sábado, 20 de outubro de 2012

Caridade e o Maçom

 
1. Virtude que nos leva a amar a Deus acima de todas as coisas; é a mais excelente das virtudes, é a perfeição da lei, o compêndio de todos os mandamentos e o laço de perfeição.
2. Um dos deveres principais e mais antigos da Maçonaria, cujas instituições e obras beneficentes são numerosas, que assim procede sem alarde, mas com firmeza, ‘dando com a direita sem que a esquerda perceba’.

3. A finalidade da Maçonaria não é fazer benefícios no sentido material, mas cada maçom sente a necessidade de amparar o próximo carente; sua formação espiritual lhe dá esse impulso; o maçom pratica caridade no sentido material. Fazer Caridade não constitui simplesmente, auxiliar a outrem, mas exercer uma virtude capital com toda plenitude. Além do exercício individual da caridade, a loja em conjunto, por intermédio doHospitaleiro faz de forma discreta a Caridade, em duplo aspecto; dando os óbolos recolhidos em cada sessão aos necessitados; dar amparo moral a quem precisa, buscando a aproximação para amenizar o sofrimento. Quando surge um esmoler, o maçom tem dois deveres a cumprir; o social e o vindo do seu coração. A Caridade, em si, é uma permuta, pois quem doa receberá, em dobro. Mas, dar com amor.
4. Considerada como a terceira e a mais importante das virtudes teologais, após a Fé e a Esperança, que muitos traduzem por Amor, que no caso apresenta-se como sinônimo.
5. O segundo mandamento da Lei de Deus nos diz: “Amarás o teu próximo como a ti mesmo”, e este é o segundo mandamento na hierarquia de importância, segundo S. Paulo, que nos diz ainda: “Quem ama o outro cumpre a Lei de Deus”. De fato, os preceitos, não cometerás adultério, não furtarás, não cobiçaras e todos os demais se resumem nesta sentença.
A caridade não pratica o mal contra o próximo, portanto, a caridade significa amor, amor à humanidade e o desejo de praticar o bem, não se relaciona com nenhum interesse, ou compreensão, ou aplauso, e ajuda o aperfeiçoamento humano pela defesa do bem estar dos semelhantes. A prática da caridade predispõe a alma para o bem e, consequentemente, para o aperfeiçoamento moral do homem. Praticar a caridade não é dar esmolas, mas sim trabalhar para o pleno desenvolvimento da humanidade, pois como diz provérbio chinês: “Se deres um peixe a um homem, ele se alimentará uma vez; se o ensinares a pescar, ele comerá a vida inteira”. Desta forma o maçom como obreiro do G\A\D\U\, tem o dever, através de seu exemplo e participação, de buscar a constante felicidade para o ser humano.
6. No simbolismo da Escada de Jacó, o degrau da Caridade é o último, é o que toca o Céu, o mais importante, é o que dá acesso à morada de Deus. É simbolizada pelo Graal.
7. Dizia S. Agostinho: “A Caridade uma vez nascida, cresce; uma vez crescida, fortifica-se; uma vez fortificada, aperfeiçoa-se”.
8. Na Loja de Aprendiz ela é representada pela Estrela Flamejante.
9. (…) ”.., faltando, assim, aos princípios de Caridade de nossa instituição”.
(…) ”levai à choupana, onde mora a miséria e o infortúnio, fazem gemer e chorar, o amparo de vossa inteligência e o supérfluo de vossas condições sociais”.
(…) ”um sinal desta natureza é inútil, porque não penetra no coração, onde a mão de Deus imprimiu o selo da Caridade”. (R).
10. (…) ”A Estrela Flamejante, representa a principal Luz da Loja. Simboliza o Sol, Glória do Criador, e nos dá o exemplo da maior e da melhor virtude que deve encher o coração do maçom: a Caridade. Espalhando luz e calor (ensino e conforto) por toda a parte onde atingem seus raios vivificantes, ele nos ensina a praticar o bem, não a um círculo restrito de amigos ou de afeiçoados, mas a todos aqueles que necessitam e até onde nossa Caridade possa alcançar”.
(…) ”a Caridade é a beleza que adorna o espírito e o coração bem formados, fazendo com que neles se abriguem os puros sentimentos humanos”. …”Esta tão vasta extensão da Loja simboliza a universalidade de nossa Instituição e mostra que a Caridade do maçom não tem limites, a não ser os ditados pela prudência”.
(…) “O Sol nos ensina a praticar o bem, não em um círculo restrito de amigos ou afeiçoados, mas a todos aqueles que necessitam e até onde a nossa Caridade possa alcançar…”. (RA). (V. Amor, Assistência, Beneficência, Donativo, Estrela Flamejante, Filantropia, Pobre, Virtude)
 

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Breve história da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.

Stephen John Richard Allen (*)

Meus Ir.:,

A história é parte integral da vida. Sem a presença do passado não teria o presente, e sem o presente, nunca estaremos presentes no futuro.

A “Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cavaleiros do Oriente” foi fundada em 24 de outubro de 1932. A loja era a primeira fundada sob a potência da Grande Loja de Pernambuco (apesar seu número ‘04’), sendo fundada apenas 18 dias após da fundação da Grande Loja.
Foram os seguintes IIr.: que elaborarem o estatuto da loja, registrado no dia 06 de junho de 1933, no 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Rua Diário de Pernambuco:

Venerável Mestre, Ir.: Zeferino Agra de Lima;
1º Vigilante, Ir.: Samuel Ponce de Leon (que em 1947 foi Venerável Mestre);
2º Vigilante, Ir.: João Capistrano Bezerra;
Orador, Ir.: Abdenago Rodrigues de Araújo;
Secetário, Ir.: Luiz Aurélio de Oliveira;
Tesoureiro, Ir.: Apolinário de Azevedo;
1º Diácono, Ir.: Moysés Cícero do Rego Gomes;
2º Diácono, Ir.: José Lacerda;
Chanceler, Ir.: Edmundo Osmundo Cavalcanti;
Mestre das Cerimônias Ir.: Orlando Feijó de Melo;
Hospitaleiro, Ir.: Joaquim Luiz Rabelo e
Cobridor, Ir.: Otávio Cavalcanti de Alberquerque.

Estes nomes são importantes para todos nós, pois sem estes homens livres e de bons costumes não apenas nossa existência como uma loja não teria sido possível, e é bastante provável que nosso ingresso na Maçonaria também não teria acontecido.

A loja sempre foi cosmopolita. Ela têm uma história expressiva de IIr.: que vieram de outros orientes, como IIr.: Samuel Ponce de Leon, Salvador Moscoso, Manoel Pereira Lopes e Manoel Francisco de Campos que eram do oriente do Portugal.Ir.: Alexandra Markus de Tchecoslováquia, Ir.: Ângelo Papaleo era Italiano,
e eu, Ir.: Stephen John Richard Allen natural de York, Inglaterra. Aliás, a loja, na maioria do tempo, foi composta por mais IIr.: não naturais de Pernambuco de que IIr.: pernambucanos, mostrando a grandiosidade da maçonaria. Podemos olhar em nosso quadro agora para ver IIr.: que são naturais de Espírito Santos, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e São Paulo.
Durante sua história, Cavaleiros do Oriente sempre teve laços estreitos com a grande loja, participando ativamente com seus obreiros e preenchendo cargos importantes. A loja tem a honra de ter em seu quadro obreiros, citamos apenas alguns, que tiveram cargos na Grande Loja de Pernambuco:

Grão Mestre:

1946/48 - Roberto Le Coq de Oliveira;
1954/61 - Salvador Pereira d'Araújo Moscoso;
1964 - Manoel de Lima Filho

Deputado do Grão Mestre:

1949 - 1958 - Oswaldo Andrade

Gr.: Rep.: da Gr.: Lo.: de Pe.: :

1949 - Manoel Pereira Lopes com o Gr.: Or.: de Amazonas
1958 - Oswaldo Andrade com a Gran Logia Occ.: de Columbia – Cali
João Capistrano Bezerra com a Gr.: Lo.: do Est.: de Paraná

A loja teve sete endereços durante a sua longa história. O primeiro endereço da loja foi na Rua do Dique, no bairro de São José, Recife, e passou pela Rua da Aurora, 277, até 1964, quando se mudou para Rua Augusta, 699 e, mais tarde Rua 24 de Maio também no bairro de São José. Um endereço encontrado nos documentos da loja foi Avenida Dantas Barreto, 1253, registrado em 1977.

No final de 1989 a loja foi transferida para o prédio sede da Grande Loja de Pernambuco, na Rua Imperial, 197 no Bairro de São José.

Em 1995 a loja Cavaleiros do Oriente conseguiu seu templo próprio na Rua Dr. Gustavo Pinto, no bairro de Jardim São Paulo.

O prédio da oficina foi construído em 1994 através de ajuda e colaboração de homens como Ir.: Eduardo Guerra que é reconhecido como peça fundamental para a realização da obra, por sua dedicação, carinho e vontade de realizar pelo bem da ordem, Ir.: Fernando Viveiros, Ir.: Eliomar de Almeida e o Ir.: presente ativo José Simão de Góis.

Por causa das enchentes durante os anos setenta, muitos documentos foram destruídos e que contavam a história da loja Cavaleiros do Oriente. A data exata que a loja recebeu o título de ‘benemérita’ é imprecisa, porém a primeira referência do título foi encontrada numa correspondência entre a loja Cavaleiros do Oriente e a Grande Loja de Pernambuco datada dia 12 de março de 1947. No mesmo documento o título Val.: também foi citado.

O título ‘Cinqüentenária’ foi concedido pela Grande Loja de Maçônica de Pernambuco em 2005.

A loja Cavaleiros do Oriente sempre foi ativa na realização de ações sociais, não na busca de reconhecimento como uma boa colaboradora (na maioria das vezes as ações nem foram divulgadas), porém, mais importante, era contribuir na busca de resultados positivos que aquela ação merecia.

Por isto muitas ações sociais da loja não se destacaram na imprensa, na Grande Loja nem foram comentadas entre IIr.: das demais lojas em nosso Or.:.

É claro, falo do trabalho importantíssimo das cunhadas da loja, sem as quais muitas destas ações não teriam sido realizadas.

As ações eram várias, muito mais do que podiam ser colocadas aqui, mas, permitam-me citar algumas; como distribuição emergencial de colchões e roupas após as enchentes que prejudicaram o nosso Or.: de Recife durante os anos 70; recuperação de cadeiras escolares que foram redistribuídas no setor escolar público; distribuição de fraldas descartáveis para creches para mães de baixa renda e fornecimento de medicamentos para o Hospital do Câncer em Recife.

O trabalho da loja Cavaleiros do Oriente é um constante, e após 75 anos de existência de uma loja vibrante, saudável e harmoniosa, esperamos que nossos futuros IIr.: possam celebrar e saudar a loja em seu centenário aniversário.

(*) Ir.: Stephen Allen é Mestre Instalado da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.