 1593, quando da primeira visitação do Santo Ofício a Pernambuco.
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São Pedro
As festas juninas foram trazidas para o Brasil pelos colonizadores portugueses, eles próprios ainda hoje cultores desta milenar tradição marcada pelas festas de Santo Antônio, em Lisboa e em Lagos; São João, no Porto e em Braga, e São Pedro, em Évora e Cascais. Na Europa as festas juninas coincidem com o início do verão, daí a presença da tradição de costumes pagãos dentro dos festejos, como adivinhações e o culto ao fogo.

No que diz respeito às fogueiras, ensina a tradição cristã divulgada pelos jesuítas, ter sido um compromisso de Santa Isabel, prima da Virgem Maria, de mandar erguer um enorme fogaréu no sentido de anunciar o nascimento de seu filho João Batista: “Houve um homem enviado por Deus cujo nome era João. Veio ele como testemunha, para dar testemunho da luz, a fim de que todos cressem por seu intermédio. Ele não era a luz, mas devia dar testemunho da luz”. (João 1,6-8).

No Brasil a festa acontece com o início do inverno, tempo de colheita do milho e do feijão no Nordeste, que sempre está a espera das boas invernadas de modo a afastar o espectro das estiagens e garantir a sua subsistência; como na polca de Zé Dantas e Luíz Gonzaga, Lascando o cano (RCA 80/307B-1954):
Vamo, vamo Joana
Findou-se o inferno
Houve um bom inverno
Há fartura no sertão…,
Ai! …Joana, traz pamonha, milho assado
Vou matá de bucho inchado
Quem num crê no meu Sertão.
Traz a riuna que eu vou lascar o cano
Pela safra desse ano
Em louvor a São João.

terça-feira, 28 de junho de 2011

Geraldo Vandré quebra o silêncio.


Depois de quatro décadas de isolamento, o cantor e compositor Geraldo Vandré, que se transformou em um dos maiores enigmas da MPB, resolve finalmente quebrar o silêncio. Autor de clássicos como “Disparada” e “Pra Não Dizer que Falei das Flores” – esta, transformada em hino de manifestações contra a ditadura militar - Vandré deu uma entrevista ao repórter Geneton Moraes Neto no dia em que completava 75 anos de idade. Desde que voltou do exílio, no segundo semestre de 1973, ele não falava para a televisão.
(Fonte: Globo News)

domingo, 26 de junho de 2011

"Não somos o que dizem que somos"


Por que bode?


Dentro da nossa organização, muitos desconhecem o nosso apelido de "BODE". A origem desta denominação data do ano de 1808. Porém, para saber do seu significado, temos necessidade de voltarmos no tempo.

Por volta do ano 3 D.C., vários apóstolos saíram pelo mundo, a fim de divulgar o cristianismo. Alguns foram para o lado judaico da Palestina. E lá, curiosamente, notaram que era comum ver um judeu falando ao ouvido de um bode, animal muito comum naquela região. Procurando saber o por quê daquele `monólogo', "foi difícil obter resposta. Ninguém dava informações, com isso aumentava ainda mais a curiosidade dos representantes cristãos, em relação àquele fato. Até que Paulo, o Apóstolo, conversando com rabino de uma aldeia, foi informado de que o ritual era usado para a expiação dos erros. Fazia parte da cultura daquele povo, contar a alguém de sua confiança, quando cometia (mesmo que escondido) suas faltas. Acreditando com isso que se outro soubesse, ficaria aliviado junto a sua consciência, pois estaria dividindo o sentimento ou problema.

Mas por que o BODE?, quis saber Paulo. E por que o bode é o seu confidente?

Como o bode não fala, o confesso fica ainda mais seguro de que seu segredo será mantido, respondeu-lhe o rabino.

A Igreja, trinta e seis anos mais tarde, introduziu no seu ritual, o confessionário, juntamente com o voto de silêncio por parte do padre confessor - nesse ponto da história não conta se foi o Apóstolo Paulo que levou a idéia a seus superiores da Igreja. O certo é que ela faz bem à humanidade. Com esse ato, do confessionário, aliado ao voto de silêncio, o povo passou a contar suas faltas. Na atualidade, com a confiança duvidosa, em função de escândalos por parte de alguns padres, diminuíram os confessores e confessionários e aumentou o número de divãs de psicanálise.

Voltemos a 1808, na França de Bonaparte, que após o Golpe de 18 Brumário, se apresentava como o novo líder político daquele país. A Igreja, sempre oportunista, uniu-se a ele e começou a pesquisar todas as instituições que não fossem o Governo e a Igreja. Assim, a Maçonaria, que era um fator pensante, teve seus direitos suspensos e seus Templos fechados: proibida de se reunir. Porém, Irmãos de fibra, na clandestinidade, se reuniram, tentando modificar a situação do país.

Neste período, vários maçons foram presos pela Igreja e submetidos a terríveis inquisições. Porém ela nunca encontrou um covarde ou delator entre os maçons.

Chegando ao ponto de um dos inquisidores dizer a seguinte frase a seus superiores: "Senhor, este pessoal (maçons) parecem BODES, por mais que eu os flagele, não consigo arrancar-lhes uma palavra".

Assim, a partir daí, todos os maçons tinham, para os inquisidores, essa denominação "BODE"- aquele que não fala, que sabe guardar segredo.

Colaboração Irmão Laerte da Silva "Danilo J. Fernandes"
Oriente de São Paulo

Texto enviado p/Ir.’. Thirso Júnior M.'.M.'.
ARLS Colunas de São Sebastião - 2265 – SP
(Fonte: Blog O Aprendiz)























sábado, 25 de junho de 2011

O VERDADEIRO PATRONO DA MAÇONARIA - SÃO JOÃO DE JERUSALÉM.

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São João - Nosso Padroeiro

O primeiro São João de que ouvimos falar e o qual é sem duvida um dos mais famosos personagens da bíblia é sem duvida São João Batista que batizou Jesus e teve sua cabeça decepada por ser fiel aos seus princípios,  este Santo tem seu dia de comemoração também associado aos mistérios celestes pois se comemora exatamente no dia do equinócio de inverno ou seja o dia mais curto do ano, a maçonaria por sua vez associou este dia como contemplação a esta transição do sol, e reverencia esta transição em suas lojas e faz associações a sua doutrina. Erroneamente alguns historiadores associaram este São João como patrono da maçonaria, talvez por ser o mais famoso e conhecido, mas isso é um erro comum entre os que levianamente estudam a maçonaria.
O outro São João de que se tem noticia e também associado à maçonaria é o São João Evangelista que tem sua data de comemoração associado ao solstício de verão que ocorre em dezembro, nesta data eram eleitos às gestões das lojas e neste solstício a maçonaria também realizava comemorações pela passagem do sol. Porém também erroneamente este São João foi associado como patrono da maçonaria, principalmente por aqueles que não se dão ao trabalho de ler e gostam muito de citar grandes nomes do passado não testando e investigando a verdade, meramente copiando e transcrevendo seus dizeres e se esquecendo que a verdade é mola que nos impulsiona. Porém aí vem à pergunta se nenhum destes dois São João é patrono da maçonaria quem é o patrono? Se não são estes dois importantes santos, a quem nos abrimos nossas lojas e trabalhamos sobre sua proteção?

No ano de  550 da era crista após a vinda de Jesus, nasceu um menino na ilha de Chipre ao sul da Itália, motivado por sua formação cristã e caridosa o mesmo se encaminha para Jerusalém com a intenção de montar lá um hospital que atendesse aos peregrinos que iam a terra santa visitar o Santo Sepulcro.
Nesta ocasião ocorriam as Sagradas Cruzadas lideradas pelos cavaleiros Templários ao qual este se inspirou em seus métodos e sua conduta. Veio a Falecer no ano de 619 na cidade de amatonto na ilha de Chipre, após a sua morte o Papa  em reconhecimento ao seu desprendimento e amor incondicional o canonizou santo com o nome de São João esmoleiro, porém este santo ficou mais conhecido por outro nome, o de São João de Jerusalém.
A História terminaria  aqui se fossemos meros profanos, mas para nós maçons iniciados na Arte Real, livres pensadores e perseguidores da verdade, a história não termina. Pois ainda nos resta a pergunta porque dedicar as lojas a ele? O que ele fez em Jerusalém? Porque voltou a sua pátria?

Ao sair de sua terra natal este levou o quinhão da fortuna de seu pai que lhe era de direito, e ao invés de viver uma vida sossegada ele se deslocou para Jerusalém onde lá construiu com enorme dificuldade um hospital para socorrer os enfermos. Porém a época era das cruzadas e os povos viviam em guerra, baseado nos princípios da cavalaria Templária ele fundou a Ordem dos Cavaleiros Hospitalares que tinha por principal função defender os hospitais e prestar socorro a aqueles que se achavam enfermos, ele mesmo foi amigo irmão e confidente de muitos enfermos e deu a eles mais do que os seus recursos financeiros, deu a cada um deles um pouco de sua saúde e atenção, nunca fez distinções entre feridos de guerra e leprosos, todos que buscavam ajuda neste período de caos encontravam sem duvida uma mão estendida nos cavaleiros Hospitalares e em São João.

A Ordem dos Cavaleiros Hospitalares logo foi transformada na Ordem dos Cavaleiros de Jerusalém que agora não só tomavam conta dos hospitais mas corriam em socorro dos doentes e dos necessitados onde quer que se encontrassem, esta ordem sobreviveu durante anos ganhando o enorme respeito dos Templários da época, o seu fundador foi eleito e sagrado Grão-Mestre dos Cavaleiros de Jerusalém e recebeu as mais altas honrarias Templarias pois estes o reconheciam como um puro e fiel Cavaleiro seguidor dos antigos valores. São João retornaria a sua pátria na Ilha de Chipre por saber que a mesma estava à mercê de invasão dos Turcos e o seu povo necessitava de ajuda, como este já tinha fundado a Ordem dos Cavaleiros de Jerusalém e a mesma já andava com as suas próprias pernas e expandia a sua área de atuação por toda a Europa trabalhando incansavelmente no socorro aos feridos e doentes e proteção aos Hospitais bem como muitas vezes na construção dos mesmos.

São João que chegava a sua pátria e tinha por sua vez que socorrer os seus familiares e compatriotas, para isso ele contou com sua experiência em Jerusalém e fundou a Ordem dos Cavaleiros de Malta que tinha a dupla função de proteger os hospitais, ajudar os enfermos e feridos e a de lutar pela manutenção da paz e preservação da independência de sua pátria, a ordem prosperou na parte da Hospitalaria mas a sua forca armada não foi suficiente para deter a invasão Turca que dominou e destruí grande parte da Ilha, gostaríamos de dizer que tudo foi fácil e belo mas esta não é a verdade, muito sangue foi derramado para que os Cavaleiros pudessem prosseguir em sua jornada e mantivessem a chama acesa no intuito de ajudar os feridos e vitimas de doenças.

Os cavaleiros de Malta foram conhecidos por seus atos como grandes defensores dos oprimidos e daqueles que precisavam de ajuda, assim como já eram os cavaleiros de Jerusalém. Após a morte de São João e sua posterior  canonização a Ordem de Cavalaria Templária associaria fortemente São João de Jerusalém como seu patrono e ao se colocarem ao campo para as batalhas, sempre se colocavam sobre a proteção do mesmo.

A Maçonaria copiou grande parte de seus ensinamentos e do modo de agir dos templários, e também associou São João como seu padroeiro pois os ideais deste nobre homem que foi elevado a condição de Santo combinavam com a doutrina maçônica de amor incondicional ao próximo e sua elevada determinação em lutar pela liberdade. A Partir deste momento em que a maçonaria se colocava a campo para lutar pela liberdade da humanidade, associou assim esta grande figura que a partir deste momento seria conhecido por todos os maçons como: São João de Jerusalém nosso Patrono.

Por isso todas as lojas são abertas e dedicadas a sua homenagem, e até hoje nós somos lojas de São João, o amor dele nos contagia e em sua homenagem é que trabalhamos para socorrer os necessitados como ele o fez e levar a luz do conhecimento e da verdade a toda a Humanidade.

Comemora-se no dia 23 de janeiro o dia de são João Smoler, para nós São João de Jerusalém, Patrono da Maçonaria
(Fonte: Flávio Dellazzana, M.'. M.'.A.'.R.'.L.'.S.'. PEDRA CINTILANTE, 60
G.'.O.'.S.'.C.'./C.'.O.'.M.'.A.'.B.'., BRASIL)





sexta-feira, 24 de junho de 2011

Neste São João, nossa homenagem a Jackson do Pandeiro.

Um gênio da música brasileira, porém os críticos da mídia só lhe deram reconhecimento muitos anos após a sua morte. Artista verdadeiro e original. Fazia percussão com a própria voz. Paraibano cabra-da-peste!

Nasceu em Alagoa Grande, Paraíba, em 31 de agosto de 1919, com o nome de José Gomes Filho. Filho de uma cantadora de coco, Flora Mourão, que deu a ele o seu primeiro instrumento: o pandeiro.
Seu nome artístico nasceu de um apelido que ele mesmo se dava: Jack, inspirado em um mocinho de filmes de faroeste, Jack Perry. A transformação para Jackson foi uma sugestão de um diretor de programa de rádio. Dizia que ficaria mais sonoro e causaria mais efeito quando fosse ser anunciado.
Somente em 1953, já com trinta e cinco anos, foi que Jackson gravou o seu primeiro grande sucesso: "Sebastiana", de Rosil Cavalcanti. Logo depois, emplacou outro grande hit: "Forró em Limoeiro", rojão composto por Edgar Ferreira.
Foi na rádio pernambucana que ele conheceu Almira Castilho de Alburquerque, com quem se casou em 1956 vivendo com ela até 1967. Depois doze anos de convivência, Jackson e Almira se separaram e ele casou com a baiana Neuza Flores dos Anjos, de quem também se separou pouco antes de falecer.
No Rio, já trabalhando na Rádio Nacional, Jackson alcançou grande sucesso com "O Canto da Ema", "Chiclete com Banana", "Um a Um" e "Xote de Copacabana". Os críticos ficavam abismados com a facilidade de Jackson em cantar os mais diversos gêneros musicais: baião, coco, samba-coco, rojão, além de marchinhas de carnaval.
O fato de ter tocado tanto tempo nos cabarés aprimorou sua capacidade jazzística. Também é famosa a sua maneira de dividir a música, e diz-se que o próprio João Gilberto aprendeu a dividir com ele.
Já com sessenta e três anos, sofrendo de diabetes, ao fazer um show em Santa Cruz de Capibaribe, sentiu-se mal, mas não quis deixar o palco. Já estava enfartado mas continuou cantando, tendo feito ainda mais dois shows nessas condições, apesar do companheiro Severo, que o acompanhou durante anos na sanfona, ter insistido com ele para cancelar os compromissos: ele não permitiu. Indo depois cumprir outros compromissos em Brasília passou mal, tendo desmaiado no aeroporto e sendo transferido para o hospital. Dias depois, faleceu de embolia cerebral, em 10 de julho de 1982.(Fonte: Tatiana Rocha).






quinta-feira, 23 de junho de 2011

Na Copa do Mundo de 1970, Wilson Simonal acompanha de perto a seleção brasileira no México.


Um dos cantores mais populares do Brasil na época, Simonal era amigo de Pelé, Jairzinho e Carlos Alberto Torres e alegrava a equipe tricampeã mundial na concentração.

Galeria de Fotos

Os Cavaleiros Templários - A Origem da Maçonaria

A Maçonaria

MAÇONARIA - TEMPLO DE SALOMÃO

Como tornar-se Maçom

Dan Brown fala sobre a maçonaria

Maçonaria: Ser Maçom

Video que mostra alguns dos grandes Maçons.

O Maçom Luiz Gonzaga - O Gonzagão

Breve história da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.

Stephen John Richard Allen (*)

Meus Ir.:,

A história é parte integral da vida. Sem a presença do passado não teria o presente, e sem o presente, nunca estaremos presentes no futuro.

A “Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cavaleiros do Oriente” foi fundada em 24 de outubro de 1932. A loja era a primeira fundada sob a potência da Grande Loja de Pernambuco (apesar seu número ‘04’), sendo fundada apenas 18 dias após da fundação da Grande Loja.
Foram os seguintes IIr.: que elaborarem o estatuto da loja, registrado no dia 06 de junho de 1933, no 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Rua Diário de Pernambuco:

Venerável Mestre, Ir.: Zeferino Agra de Lima;
1º Vigilante, Ir.: Samuel Ponce de Leon (que em 1947 foi Venerável Mestre);
2º Vigilante, Ir.: João Capistrano Bezerra;
Orador, Ir.: Abdenago Rodrigues de Araújo;
Secetário, Ir.: Luiz Aurélio de Oliveira;
Tesoureiro, Ir.: Apolinário de Azevedo;
1º Diácono, Ir.: Moysés Cícero do Rego Gomes;
2º Diácono, Ir.: José Lacerda;
Chanceler, Ir.: Edmundo Osmundo Cavalcanti;
Mestre das Cerimônias Ir.: Orlando Feijó de Melo;
Hospitaleiro, Ir.: Joaquim Luiz Rabelo e
Cobridor, Ir.: Otávio Cavalcanti de Alberquerque.

Estes nomes são importantes para todos nós, pois sem estes homens livres e de bons costumes não apenas nossa existência como uma loja não teria sido possível, e é bastante provável que nosso ingresso na Maçonaria também não teria acontecido.

A loja sempre foi cosmopolita. Ela têm uma história expressiva de IIr.: que vieram de outros orientes, como IIr.: Samuel Ponce de Leon, Salvador Moscoso, Manoel Pereira Lopes e Manoel Francisco de Campos que eram do oriente do Portugal.Ir.: Alexandra Markus de Tchecoslováquia, Ir.: Ângelo Papaleo era Italiano,
e eu, Ir.: Stephen John Richard Allen natural de York, Inglaterra. Aliás, a loja, na maioria do tempo, foi composta por mais IIr.: não naturais de Pernambuco de que IIr.: pernambucanos, mostrando a grandiosidade da maçonaria. Podemos olhar em nosso quadro agora para ver IIr.: que são naturais de Espírito Santos, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e São Paulo.
Durante sua história, Cavaleiros do Oriente sempre teve laços estreitos com a grande loja, participando ativamente com seus obreiros e preenchendo cargos importantes. A loja tem a honra de ter em seu quadro obreiros, citamos apenas alguns, que tiveram cargos na Grande Loja de Pernambuco:

Grão Mestre:

1946/48 - Roberto Le Coq de Oliveira;
1954/61 - Salvador Pereira d'Araújo Moscoso;
1964 - Manoel de Lima Filho

Deputado do Grão Mestre:

1949 - 1958 - Oswaldo Andrade

Gr.: Rep.: da Gr.: Lo.: de Pe.: :

1949 - Manoel Pereira Lopes com o Gr.: Or.: de Amazonas
1958 - Oswaldo Andrade com a Gran Logia Occ.: de Columbia – Cali
João Capistrano Bezerra com a Gr.: Lo.: do Est.: de Paraná

A loja teve sete endereços durante a sua longa história. O primeiro endereço da loja foi na Rua do Dique, no bairro de São José, Recife, e passou pela Rua da Aurora, 277, até 1964, quando se mudou para Rua Augusta, 699 e, mais tarde Rua 24 de Maio também no bairro de São José. Um endereço encontrado nos documentos da loja foi Avenida Dantas Barreto, 1253, registrado em 1977.

No final de 1989 a loja foi transferida para o prédio sede da Grande Loja de Pernambuco, na Rua Imperial, 197 no Bairro de São José.

Em 1995 a loja Cavaleiros do Oriente conseguiu seu templo próprio na Rua Dr. Gustavo Pinto, no bairro de Jardim São Paulo.

O prédio da oficina foi construído em 1994 através de ajuda e colaboração de homens como Ir.: Eduardo Guerra que é reconhecido como peça fundamental para a realização da obra, por sua dedicação, carinho e vontade de realizar pelo bem da ordem, Ir.: Fernando Viveiros, Ir.: Eliomar de Almeida e o Ir.: presente ativo José Simão de Góis.

Por causa das enchentes durante os anos setenta, muitos documentos foram destruídos e que contavam a história da loja Cavaleiros do Oriente. A data exata que a loja recebeu o título de ‘benemérita’ é imprecisa, porém a primeira referência do título foi encontrada numa correspondência entre a loja Cavaleiros do Oriente e a Grande Loja de Pernambuco datada dia 12 de março de 1947. No mesmo documento o título Val.: também foi citado.

O título ‘Cinqüentenária’ foi concedido pela Grande Loja de Maçônica de Pernambuco em 2005.

A loja Cavaleiros do Oriente sempre foi ativa na realização de ações sociais, não na busca de reconhecimento como uma boa colaboradora (na maioria das vezes as ações nem foram divulgadas), porém, mais importante, era contribuir na busca de resultados positivos que aquela ação merecia.

Por isto muitas ações sociais da loja não se destacaram na imprensa, na Grande Loja nem foram comentadas entre IIr.: das demais lojas em nosso Or.:.

É claro, falo do trabalho importantíssimo das cunhadas da loja, sem as quais muitas destas ações não teriam sido realizadas.

As ações eram várias, muito mais do que podiam ser colocadas aqui, mas, permitam-me citar algumas; como distribuição emergencial de colchões e roupas após as enchentes que prejudicaram o nosso Or.: de Recife durante os anos 70; recuperação de cadeiras escolares que foram redistribuídas no setor escolar público; distribuição de fraldas descartáveis para creches para mães de baixa renda e fornecimento de medicamentos para o Hospital do Câncer em Recife.

O trabalho da loja Cavaleiros do Oriente é um constante, e após 75 anos de existência de uma loja vibrante, saudável e harmoniosa, esperamos que nossos futuros IIr.: possam celebrar e saudar a loja em seu centenário aniversário.

(*) Ir.: Stephen Allen é Mestre Instalado da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.