quarta-feira, 30 de novembro de 2011

Mestre e Aprendiz.



Costumo invocar com frequência a noção de que o Mestre maçom deve considerar-se um eterno Aprendiz, se quer ser digno de ser considerado Mestre.
Também me relembro com frequência que ser maçom é um percurso de auto-aperfeiçoamento, sempre dinâmico, sempre inacabado, sempre em execução. Um dos marcos desse caminho é o maçom, o homem livre e de bons costumes, poder convictamente considerar-se Mestre de si mesmo, capaz de dominar suas paixões, seus vícios, domar seu temperamento, desbastar sua personalidade, no sentido do equilíbrio, da justeza. Enfim, conseguir EFECTIVAMENTE nortear sua vida e suas ações e realizações dentro do espaço delimitado por três características indispensáveis para que cada obra humana tenha valia digna desse nome: a Sabedoria, a Força e a Beleza. Que cada nossa decisão, cada realização nossa, consiga simultaneamente ser sabedora, porque justa e certa e equilibrada e prudente, forte, porque durável e susceptível de naturalmente se impor e prosseguir seus objetivos e bela, porque agradável aos demais, não é empresa fácil, se a queremos realizar bem, mas é extremamente gratificante, quando se alcança.

Ser maçom é, portanto, ser sempre Aprendiz, porque em cada momento devemos melhorar, mais bem compreender e fazer, sempre devemos estudar e especular e experimentar, para em cada dia sermos um pouco, um grão que seja, melhores do que o anterior. Mas é também ser Mestre, porque a aprendizagem não é um mero exercício intelectual, é um meio para utilizarmos e dominarmos e integrarmos o que aprendemos, com valia para nós próprios e para os demais, que podem beneficiar do que aprendemos e da transmissão do nosso conhecimento.

Esta dualidade Aprendiz - Mestre é, por natureza, dinâmica. Aprendemos e do que aprendemos somos Mestres e, sendo-o, verificamos que mais temos a aprender, e vemos como, e de novo mais aprendemos, e de mais somos Mestres e assim sucessivamente, numa eterna sucessão do ciclo tese-antítese-síntese que é nova tese. Esta relação entre aprendizagem e utilização do que se aprendeu necessita, porém, de ser equilibrada - de pouco vale aprender, aprender e aprender, se nada se utiliza, se aplica, se usa; não muito vale fazer e refazer e repetir o que um dia se aprendeu,em eterna e rotineira execução, sem perspectivas nem evolução. Por isso, em Maçonaria se preza o equilíbrio e se atende ao valor da dualidade, como fator de progresso, de evolução.

Em bom rigor, o maçom não É aprendiz, não É Mestre. O maçom FAZ-SE Aprendiz e, com isso, TORNA-SE Mestre. Não se compreende efetivamente a natureza da Maçonaria se dela apenas se retém uma imagem estática. A Maçonaria e os seus ensinamentos são essencialmente dinâmicos e é esse dinamismo, essa perpétua evolução, esse incessante movimento intelectual que é indispensável entender, se se quer perceber o que é a Maçonaria. Cada ponto de chegada é um novo ponto de partida. Sempre. Com a especificidade de que cada maçom não tem necessariamente de partir dos SEUS pontos de chegada. Pode beneficiar dos que seus Irmãos obtiveram para, a partir deles, integrar os seus próprios conhecimentos e de tudo beneficiar para prosseguir sua demanda.

É também por isso que a maçonaria orgulhosamente se reclama da Tradição. Da Tradição de seus ancestrais, dos Mestres que antes de nós fizeram suas demandas e chegaram a suas conclusões. Que abriram e aplainaram os caminhos que hoje confortavelmente percorremos sem dificuldade, permitindo que nos aventuremos no desbaste de novos percursos que, se bem trabalharmos, um dia serão rápidas estradas, facilmente atravessadas pelos vindouros até às fronteiras de seus desconhecidos novos percursos. Por isso, para um maçom é natural ir ao passado rever o que aí se descobriu, para integrar com o que hoje está à nossa disposição e poder construir o que amanhã se descobrirá. Por isso, o Passado, o Presente e o Futuro se unem e tocam e associam para mais um pouco se avançar. Por isso, nós, maçons, valorizamos o Passado, a Tradição, os Ritos e os Conhecimentos que herdamos de nossos antecessores, tanto como valorizamos o nosso esforço de Hoje e como aspiramos a que seja valorizado o que procuramos construir para o Futuro. Que um dia será Presente e logo Passado... Dinâmica, não estática...

Os Aprendizes de antanho são para nós Mestres que nos ajudam a aprender e a sermos, por nosso turno, Mestres. Mas também os Mestres Aprendizes de agora mutuamente se influenciam. Por isso, mais do que dizer-se apenas que cada Mestre maçom, sendo-o, é simultaneamente um Aprendiz, pode e deve dizer-se ainda que cada maçom é também e sempre um Aprendiz de alguém e Mestre de algum outro Aprendiz.

Portanto, e resumindo: cada Mestre maçom é simultaneamente Mestre de si próprio e eterno Aprendiz, Aprendiz dos ensinamentos dos seus antecessores e Mestre dos vindouros e ainda Aprendiz de alguém e Mestre de algum outro Aprendiz - porventura também Mestre e, portanto, com as mesmas características...

Uma das coisas que eu gosto na Maçonaria é esta sua simplicidade!

Rui Bandeira


Entrevista com um Mestre


Louis Armstrong foi um grande Maçom. Já Danny Kaye, Foi um grande Maçom que morreu pobre... Ele fazia shows milionários, e dividia toda renda com seus parentes, amigos e pessoas necessitadas. Quando faleceu deixou a casa, 2 carros e 2 telefones... Não havia nada nos bancos, mas ele mesmo disse: Fui e SOU FELIZ assim... Parabéns Irmão Danny Kaye. (ambos foram Mestres Maçônicos).

MOZART - MÚSICA FUNERAL MAÇÔNICO


Um funeral maçônico é uma forma de homenagear a vida de um pedreiro e um compromisso do pedreiro à fraternidade. Em alguns aspectos, estes tipos de serviços funerários são similares aos serviços realizados por qualquer pessoa. Assim como os serviços tradicionais, os funerais maçônicos terão lugar em uma funerária, igreja ou templo, dependendo da vontade das famílias. Os corpos estão preparados para ritos funerários em muito da mesma maneira que eles estão preparados para um serviço tradicional. Por exemplo, o corpo está limpo e embalsamado para visualização. A musica mais indicada para este ritual é do Ir.’. Mozart que pode ser ouvida no vídeo acima.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

Philip Bailey & Phil Collins - Easy Lover ( 1984) Legendado


Philip David Charles "Phil" Collins, LVO (Londres, 30 de janeiro de 1951), mais conhecido como Phil Collins, é um músico britânico. Foi baterista e vocalista da banda Genesis, mas também atingiu êxito na carreira solo. Também atuou em alguns filmes e programas de televisão.
Phil Collins já colaborou com vários artistas conhecidos, como Paul McCartney, George Harrison, Eric Clapton, Roland Orzabal, Jethro Tull, Robert Plant, Ringo Starr, John Lennon, Mike Oldfield, Sting, Mark Knopfler, Peter Gabriel, Bee Gees e Ravi Shankar. Fez uma participação especial em Woman in Chains, do Tears for Fears, também participou do álbum Break Every Rule de Tina Turner, tocando bateria em músicas como Typical Male e Girls, e também colaborou com a banda Led Zeppelin no Live Aid, tocando bateria.
Depois que Peter Gabriel deixou o Genesis em 1975, Collins assumiu os vocais. Esse foi o período de maior sucesso comercial da banda, que continuou através dos anos 80. Enquanto trabalhava tanto como vocalista quanto de baterista, dava os primeiros passos de uma bem-sucedida carreira solo.
(Fonte: Wikipédia)

domingo, 20 de novembro de 2011

Filme "O Concerto" - Cena final



O vídeo acima é do filme "O Concerto", baseado em historia real que se passa na Rússia, em 1980, na época de Brejnev, quando Andrei Filipov era o melhor maestro da União Soviética e dirigia a famosa Orquestra do Bolshoi. Mas, em plena glória, depois de se ter recusado separar-se dos seus músicos judeus, entre os quais estava seu melhor amigo, Sacha, foi demitido. O maestro, para sobreviver financeiramente, aceita fazer limpezas no teatro. Certo dia, 30 anos depois, ao limpar a sala do director do teatro, intercepta um fax do famoso Teatro Châtelet de Paris, convidando a orquestra para lá ir tocar, não sabendo que a orquestra estava provisoriamente desfeita. De repente, ocorre a Andrei uma ideia mirabolante: por que não reunir os seu ex-colegas músicos, que sobrevivem a fazer biscates e trabalhos temporários, e levá-los a Paris, fazendo-os passar pelo Bolshoi?

sábado, 19 de novembro de 2011

O Maçom e o Alfaiate.




Um homem recebeu a notícia de que seria iniciado Maçom.
Ficou tão eufórico que quase não se conteve.

Serei um grande homem agora - disse a um amigo - e preciso de roupas novas, imediatamente. Serão roupas que façam jus à minha nova posição na sociedade e em minha vida.

- Conheço um alfaiate perfeito para você - replicou o amigo - é um velho sábio que sabe dar a cada cliente o corte perfeito. Vou lhe dar o endereço.

E o novo futuro Maçom foi ao alfaiate, que cuidadosamente tirou suas medidas.
Depois de guardar a fita métrica, o sábio alfaiate disse:

Há mais uma informação que preciso saber. Há quanto tempo o senhor é Maçom ?

- Ora, o que isso tem a ver com a medida do meu balandrau ? - perguntou o cliente surpreso.

- Não posso fazê-lo sem obter esta informação, senhor.
É que um Maçom recém iniciado fica tão deslumbrado que mantém a cabeça altiva, ergue o nariz e estufa o peito.
Assim sendo, tenho que fazer a parte da frente maior que a de trás.
Anos mais tarde, quando está ocupado com o seu trabalho e os transtornos advindos da experiência o tornam sensato, olha adiante para ver o que vem em sua direção e o que precisa ser feito a seguir, aí então eu costuro o balandrau de modo que a parte da frente e a de trás tenham o mesmo comprimento.
E mais tarde, depois que está curvado pelos anos de trabalho cansativo e pela humildade adquirida através de uma vida de esforços, então faço o balandrau de modo que as costas fiquem mais longas que a frente.
Portanto, tenho que saber há quanto tempo o senhor foi iniciado para que a roupa lhe assente apropriadamente.

O novo futuro Maçom saiu da alfaiataria pensando menos no balandrau e mais no motivo que levou seu amigo a mandá-lo procurar aquele sábio alfaiate

 (Enviada pelo Ir.'. Roberto Barconi)

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Ceará - Um Padre da Igreja Católica ingressou na Ordem Secreta Maçonica

A Ordem Maçônica Milenar, durante sua longa história teve sempre como grande rival a Igreja Católica Apostólica Romana. Por ser uma associação secreta e fugir do controle de todos; os católicos, nunca aceitaram e por não ter conhecimento das ações e de sua filosofia espalharam os mais absurdos boatos sobre a maçonaria. Quando um religioso resolvia ingressar na ordem secreta, logo era visitado por religiosos fazendo de tudo, com o objetivo de desestimular o profano a ingressar na maçonaria.


Hoje mesmo vivendo na era da tecnologia, do progresso, etc... a falta de conhecimento de muitos, ainda faz pensar, que a MAÇONARIA tem práticas absurdas.

O recado direto da maçonaria da região norte, do estado do Ceará, faz cair por terra, toda rejeição no meio católico.

Ingressou na Ordem Maçônica, na Loja Humberto Taumaturgo Dias Nº 37, do Oriente de Reriutaba, o padre CÍCERO GOMES DE SOUZA. O novo irmão iniciou no dia 09 de setembro de 2011 em Reriutaba.

O padre ou irmão Gomes teve uma passagem de seis meses em Ipu, sendo auxiliar do Mons. Moraes em 2007, na paróquia de São Sebastião. Ordenado na Espanha em 2010, atualmente, o Padre Gomes mora em Reriutaba.

Afirma que ingressou na Ordem maçônica, depois de várias consultas da filosofia maçônica e que tem observado em Reriutaba, que todo maçom tem um comportamento diferenciado. "É um homem de paz, compreensivo e de muito amor" disse o padre sobre os irmãos.

O padre irmão esteve na cidade de Ipu fazendo uma visita aos irmãos da Loja Vigário Bartolomeu Fagundes Nº 35, Oriente de Ipu, na última terça-feira dia 25.10.2011. Na oportunidade foi recepcionado pelas luzes da loja.
Se algum religioso tem dúvidas da ordem maçônica, pergunte ao Padre maçom "Gomes".
(Fonte: Necticina)

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Os Bastidores da Proclamação da República no Brasil.

Os Bastidores da Proclamação da República no Brasil

Masons
Desde o México, até o sul da América do Sul, todas as colônias, sob a influência da Maçonaria, proclamaram a independência, quase à mesma época, formando Repúblicas Democráticas. A única exceção foi o Brasil...
República (do latim Res publica, “coisa pública”) é uma forma de governo em que um representante, normalmente designado Presidente, é escolhido pelo povo para ser o Chefe de Estado, podendo ou não acumular com o poder executivo, conforme a República seja Presidencialista ou Parlamentarista.  
A forma de eleição é normalmente realizada por voto livre secreto, em intervalos regulares, variando conforme o país.
O primeiro conceito de República foi introduzido por Platão, filósofo grego que viveu em Atenas entre os anos 428 e 347 a. C., discípulo de Sócrates e mestre de Aristóteles.
Segundo Platão, em seus célebres Diálogos, a República é uma ciência política fundamentada na justiça e nas leis, para formar a estrutura de um Estado bem constituído.
Na filosofia política ocidental, o conceito de República está intimamente associado ao de Democracia, que é um regime de governo onde o poder de tomar importantes decisões políticas está com os cidadãos (povo), direta ou indiretamente (por meio de representantes eleitos), em sua forma mais usual. Em conceito moderno, a Democracia é o “governo do povo, pelo povo e para o povo”.
Os dois conceitos, associados, formam a República Democrática, que foi estimulada, desde o último quarto do século XVIII e início do século XIX, nas universidades de Paris e Montpelier (França) e de Coimbra (Portugal), sob os auspícios de duas Sociedades, a Maçonaria e o Iluminismo (que trabalharam associados, durante algum tempo). Todos os jovens estudantes daquelas universidades, provenientes das colônias das Américas e que também freqüentavam Lojas Maçônicas, abraçaram o novo modelo, como sonho de libertação ao colonizador.
Sob os auspícios da Maçonaria, a primeira nação colônia das Américas a tornar-se independente, adotando o regime de República Democrática, foi os Estados Unidos da América, em 4 de julho de 1776. Esse episódio repercutiu, de forma eloqüente, nas universidades e nas Lojas Maçônicas da França e de Portugal, devido à grande influência de Benjamim Franklin, embaixador, na França, da nova República Democrática americana.
Desde o México, até o sul da América do Sul, todas as colônias, sob a influência da Maçonaria, proclamaram a independência, quase à mesma época, formando Repúblicas Democráticas. A única exceção foi o Brasil. Uma verdadeira explosão de movimentos pró-independência, que esfacelou, em vários países independentes, a unidade da colônia espanhola na América.
No Brasil, a revolta contra os colonizadores, também promovida pela Maçonaria, teve início com a infrutífera tentativa da Inconfidência Mineira, em 1789, embora os movimentos pró independência tivessem início desde 1724, dentro das Academias ou Sociedades Literárias, criadas pelos governadores gerais, que eram grêmios maçônicos disfarçados.
Não havia a intenção, na Inconfidência Mineira, de libertar toda a colônia brasileira, mas somente a Capitania de Minas Gerais pois, naquele momento, ainda não havia se formado uma identidade nacional. A forma de governo escolhida foi o estabelecimento de uma República, inspirados na Maçonaria, nas idéias iluministas da França e na recente independência norte-americana.
Sucederam-se, logo após, novos movimentos de independência, localizados nas capitanias do nordeste, a partir de 1796, com a criação, em Pernambuco, do Areópago de Itambé (constituído como Loja Maçônica), pelo padre Manoel de Arruda Câmara. Também esses movimentos visavam a separação, constituído Repúblicas democráticas, com âmbito regional. Em 1798, a Conjuração Baiana, ou Revolta dos Alfaiates, visando a libertação da Bahia, logo seguidas pela Conspiração dos Suassunas, em 1801, em Pernambuco, e outros, culminando com a Revolução Pernambucana de 1817 e a Confederação do Equador, em 1824, todos visando transformar Pernambuco (e alguns estados do nordeste) em uma República independente de Portugal, além daRevolução Farroupilha, em 1835, que objetivava proclamar uma República para as províncias do Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Nesse meio tempo, foram criadas diversas Lojas Maçônicas no Brasil-colônia, com o fim político de combater o colonialismo e influir no movimento pela independência.
Em 1815, foi criada, no Rio de Janeiro, a Loja Comércio e Artes, geradora, em 1822, do Grande Oriente do Brasil (que teve vida curta, de 4 meses, em sua primeira fase).
Joaquim Gonçalves Ledo
Joaquim Gonçalves Ledo
A rápida expansão dos ideais de unidade nacional, geradas no Grande Oriente do Brasil (GOB), espalhou-se por todas as províncias, criando um sentimento de unidade nacional e ensejou o movimento de independência do Brasil, como um todo, enfraquecendo as iniciativas de movimentos de libertação regionais.
A forma monárquica durou mais 67 anos de lutas, por parte dos republicanos, até 1889. Destacaram-se, na trama pela proclamação da República, vários maçons, desde Gonçalves Ledo, o padre Januário da Cunha Barbosa, José Clemente Pereira, Senador Vergueiro, Evaristo da Veiga, Joaquim Saldanha Marinho, dentre muitos outros igualmente importantes.
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O período denominado “segundo reinado”, sob o governo do imperador D. Pedro II, não fez esmorecer o ânimo dos maçons republicanos. O imperador D. Pedro II, que não tinha boa saúde, governava com o ministério e, por diversas vezes, afastarase do país, em viagem.
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Saldanha Marinho
Saldanha Marinho

Havia, no entanto, alguns obstáculos a serem vencidos pela Maçonaria, para alcançar a República. Vencida a guerra do Paraguai, chegara a vez de tratar da abolição da escravatura. A escravidão era um grande empecilho à evolução social e política. Sofria restrições de todas as nações, em especial da Inglaterra, da França e dos Estados Unidos. No país, além dos latifundiários, a Igreja também era um importante utilizador da mão de obra escrava. Não fosse por outras razões, essas duas grandes forças políticas eram contrárias à Maçonaria.
O maçom Pimenta Bueno, depois Marquês de São Vicente, preparou 5 projetos de lei, estreitamente ligados com o objetivo da emancipação, apresentando-os ao imperador, secretamente, em 1867, com um memorial. Desses 5 projetos, apresentados pelo Imperador ao Conselho de Estado, nasceu a Lei Visconde do Rio Branco, apresentada pelo Visconde do Rio Branco (Chefe de Governo e Grão-Mestre do GOB) à Câmara, em 27 de maio de 1871, que ficou conhecida como Lei do Ventre Livre. A lei foi sancionada em 29 de setembro de 1871, pela Princesa Isabel, que ocupava a regência desde março, em virtude de viagem do Imperador à Europa. A Lei do Ventre Livre foi muito acanhada em relação aos reclamos da Maçonaria mas, apesar da imprensa alardear os seus escassos benefícios, a abolição estava praticamente feita.
Diz a história que a Princesa Isabel e seu marido, o Conde D’Eu (com o apoio de toda a nobreza), estavam negociando a promulgação da Lei do Ventre Livre, em troca da sua ascensão a soberana do império, em um terceiro reinado, por substituição a seu pai, D. Pedro II, já envelhecido e com a saúde frágil.
Outro problema, enfrentado pela Maçonaria, que impedia progredir até a República, era a força da Igreja. A campanha da Igreja contra a Maçonaria intensificou-se em 1864, com a bula do papa Pio IX contra a Maçonaria. Diz-se que a ira da Igreja contra a Maçonaria foi intensificada porque a Ordem influíra, intensamente, na Itália, em favor da perda de territórios da Santa Sé, que ficou reduzida à pequena área do
Vaticano.
Em 2 de março de 1872, o GOB promoveu uma solenidade para comemorar a Lei Visconde do Rio Branco, a Lei do Ventre Livre, e homenagear seu autor, o Visconde do Rio Branco, Grão-Mestre da Ordem. Discursaram várias autoridades maçônicas enaltecendo a atuação da Ordem e do GOB. Dentre elas, o padre José Luiz de Almeida Martins, Grande Orador Interino. Seu discurso foi publicado na imprensa. O Bispo Diocesano do Rio de Janeiro advertiu o padre Martins, exigindo-lhe que abandonasse a Ordem, no que não foi atendido. O bispo, então, suspendeu-o das Ordens Religiosas e aplicou-lhe outras sanções. Na sessão de 27 de abril de 1872, o Grão-Mestre do Grande Oriente de Beneditinos, Saldanha Marinho, lançou um manifesto em defesa do padre Martins, sob o título de Manifesto da Maçonaria do Brasil, publicado na imprensa. Na realidade, não houve a participação do GOB, nesse manifesto que atacava fortemente a Igreja, o que ocasionou forte revolta da Igreja contra o Primeiro Ministro Visconde do Rio Branco, que era, também, o Grão-Mestre do GOB.
A perseguição à Maçonaria exacerbou-se em 1872, quando os bispos de Olinda e, em 1873, o de Belém do Pará, decidiram cumprir à risca os mandamentos contidos nos atos do papa, ocasionando o episódio conhecido como A Questão Religiosa. Os bispos de Olinda e Belém lançaram interditos sobre as Lojas Maçônicas de suas jurisdições eclesiásticas, assim como às irmandades que abrigassem maçons. Os ofendidos recorreram à coroa. O Imperador, ouvindo o Conselho de Estado, deu provimento aos recursos, em favor dos ofendidos, sob o fundamento de que os atos pontifícios que haviam condenado a Maçonaria não haviam recebido a aprovação do governo imperial. Como os bispos prosseguissem com os interditos, D. Pedro II mandou responsabilizar os bispos, que foram condenados a quatro anos de prisão com trabalho. Os bispos foram anistiados em 17 de setembro de 1875, por intercessão do Duque de Caxias, novo Chefe de Governo, sucessor do Visconde de Rio Branco e destacado maçom.
A Maçonaria brasileira saíra bastante fortalecida, a partir desse episódio e prosseguia a sua rota no sentido da República, em oposição ao estabelecimento do terceiro reinado, desejo secreto da Princesa Isabel e de seu marido, o nobre francês Conde D’Eu.
Nas unidades militares, oficiais maçons passaram a discutir o abolicionismo pela imprensa. Em vários casos de punição a esses oficiais, havia reação coletiva. Despontava a figura do Marechal Deodoro da Fonseca, como líder militar e, de certa forma, portavoz do inconformismo com a situação e com o desprestígio ao Exército, provocado pelo ministério.
A solução natural para a abolição da escravatura estava na imigração de colonos europeus, como substituição à mão de obra escrava.
Mas, isso não interessava à Igreja, nem aos grandes latifundiários, grandes utilizadores do trabalho escravo.
Destacam-se alguns movimentos de imigração de colonos europeus, desde o início do século XIX (como as de 1812 no Espírito Santo, no sul da Bahia em 1818 e, em Nova-Friburgo, província do Rio de Janeiro, em 1819). Em 1840, o senador Vergueiro (maçom, grau 33, que fundara, como seu primeiro Grão-Mestre, o G. O. do Passeio, instalado em 24 de junho de 1831) trouxe para o Brasil cerca de 3 mil imigrantes alemães para trabalhar em suas fazendas. O maçom Teófilo Otoni, em 1857, trouxe para a sua recém fundada cidade de Filadélfia (posteriormente transformada em município, que recebeu o seu nome), em Minas Gerais, uma colonização alemã para trabalhar em suas lavouras. Outras iniciativas de imigração se efetivaram nas fazendas de São Paulo, em meados do século XIX.
A campanha verdadeiramente abolicionista começou a ser intensificada em 1880, com os veementes discursos, na Câmara, do maçom Joaquim Nabuco. Por toda parte, surgiam as Sociedades Abolicionistas e os Clubes da Lavoura, que as combatiam.
Em 1884, por iniciativa de maçons, o Ceará libertou seus escravos e os das províncias vizinhas que para lá corriam. Seguiram-se o Amazonas e alguns municípios do Rio Grande do Sul.
O descontentamento com a escravatura generalizouse, chegando a abalar a estrutura do Império, que ameaçava soçobrar. Diante da calamidade, que fazia cair o ministério, não houve outra alternativa senão a apresentação, à Câmara, em 8 de maio de 1888, do projeto de abolição, que foi rapidamente aprovado e sancionado pela Princesa Isabel, em 13 de maio de 1888 (o Imperador, mais uma vez, viajava pela Europa, cansado, doente e diabético desde 1887). D. Isabel, alcunhada de “A Redentora”, ainda sonhava, com esse ato, ganhar o beneplácito das forças dominantes para a fundação do terceiro império, o que era repudiado, veementemente, pelas Lojas Maçônicas, em especial pelas Lojas de São Paulo.
Daí para a República, bastou a grande influência da Maçonaria, comBenjamin Constant assessorando oMarechal Deodoro. Deodoro foi iniciado, provavelmente, em 1885/1886, na Loja Rocha Negra de São Gabriel, Rio Grande do Sul, onde recebeu, também o grau 18. Foi elevado ao grau 31, pelo Supremo Conselho, em 7 de janeiro de 1890. Pertencia, ainda, à Loja Rocha Negra, quando foi eleito Grão-Mestre do GOB, em 19 de dezembro de 1889.
O movimento da República, no seu momento decisivo, recebeu  adesão de bispos, homens de negócios, soldados, fazendeiros, toda a sociedade, o que acabava com as bases de sustentação do império. Foi deflagrado, inicialmente, como um movimento de deposição do ministério, que tinha, à frente o Visconde de Ouro Preto (assumiu a chefia de governo em julho de 1889). A campanha contra o Visconde de Ouro Preto, considerado inimigo do Exército, vinha sendo conduzida em todas as partes do reino e, em especial, pelos maçons Rui Barbosa e Quintino Bocaiúva, em jornais do Rio de Janeiro.
A data do movimento estava marcada para o dia 20 de novembro, mas foi antecipada, para o dia 15, com receio de que a polícia, sabendo do movimento, atacasse o Quartel General e prendesse Deodoro. O Visconde de Ouro Preto tencionava amparar-se na Guarda-Nacional e em uma Guarda-Cívica, que dispunham de armamento muito superior ao do Exército, para neutralizar a tropa republicana e enviar os batalhões mais eivados de republicanismo para o oeste do país.
Vários corpos-de-tropa do revoltado Exército acudiram ao Ministério da Guerra, na manhã de 15 de novembro, onde o ministério estava reunido, quando Deodoro, doente, mas influenciado pelos acontecimentos e assessorado por Benjamin Constant (que foi investido, no Clube Militar, em 9 de novembro, de plenos poderes para dirigir os acontecimentos, em nome da falange republicana do Exército), deixou o leito e dirigiu-se ao Campo de Santana, onde a tropa aguardava suas ordens.
Não foi necessário um tiro sequer. Deodoro destituiu o ministério e mandou prender o chefe de governo, Visconde de Ouro Preto. Houve, da parte de Deodoro, alguma hesitação em proclamar a República, em razão do seu apreço pela figura humana do imperador, que havia regressado da Europa dias antes e descansava em Petrópolis. O decreto de proclamação da República, redigido por Benjamin Constant, foi levado a Deodoro que o assinou, na noite de 15 de novembro, sendo publicado no Diário Oficial do dia seguinte.
Foi constituído, imediatamente, pelo Exército e a Armada, em nome da nação, o Governo Provisório, sob a chefia de Deodoro, com os seguintes membros, todos maçons:
Floriano Peixoto, Eduardo Wandenkolk, Rui Barbosa, Campos Sales, Aristides Lobo, Quintino Bocaiúva, Demétrio Ribeiro e Benjamin Constant.
O Governo Provisório comunicou a Pedro II a sua deposição, assim como a ordem de embarcar, imediatamente, para a Europa, com toda a sua família, o que foi feito a 17 de novembro.
O município neutro, transformado em Distrito Federal, e as 20 províncias, que foram denominadas Estados, passaram a constituir a República Federativa, com o nome de Estados Unidos do Brasil.
O Governo Provisório, além de reconhecer todos os tratados e compromissos internacionais, assim como todos os contratos e obrigações assumidos pelo extinto império, separou a Igreja Católica do Estado (foi o primeiro país a tomar essa medida), tornou obrigatório o casamento civil, decretou o sufrágio universal e convocou, no início do ano seguinte, a primeira constituinte republicana, sendo a Constituição promulgada em 24 de fevereiro de 1891.
A Monarquia, árvore exótica plantada durante 67 anos, foi arrancada, implantando-se um novo regime, que vai conduzindo o Brasil à realização dos seus altos destinos perante o mundo.
Ir.’. João Ferreira Durão
fonte: artigo publicado no 
Boletim Informativo Arte Real – nº 
(Fonte: Blog MS MA

domingo, 13 de novembro de 2011

Caça com falcões se torna bastante popular no Cazaquistão


A caça com aves de rapina é uma tradição nacional no Cazaquistão e está cada vez mais popular entre os jovens. A competição de falcoaria dura dois dias e tem como objetivo desenvolver a tradição .

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

A Maçonaria nos dias de hoje

 

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A Maçonaria teve historicamente o seu auge, em termos quantitativos, após o final da Segunda Guerra Mundial. Tinham-se vivido anos de horror e de violência inauditos. Os sobreviventes dos combatentes no conflito necessitavam de manter a camaradagem, a união, o espírito de corpo, que sentiam ter possibilitado a sua sobrevivência. Uma das formas que, sobretudo nos países anglo-saxônicos, acharam para o fazer foi buscar a admissão nas Lojas maçônicas e aí praticarem essa particular forma de camaradagem que inexoravelmente os marcou. Por outro lado, os horrores vividos e assistidos mostraram a muitos e muitos a necessidade de um espaço de convivência sã e de aprimoramento ético. Quem conviveu com o mal aprecia mais plenamente o bem!

O pós Segunda Guerra Mundial foi assim um período de grande florescimento da Maçonaria, em que os números dos maçons cresceram até atingirem níveis nunca antes historicamente atingidos.

Mas a vida é feita de ciclos! A essa fase de crescimento seguiu-se - inexoravelmente - uma fase de declínio. As condições sociais mudaram. A prosperidade material foi desfrutada por mais gente. As gerações sucederam-se. O que foi vivido no tempo daquela guerra passou a ser mera matéria de documentário histórico para os filhos, netos e bisnetos da geração que vivera aquele tempo. O que fora importante para a geração do pós-guerra não era já entendido nem sentido como tal pelas gerações subsequentes - e, bem vistas às coisas, ainda bem que as gerações subsequentes tiveram a possibilidade de não viver, nem sentir, nem suportar, aqueles duros tempos! Outras solicitações sociais e de utilização de tempos livres se perfilavam. E a Maçonaria, em termos quantitativos, declinou sensivelmente. Passou a ser vista como uma coisa de cotas nostálgicas e ultrapassados e de cromos com a mania de se armarem em diferentes. Tantas coisas para fazer na vida, tanta vida para viver, tanto trabalho para fazer, tanto para conquistar - para quê gastar (ou perder) tempo com essa coisa esquisita, meio desconhecida, fechada? Com a escolaridade a aumentar exponencialmente, quando os jovens passavam anos e anos a preparar-se para a vida ativa e esta era cada vez mais competitiva, que esquisitice era essa do auto-aperfeiçoamento? Não era evidente que cada geração era melhor, mais sabedora, mais dinâmica, mais apta, do que a anterior? A Maçonaria não passava, para muitos, de um resto do passado, em vias de fossilização, em persistente declínio, precursor da inevitável decadência e do inexorável arquivamento nas prateleiras das curiosidades da história! A vida moderna, a tecnologia, o progresso imparável, o céu que é o limite do pujante avanço da Humanidade, relegavam a vetusta organização para a sala dos fundos onde as relíquias do passado acumulavam respeitável poeira...

Mas os ciclos inexoravelmente avançam, as suas fases sucedem-se e, nunca se repetindo exatamente da mesma forma, as grandes tendências inevitavelmente que paulatinamente se repetem. Este início do século XXI parece mostrar-nos uma mudança de ciclo da Maçonaria, em que o declínio cessou e o crescimento recomeça.

A vida moderna insensivelmente empurra-nos para a massificação, a generalização. Cada vez mais, cada um de nós é menos um indivíduo e mais um número, um fator, um pequeno elemento de um conjunto cada vez mais numeroso. E cada vez mais descobrem que a Maçonaria permite aos que a integram dispor de um espaço, de tempo e de locais em que cada um consegue afastar essa asfixiante sensação de ser apenas uma peça de um imenso formigueiro humano e assumir-se como indivíduo inserido numa comunidade e com ela e os seus outros componentes interagindo. Volta a "estar em alta" no "mercado" dos valores pessoais e sociais a necessidade de ética, a vontade de aperfeiçoamento, a interação com pequenos grupos de pares, com interesses e objetivos similares.

Cada um de nós sente que, por si só, não consegue deixar de ser apenas um número, inseto numa colmeia, peça de uma imensa máquina que é a sociedade de hoje. Mas verifica que, inserida num grupo com dimensão humana, em que todos se conhecem e se podem conhecer, a individualidade de cada um tem significado e é reconhecida nesse grupo com dimensão humana. E que, inserido nesse grupo, os progressos de cada um são reconhecidos pelos demais, tal como cada um reconhece os progressos dos demais. Ser um parafuso bem polido num depósito de milhões de parafusos é irrelevante. Mas ser uma pessoa, um indivíduo, com virtudes a cultivar, com defeitos a combater, com arestas a polir, no meio de iguais, também com virtudes e defeitos e arestas, mas, sobretudo sendo cada um UM, diferente entre iguais - isso é gratificantemente diferente!

Nos dias de hoje, a Maçonaria é uma ancestral instituição que - como é característico das instituições verdadeiramente relevantes e duradouras - se reinventa para responder aos desafios e às necessidades de agora. E hoje é necessário - cada vez mais urgentemente necessário! - que a vetusta instituição da Maçonaria disponibilize a quem disso cada vez mais necessita o tempo, o espaço, o meio, as ferramentas, para que o homem-número que o progresso que trilhamos criou se transforme no Homem Completo que cada um de nós tem a potencialidade de ser. Único. No melhor e no pior. Cada vez com mais melhor e menos pior. Mas, sobretudo Homem - imprescindivelmente diferente entre iguais.

Tempo virá em que novo declínio experimentará a Maçonaria, em que os nossos filhos, ou netos, ou bisnetos, de forma geral a verão de novo como coisa do passado. Não é esse o tempo que vivemos. O tempo de agora é de crescimento, de consolidação, de valorização. Porque os Valores que recebemos dos nossos antecessores e que cultivamos para transmitir aos vindouros são intemporais, essenciais e imprescindíveis para o Homem e para a Humanidade.

Curiosamente, a imutável linha de rumo da Maçonaria parece atuar como força de equilíbrio na Sociedade. No passado, quando imperava a desigualdade, a Maçonaria foi um espaço de igualdade. Hoje, quando a normalização impera ao ponto de asfixiantemente nos sentirmos números num conjunto, formigas cumprindo desconhecida missão do formigueiro, obreiras mecanicamente contribuindo para a manutenção e crescimento da Grande Colméia social em que nos sentimos aprisionados, a Maçonaria possibilita a cada um dos seus elementos que exercite, execute, desenvolva, a sua individualidade. O combate de há trezentos anos era o de convencer a sociedade inteira da igualdade essencial dos seus membros. Hoje, o desafio é o de consciencializar todos de que essa igualdade só se concretiza verdadeiramente se for permitido a cada um desenvolver a sua individualidade. Porque cada um de nós é verdadeiramente único e diferente entre iguais. E é essa Diferença na Igualdade que, afinal, constitui a maior riqueza de uma sociedade.

As épocas sucedem-se, as modas vêm e vão, os tempos mudam - mas os Valores essenciais, esses, são perenes e cultivá-los com são equilíbrio é Arte verdadeiramente Real!

Escrito por Rui Bandeira
(Fonte: Blog O Aprendiz)

domingo, 6 de novembro de 2011

Nana Caymmi conserva estilo inconfundível para cantar músicas de amor.


Dinair Tostes Caymmi (Rio de Janeiro, 29 de abril de 1941), mais conhecida como Nana Caymmi, é uma consagrada e grande cantora brasileira, que já vendeu milhares de discos em pouco tempo.
Ao longo de sua carreira, Nana fez inúmeros discos e shows com seu pai Dorival e seus irmãos Dori e Danilo. Aos setenta anos de idade, as músicas da cantora se consagram como trilha sonora amorosa de várias gerações de brasileiros e argentinos.
Sempre gostou da música, também por ser filha de um músico, seu dom e talento para as artes musicais já vinham na sua genética. Em 1960 começou a entrar no ramo artístico. Nesse mesmo ano registrou a primeira atuação em estúdio, participando da faixa Acalanto (Dorival Caymmi), no LP do pai, que compôs a canção em sua homenagem, quando a cantora era ainda criança. Ela e Dorival reproduziram a música no LP.
Lançou, também, o primeiro disco solo, um 78 RPM, contendo as músicas Adeus (Dorival Caymmi) e Nossos beijos (Hianto de Almeida e Macedo Norte). No dia 26 de abril desse mesmo ano, assinou contrato com a TV Tupi, apresentando-se no programa Sucessos Musicais, produzido por Fernando Confalonieri. Em seguida, passou a apresentar, acompanhada pelo irmão Dori, o programa A Canção de Nana, produzido por Eduardo Sidney.
Em 1961, casou-se com seu noivo, o médico Gilberto José Aponte Paoli e mudou-se para a Venezuela. Em Caracas, Nana morou muitos anos e lá nasceram suas duas filhas: Stella Teresa Caymmi Paoli, em 1962, e Denise Maria Caymmi Paoli, em 1963. Gravou, nesse ano, seu primeiro LP, chamado Nana, com arranjos de Oscar Castro Neves.
Em 1964, participou do disco Caymmi visita Tom e leva seus filhos Nana, Dori e Danilo, ao lado do pai e dos irmãos. Foi um disco com cantoria em família que fez muito sucesso.
Após muitas brigas e também na época os homens acharem um absurdo uma mulher cantar e sair a noite para shows, Nana não aguentou essa imposição do marido e decidida a ser feliz pela música, divorciou-se do marido e voltou grávida para o Brasil, com suas filhas pequenas e aqui passou a criá-las sózinha. O ex-marido só ajudou as filhas com a parte financeira.
Em 1966, nasceu na Cidade do Rio de Janeiro seu terceiro filho, João Gilberto Caymmi Paoli, o que foi uma grande alegria para ela, e mesmo separados, seu ex-marido veio visitá-la e registrar o menino.
(Fonte: Globo News e Wikipédia)

sexta-feira, 4 de novembro de 2011

O Maçom Luiz Gonzaga e a Acácia Amarela.





Luiz Gonzaga, o Rei do Baião, foi membro da Maçonaria. O cantor foi iniciado em 1971, chegando ao grau de Mestre Maçom.

Em 1981, para homenagear a instituição da qual foi membro por anos, o pernambucano de Exu compôs em parceria com o também Maçon, Orlando Silveira, a música “Acácia Amarela”.
De acordo com o José Castellani em seu livro "Dicionário Etimológico Maçônico". No Egito, as acácias eram árvores sagradas e tinham o nome hieroglífico de shen; na Fraternidade Rosa-Cruz, ensina-se que a acácia foi a madeira usada na confecção da cruz em que Jesus foi executado; segundo o Tabernáculo hebraico, eram feitos de madeira de acácia: A Arca da Aliança (Êxodos, 25 - 10), a mesa dos pães propiciais (Êxodo, 25 - 23) e o altar dos holocaustos (Êxodo, 27 - 1). Na maçonaria, além de ser o símbolo da Grande Iniciação, representa, também, a pureza e a imortalidade, além de ser o símbolo da ressurreição, por influência da tradição mística dos árabes e dos hebreus.


 Além do Rei do Baião, a Maçonaria, uma instituição milenar que se define como filosófica, filantrópica, educativa e progressista, contou com vários cantores e compositores famosos como irmãos maçons, dentre eles: Pixinguinha, a dupla Alvarenga e Ranchinho(Homero de Souza Campos), Tonico da dupla Tonico e Tinoco, o recentemente falecido Bob Nelson, Jorge Veiga, Lamartine Babo, Luis Vieira, Hervê Cordovil, Carequinha, Vicente Celestino, os Maestros Carlos Gomes, Guerra Peixe e Eleazar de Carvalho e o violonista Raphael Rabello, dentre outros.Zé Rodrix, outro Maçon famoso, talvez tenha sido o mais dedicado e estudioso sobre o tema, chegou a escrever pelo menos três livros sobre assuntos da maçonaria.

 
Acácia Amarela (Luiz Gonzaga e Orlando Silveira)

"Ela é tão linda é tão bela
Aquela acácia amarela
Que a minha casa tem
Aquela casa direita
Que é tão justa e perfeita
Onde eu me sinto tão bem

Sou um feliz operário
Onde aumento de salário
Não tem luta nem discórdia
Ali o mal é submerso
E o Grande Arquiteto do Universo
É harmonia, é concórdia
É harmonia, é concórdia".
(Fonte: dr.zen.blogspot.com)

Galeria de Fotos

Os Cavaleiros Templários - A Origem da Maçonaria

A Maçonaria

MAÇONARIA - TEMPLO DE SALOMÃO

Como tornar-se Maçom

Dan Brown fala sobre a maçonaria

Maçonaria: Ser Maçom

Video que mostra alguns dos grandes Maçons.

O Maçom Luiz Gonzaga - O Gonzagão

Breve história da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.

Stephen John Richard Allen (*)

Meus Ir.:,

A história é parte integral da vida. Sem a presença do passado não teria o presente, e sem o presente, nunca estaremos presentes no futuro.

A “Augusta e Respeitável Loja Simbólica Cavaleiros do Oriente” foi fundada em 24 de outubro de 1932. A loja era a primeira fundada sob a potência da Grande Loja de Pernambuco (apesar seu número ‘04’), sendo fundada apenas 18 dias após da fundação da Grande Loja.
Foram os seguintes IIr.: que elaborarem o estatuto da loja, registrado no dia 06 de junho de 1933, no 1º Cartório de Registro de Títulos e Documentos da Rua Diário de Pernambuco:

Venerável Mestre, Ir.: Zeferino Agra de Lima;
1º Vigilante, Ir.: Samuel Ponce de Leon (que em 1947 foi Venerável Mestre);
2º Vigilante, Ir.: João Capistrano Bezerra;
Orador, Ir.: Abdenago Rodrigues de Araújo;
Secetário, Ir.: Luiz Aurélio de Oliveira;
Tesoureiro, Ir.: Apolinário de Azevedo;
1º Diácono, Ir.: Moysés Cícero do Rego Gomes;
2º Diácono, Ir.: José Lacerda;
Chanceler, Ir.: Edmundo Osmundo Cavalcanti;
Mestre das Cerimônias Ir.: Orlando Feijó de Melo;
Hospitaleiro, Ir.: Joaquim Luiz Rabelo e
Cobridor, Ir.: Otávio Cavalcanti de Alberquerque.

Estes nomes são importantes para todos nós, pois sem estes homens livres e de bons costumes não apenas nossa existência como uma loja não teria sido possível, e é bastante provável que nosso ingresso na Maçonaria também não teria acontecido.

A loja sempre foi cosmopolita. Ela têm uma história expressiva de IIr.: que vieram de outros orientes, como IIr.: Samuel Ponce de Leon, Salvador Moscoso, Manoel Pereira Lopes e Manoel Francisco de Campos que eram do oriente do Portugal.Ir.: Alexandra Markus de Tchecoslováquia, Ir.: Ângelo Papaleo era Italiano,
e eu, Ir.: Stephen John Richard Allen natural de York, Inglaterra. Aliás, a loja, na maioria do tempo, foi composta por mais IIr.: não naturais de Pernambuco de que IIr.: pernambucanos, mostrando a grandiosidade da maçonaria. Podemos olhar em nosso quadro agora para ver IIr.: que são naturais de Espírito Santos, Paraíba, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte, Ceará, Rio Grande do Sul, Distrito Federal e São Paulo.
Durante sua história, Cavaleiros do Oriente sempre teve laços estreitos com a grande loja, participando ativamente com seus obreiros e preenchendo cargos importantes. A loja tem a honra de ter em seu quadro obreiros, citamos apenas alguns, que tiveram cargos na Grande Loja de Pernambuco:

Grão Mestre:

1946/48 - Roberto Le Coq de Oliveira;
1954/61 - Salvador Pereira d'Araújo Moscoso;
1964 - Manoel de Lima Filho

Deputado do Grão Mestre:

1949 - 1958 - Oswaldo Andrade

Gr.: Rep.: da Gr.: Lo.: de Pe.: :

1949 - Manoel Pereira Lopes com o Gr.: Or.: de Amazonas
1958 - Oswaldo Andrade com a Gran Logia Occ.: de Columbia – Cali
João Capistrano Bezerra com a Gr.: Lo.: do Est.: de Paraná

A loja teve sete endereços durante a sua longa história. O primeiro endereço da loja foi na Rua do Dique, no bairro de São José, Recife, e passou pela Rua da Aurora, 277, até 1964, quando se mudou para Rua Augusta, 699 e, mais tarde Rua 24 de Maio também no bairro de São José. Um endereço encontrado nos documentos da loja foi Avenida Dantas Barreto, 1253, registrado em 1977.

No final de 1989 a loja foi transferida para o prédio sede da Grande Loja de Pernambuco, na Rua Imperial, 197 no Bairro de São José.

Em 1995 a loja Cavaleiros do Oriente conseguiu seu templo próprio na Rua Dr. Gustavo Pinto, no bairro de Jardim São Paulo.

O prédio da oficina foi construído em 1994 através de ajuda e colaboração de homens como Ir.: Eduardo Guerra que é reconhecido como peça fundamental para a realização da obra, por sua dedicação, carinho e vontade de realizar pelo bem da ordem, Ir.: Fernando Viveiros, Ir.: Eliomar de Almeida e o Ir.: presente ativo José Simão de Góis.

Por causa das enchentes durante os anos setenta, muitos documentos foram destruídos e que contavam a história da loja Cavaleiros do Oriente. A data exata que a loja recebeu o título de ‘benemérita’ é imprecisa, porém a primeira referência do título foi encontrada numa correspondência entre a loja Cavaleiros do Oriente e a Grande Loja de Pernambuco datada dia 12 de março de 1947. No mesmo documento o título Val.: também foi citado.

O título ‘Cinqüentenária’ foi concedido pela Grande Loja de Maçônica de Pernambuco em 2005.

A loja Cavaleiros do Oriente sempre foi ativa na realização de ações sociais, não na busca de reconhecimento como uma boa colaboradora (na maioria das vezes as ações nem foram divulgadas), porém, mais importante, era contribuir na busca de resultados positivos que aquela ação merecia.

Por isto muitas ações sociais da loja não se destacaram na imprensa, na Grande Loja nem foram comentadas entre IIr.: das demais lojas em nosso Or.:.

É claro, falo do trabalho importantíssimo das cunhadas da loja, sem as quais muitas destas ações não teriam sido realizadas.

As ações eram várias, muito mais do que podiam ser colocadas aqui, mas, permitam-me citar algumas; como distribuição emergencial de colchões e roupas após as enchentes que prejudicaram o nosso Or.: de Recife durante os anos 70; recuperação de cadeiras escolares que foram redistribuídas no setor escolar público; distribuição de fraldas descartáveis para creches para mães de baixa renda e fornecimento de medicamentos para o Hospital do Câncer em Recife.

O trabalho da loja Cavaleiros do Oriente é um constante, e após 75 anos de existência de uma loja vibrante, saudável e harmoniosa, esperamos que nossos futuros IIr.: possam celebrar e saudar a loja em seu centenário aniversário.

(*) Ir.: Stephen Allen é Mestre Instalado da Loja Cavaleiros do Oriente nº 4.